quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Conhecimento, por Isaac Asimov

"Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que poderemos solucioná-los."

Isaac Asimov, escritor (1920-1992).

O fonte é uma revista de palavras cruzadas. Não sei se é a mais confiável, mas, enfim...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Fernando Gonsales - Folha de São Paulo, 24/01/2007

Fim de Férias

Fim de férias, de volta ao trabalho, e, logo, de volta à faculdade.
Se bem que este blog manteve um ritmo quase normal de atualização durante as férias. Blogueiro ligado...

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sábado, fevereiro 24, 2007

Fecharam o Acesso da Galeria do Rosário à Rua Otávio Rocha - 2

O Heuser, redator das Crônicas do Heuser, fez um comentário esclarecendo que a separação na Galeria do Rosário se deu em decorrência da separação de condomínios. Como são duas economias, duas administrações, enfim, dois condomínios diferentes, a separação física foi providenciada.
Faz sentido. Contudo não posso deixar de achar uma pena. Por mais de 30 anos, quem estivesse no Centro de Porto Alegre, poderia comprar um relógio novo, ou trocar a pilha do relógio, e depois comer um cachorro-quente no Bigode vindo de três direções diferentes. Leste, Rua Vigário José Inácio, norte, vindo da Rua Otávio Rocha, e oeste, vindo da Marechal Floriano. Agora, com a separação, será necessário caminhar mais para explorar todas as opções. Uma pena!...

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quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Fecharam o Acesso da Galeria do Rosário à Rua Otávio Rocha

Eu não sei quando aconteceu. Eu percebi hoje.
Entrei na Galeria do Rosário pela entrada da Rua Marechal Floriano e fui avançando entre vitrines que mostravam relógios, perfumes e eletro-eletrônicos diversos. Também passei pela banca do Cachorro-Quente do Bigode, com seu sanduiche com ovo cozido picado, onde uma pequena multidão se alimentava.
Quando passei em frente aos elevadores, e tentei olhar em direção à Rua Otávio Rocha, havia ali uma parede, com reboco de cimento. Não era mais possível acessar os elevadores da Galeria diretamente pela Rua Otávio Rocha. Como não estava com muitas pressa, ainda dei a volta para conferir como estava a antiga entrada, agora vedada. O corredor ainda está ali. Ainda há pequenas lojas, também vendendo relógios, pilhas e baterias, eletro-eletrônicos e celulares e acessórios. Provavelmente ainda há o acesso à chamada Galeria 15 de Novembro, um corredor secundário que vai (ia?) do acesso da Rua Otávio Rocha para a Rua Marechal Floriano, na altura da Praça XV de Novembro, por isso o nome. Óbvio, não? Eu disse provavelmente ainda há o acesso porque não fui conferir.
Do lado da Rua Otávio Rocha a parede ainda está em tijolo exposto, o que me parece indicar que a parede é recente.
Paredes, obstáculos... Será que é por causa da insegurança pública?

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As Máquinas Somos Nós

É um videozinho que achei ótimo, do blog Animot (http://animot.blogspot.com/2007/02/as-mquinas-somos-ns.html ) .

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Por Que a TV por Assinatura é Cara??

É o que eu sempre me pergunto. Pessoalmente eu demorei muito para aderir, e relutava em assinar um plano, pois achava o preço um contra-senso. Acabei assinando alguns meses atrás devido às despesas que estava tendo com acesso dsl, o que acabou quase equivalendo ao preço da assinatura da TV mais conexão à Internet.
Mas por que o plano mais básico de TV por assinatura é de cerca de 65 reais por mês? Um palpite pode ser que não interesse à operadora uma ampla popularização da TV por assinatura, afinal, assim, a maioria da população fica restrita aos canais da TV "aberta", onde uma emissora tem total hegemonia, sendo que muitos chamam esta hegemonia de monopólio. E com esta hegemonia, esta emissora fica com um grande poder político, tanto assim que eu não conheço político que queira se indispor abertamente com esta emissora (provavelmente a única exceção a esta regra foi Leonel Brizola). E esta emissora hegemônica é a principal operadora de TV por assinatura no Brasil.
E agora, com a futura digitalização das emissões televisivas, o Governo Federal já sinalizou que deverá manter as coisas como estão atualmente, com os atuais radio-difusores mantendo o poder que têm no momento com a nova tecnologia.
Será que o palpite deste blog é correto?

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Do Observatório da Imprensa: Está na Hora de Criar o Bolsa TV

Edição 417 de 22/1/2007
www.observatoriodaimprensa.com.br
URL do artigo: www.observatoriodaimprensa.com.br


CARTA ABERTA

Está na hora de criar o Bolsa TV

Wagner Bezerra

Em tempos dos tão bem-vindos Bolsa Família, Vale-gás, Cheque-cidadão, Restaurante-popular e tantas outras políticas redistributivas e compensatórias implementadas pelo governo federal, além dos estaduais e municipais, quero dar a minha singela contribuição para melhorar a vida do povo, combatendo diretamente uma das mazelas que afetam a vida de todos nós: o lixo televisivo. O propósito é auxiliar o esforço governamental para ampliar a chamada rede de proteção social e incluir no seleto público das TVs por assinatura o contingente de muito mais de cem milhões de pessoas que, entra ano sai ano, permanece alijado e distante de uma programação de TV diversificada e de qualidade.

A sugestão é criar o Bolsa TV, ou o Cheque TV a Cabo, ou quem sabe o Vale TV de Qualidade, ou ainda o Pró-Espectador, visando amparar mais 90% dos telespectadores que sobrevivem acorrentados pela TV aberta, condenados a conviver, principalmente nos finais de semana, com inomináveis programas e apresentadores que, acintosamente, perpetuam-se "no ar". Isto sem citar os pastores pidões e os filmes, na sua grande maioria, de qualidade duvidosa e que não se deixam ausentar nos domingos cada vez maiores.

Entretenimento de qualidade gratuito

Creio que chegou o momento de olharmos por esta gente excluída da possibilidade de usufruir a programação variada que, salvo cada vez mais raras exceções, é oferecida somente pela TV por assinatura. Famílias que nunca provaram do seleto cardápio de programas de receitas do Canal GNT; jamais sacudiram os esqueletos assistindo ao TVZ do Canal Multishow; nem escolheram o filme predileto nas tardes de domingo dentre as sempre quase e boas opções das redes Telecine, TNT e Universal, sem contar os oferecidos pelos HBO, ou ainda os pay-per-view. Excluídos que sequer cogitaram mergulhar pelos brasis afora adentrando novos caminhos descortinados nos documentários da rede STV, nem tampouco se atualizaram sobre a língua no Programa de Palavra.

Vamos, senhor presidente, resgatar os/as chefes de família que ainda não temperaram suas opiniões políticas após sorver as brilhantes entrevistas do William Waack com pensadores e cientistas de todos os matizes no Globo News Painel, da Globosat. Nem brindaram à cultura assistindo os saraus conduzidos pelo Chico Pinheiro com os baluartes da música brasileira.

Esta idéia me ocorreu assistindo o programa Você é o que você come, exibido pelo Canal GNT, o qual aborda a questão da nutrição de forma didática e com uma boa pitada de humor. Pensei no quanto avançaremos em direção à prática da tão pouco exercida cidadania no dia em que todos tiverem acesso à informação e entretenimento de qualidade gratuitamente na TV. Neste caso, quando assistia ao referido programa, pude refletir sobre recente pesquisa do IBGE que constatou que grande parte da população brasileira sofre de obesidade principalmente pela ausência de uma educação alimentar adequada e vítima da desinformação.

Pluralidade e diversidade

Este estado de coisas me faz pensar sobre o quanto são penalizadas as famílias que não pertencem às classes sociais favorecidas, que não têm acesso a bens culturais e de informação tão valiosos, especialmente se comparadas àquelas, mais abastadas, onde a TV por assinatura se tornou artigo de primeira necessidade.

Proponho ainda que, neste período de férias, por alguns instantes deixe de lado vossos relevantes afazeres, num dia qualquer da semana, e preste atenção nas crianças que fazem parte do seu círculo de relações, no momento exato em que estiverem assistindo TV. Neste caso, descartemos qualquer juízo de valor quanto ao conteúdo do programa a que estiverem assistindo, em si. Peço apenas que tente perceber o grau de concentração e a expressão do semblante de cada uma delas e o tempo que elas permanecem imóveis, sem desgrudar os olhos do aparelho, apreendendo e aprendendo tudo o que é oferecido pela telinha.

Quando será que as populações interioranas, ribeirinhas, dos sertões, do norte, nordeste, centro-oeste e todas as demais famílias de baixa renda conhecerão e consumirão, nas tardes de domingo, com direito a escolher o que assistir na pluralidade e diversidade contidas nas opções de educação, informação, formação e entretenimento oferecidos pelos canais infantis disponíveis pelas TV por assinatura? Dentre eles, o Canal Futura, TV Ra-Tim-bum, Canais Disney, Discovery Kids, Cartoon Network, Nickelodeon, Jetix, Bumerang, Cultura e TVE (estes, disponíveis na TV aberta) e tantos outros disponíveis apenas para poucos? Seria justo manter a imensa maioria das crianças do Brasil condenada a assistir tão-somente à decaída programação da TV aberta?

Aceitemos ou não, TV é educação

Decerto que não pretendo menosprezar a importância e dimensão social do programa Bolsa Família ao fazer esta analogia com as idéias aqui ventiladas, nem afirmar que a implantação de um Bolsa TV será a solução para demandas recorrentes, como a inclusão da educomunicação, ou educação para os meios, nos currículos escolares da educação infantil pública. Ou ainda, o avanço do marco regulatório brasileiro no setor das telecomunicações, no que tange à regulamentação do conteúdo da programação, tampouco tornar efetivo, num passe de mágica, o Conselho de Comunicação Social na defesa dos interesses públicos contra os abusos das emissoras.

A desejável efetivação do Bolsa TV também não poderá, de uma hora para outra, fazer sentar à mesa de negociações os programadores, concessionários, autores de conteúdo, roteiristas e diretores para, juntos, trabalharem na construção de um novo paradigma comum a todas as emissoras que atenda tanto aos interesses comerciais das emissoras e patrocinadores quanto ao caráter educativo da programação televisiva. Uma ação que, sem sombra de dúvida, poderá ajudar o Brasil a superar o analfabetismo e se equiparar aos países em desenvolvimento, na questão da educação de qualidade.

No entanto, que possuir um Vale TV de Qualidade, numa tarde de domingo, ajudaria muito, isso ajudaria. Não é mais aceitável dizer que o povo é quem quer e gosta de ver e consumir lixo na TV. Logo, a TV não pode ser lugar de lixo. Antes de tudo, como indica a Constituição, a TV é um lugar narrativo predisposto à educação e aos educadores. Aceitemos ou não, TV é 100% educação.

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domingo, fevereiro 18, 2007

Xi Nian Kuai Le!

Ou Feliz Ano Novo! Hoje, 18 de fevereiro, estamos entrando no ano do porco, pelo calendário chinês. E não apenas porco, mas porco yin (em oposição a Yang), e de fogo (em contraposição aos outros elementos chineses: terra, metal, água e madeira).
Todas estas coisas carregam significados que astrólogos especialistas tentam desvendar.
Neste blog é apenas uma lembrança para celebrar a vida. Neste dia, mais de 25% da humanidade está celebrando um recomeço da vida, como nós, ocidentais, fizemos há 49 dias atrás.
Um feliz ano do porco para você!

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sábado, fevereiro 17, 2007

Esperanças e Bons Presságios

Na sexta-feira antes do domingo, domingo que seria 17 de dezembro, eu imaginava que o Internacional tinha 25% de chances contra o Barcelona, na final do Mundial Interclubes, no Japão. As chances eram pequenas, mas existiam. Afinal quem morre na véspera é peru (no Natal, ou, no caso dos estadunidenses, do Dia de Ação de Graças). Enquanto o Barcelona não tivesse ganho a partida, havia esperança. E felizmente, o Eto estava machucado...
No final do expediente de trabalho, um colega gremista, se despediu, e disse que, por motivos óbvios, ele não me desejaria boa sorte para o domingo. Coisas de rivalidade gaúcha...
Mas dezembro de 2006 lembra outros dezembros. Por exemplo, 14 de dezembro de 1975. Naquela tarde eu, um piá de 10 anos, estava no Beira-Rio, e pude acompanhar o primeiro título do Internacional, Campeão do Brasil. Muito embora, desprevenido, e ainda baixo, não vi o lance do gol, que tive que conferir pela televisão depois. Mas pude acompanhar as defesas heróicas do Manga, que terminou a partida com as mãos machucadas. Antes daquela final, o Inter havia vencido o Fluminense em pleno Maracanã, na semi-final, por dois a zero, com um gol inesquecível de Paulo César Carpeggiani. Eu não me lembro, mas dizem que aquele time do Fluminense era favorito e imbatível no Maracanã, mas foi batido!
Ou dezembro de 1976. No caso era 12 de dezembro de 1976. Em 1976 o Inter era favorito. Se não me engano, havia chegado à final do Campeonato Brasileiro com 50 pontos no total, contra 36 do Corinthians, o adversário. Mas naquele ano os jornais aconselhavam os pais a não levar crianças para o estádio, pois poderia haver confusão. Assim acompanhei pela televisão. Inter 2 x 0 Corinthians. Inclusive houve alguma confusão mesmo com a torcida do Corinthians...
O Inter ainda ganharia o Campeonato Brasileiro de 1979, mas ele também era favorito. E como a final era com partidas de ida e volta, e o Inter havia ganho do Vasco no Maracanã, por 2 a 0, no Maracanã, a missão do Vasco era muito difícil. Em 1979, a verdadeira final foi a semi-final entre Inter e Palmeiras...
No dia 17 de dezembro de 2006 eu tinha a intenção de acordar tarde, já com o resultado da partida definido. Evitaria tensão, ansiedade, sofrimento... Mas não deu. O meu filho, gremista, me acordou para acompanhar a partida. Sensação térmica de quase 40 graus Celsius em Porto Alegre, temperatura próxima de zero em Yokohama, no Japão onde a partida aconteceria.
TV ligada, tensão no coração! O Barcelona dominava o jogo, mas não chegava agudamente no ataque. Terminou o primeiro tempo, e pensei comigo mesmo que ainda não estávamos perdendo, mas era preciso mais para ser campeão.
O segundo tempo continuou mais ou menos no ritmo do primeiro. Para piorar a coisa, o Abel teve que substituir o Fernandão, machucado, pelo Adriano Gabiru. Parece que a estratégia era empurrar para a prorrogação, e decidir nos pênaltis. Só que aos 36, ou 37, a bola chegou ao Iarley, na intermediária do Barcelona. Ele se desvencilhou da marcação, e lançou para... o Adriano Gabiru! O Adriano Gabiru avançou e bateu cruzado. Gol! Gol! Incrível! Inacreditável! Gol do Inter! 1 a 0 contra o Barcelona, e faltavam menos de 10 minutos para terminar o jogo. E o Inter conseguiu segurar a reação do Barcelona. Incrível! Impressionante! Como aquilo podia ser? Parecia um sonho! Internacional Campeão do Mundo! Uhuuuu! Nada podia ser maior, como já dizia uma placa num estádio aqui de Porto Alegre! Sonho! Era dia de sonhar acordado! Ou como disse o Luís Fernando Veríssimo no jornal Zero Hora (reproduzido neste blog), se isto é um sonho, por favor, não me acordem!
Segunda-feira era dia de continuar festejando! Comentei com meu colega gremista, aquele que não poderia ter me desejado boa sorte, sobre o meu cálculo de chances do Inter. Ele achava que as chances do Inter eram ainda menores do que eu havia imaginado. E disse, que quando o jogo terminou, ele também não podia acreditar que já tinha acabado, e o Inter ganhado. Mas pelos motivos opostos aos meus!...
Pois é! Que alegria! Em matéria de futebol, o que mais eu poderia desejar?

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SECAÇÃO

'Sou gremista, secador do Inter. Tem um detalhe que não pode passar em branco: o desequilíbrio técnico que existe entre Barcelona e Inter é exatamente igual ao que existia entre Inter e Grêmio na final do Gauchão deste ano. O Grêmio acabou conquistando um dos títulos mais improváveis de sua história. Tenho medo do jogo de domingo... Diego Engel.'

Da coluna do Hiltor Mombach, no jornal Correio do Povo, de 17 de dezembro de 2006.

Para assinantes: http://www.correiodopovo.com.br

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SEGUE A FESTA

Da coluna do Hiltor Mombach, no Correio do Povo, deste domingo, 7 de janeiro de 2007:

SEGUE A FESTA

'Colorados fanáticos de Torres e da região pedem que divulgues em tua coluna (muito lida por aqui) a Carreata da Vitória - Inter Campeão do Mundo, que promovem domingo (hoje) em Torres. Tem trio elétrico, queima de fogos e desfile pelas ruas centrais de Torres até a beira-mar, com grande final na Prainha.

O cônsul do Inter em Torres, Fabrício de Lucca, promete mais de mil carros na passeata. E lembra que os gremistas terão que queimar as camisetas do Barcelona e o caixão para enterro do Inter que haviam encomendado em caso de derrota e que ficou guardado na garagem da residência de um gremista.

A Taça da Libertadores já esteve aqui num grande jantar para mais de 600 pessoas, e agora os colorados esperam a Taça Fifa em abril/maio. Abraços e grato.

Nelson Adams Filho, correspondente do Correio do Povo e da Rádio Guaíba 720 em Torres.'

TÍTULO

Recebo diariamente e-mails de colorados que continuam pagando promessa ou promovendo festa por conta do
título mundial. É comemoração que não acaba mais.
Continuam em estado de êxtase.

Correio do Povo (para assinantes): http://www.correiodopovo.com.br

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Colaborações para o Internacional Campeão do Mundo

Júnior Macêdo, Fortaleza-CE – Analista de Sistemas, lendo meu artigo como se fosse crítica à mídia em geral e não apenas aos grandes jornais do Rio e de São Paulo, como fizeram outros leitores, fez uma revelação importante:

"O senhor Milton Neves, da Record, chegou a dizer que se o Barcelona jogasse 10% do que sabe e o Inter jogasse 300% do que podia mesmo assim o Barcelona seria campeão".

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Do Observatório da Imprensa: Inter, Campeão Mundial

Edição 412 de 19/12/2006
www.observatoriodaimprensa.com.br
URL do artigo: www.observatoriodaimprensa.com.br

INTER, CAMPEÃO MUNDIAL
Cobertura da conquista foi uma vergonha

Deonísio da Silva

Com exceção de alguns colunistas, a imprensa do eixo Rio-São Paulo ignorou nada menos do que o Campeonato Mundial de Clubes, disputado no Japão, e só tomou conhecimento apenas um dia depois da vitória do Internacional de sobre o Barcelona.

A final foi disputada na manhã de domingo (17/12) e ainda antes das 8h (horário de Brasília) milhões de brasileiros estavam de olhos grudados na televisão. E outros tantos milhões nas TVs do mundo inteiro, vez que o Barcelona é tido hoje como o maior time do planeta.

Desta vez foi Galvão Bueno quem redimiu os colegas, transmitindo o jogo com o seu costumeiro otimismo, deixando claro que, mais do que um time, o Internacional representava o Brasil.

Quem, porém, quis saber pelos jornais algo sobre a semana que antecedeu a grande decisão, teve que recorrer ao diário gaúcho Zero Hora. Era natural que o jornal fosse o mais interessado na cobertura: o Internacional, que se credenciara a disputar a partida por ter vencido a Copa Libertadores de América, é de Porto Alegre. Mas absolutamente estranho é que os grandes jornais ditos nacionais tenham se omitido tanto. Soou como torcida contra: não podendo alterar a realidade, altera-se a versão, fazendo-se de conta que não havia o que estava acontecendo.

Circulação patinando

Não foi a primeira vez e provavelmente não terá sido a última que o absenteísmo diante das coisas do Brasil meridional tenha contaminado de tal forma os grandes matutinos, todos sediados nas duas maiores metrópoles brasileiras.

Enquanto os dois times eram matéria de primeira página em importantes jornais europeus, aqui parecia proibido tocar no assunto. E quando passavam de raspão pelo tema era para elucubrar (o Aurélio não tem este verbo) de quanto seria a goleada que o Internacional levaria do Barcelona...

Na verdade, não é apenas o Brasil meridional que padece de tal procedimento de exclusão. Todas as regiões brasileiras são de algum modo tratadas com desdém por nossos grandes jornais. Alguns de seus editores sofrem de um estranho paroquialismo.

Os prejuízos de tal atitude são óbvios, a começar pela patinação nas tiragens. Sendo o que é para os brasileiros o futebol, a seção a ele dedicada é provavelmente a mais procurada. Mas quem procurou, não achou, e isso durante toda a semana. Como vender jornal sem vender informação alguma?

Ira torcedora

Respeitadas as proporções, disputou-se no Japão uma pequena Copa do Mundo, com representantes de todos os continentes, tanto que o madrilhenho El País falou em "mundialito" e outros jornais de língua espanhola trataram o evento do mesmo modo.

Mas no Brasil, não fosse Zero Hora, com acesso facilitado na internet, os brasileiros teriam ficado sem notícias a semana toda, com exceção de poucas linhas sobre o jogador Alexandre Pato, de quem até agora se disse muito pouco. O menino surgiu como um novo fenômeno, comparado a revelações como Ronaldo e Ronaldinho, mas dele pouco se sabe.

Os ou editores mudam, ou os editores são mudados, pois é de se supor que os donos queiram vender jornais e que leitores e assinantes queiram informações, notícias, análises, fotos etc.

Não há um Boris Casoy para exclamar exasperado que o que houve foi "uma vergonha". Mas foi uma vergonha. É preciso que a imprensa não perca de vista o interesse público, que nem sempre coincide com o de seus diretores de redação, redatores-chefes, editores de seções etc.


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A Felicidade Possível





A felicidade possível

A vitória do Inter no Japão chegou para o colorado com o peso épico de um mito fundador:o torcedor não precisa mais associar cada pequena conquista com uma iminente derrota

CARLOS ANDRÉ MOREIRA

Palavras também sofrem desgaste. É o que muitas vezes acontece com o adjetivo "épico", quando ele é posto no vocabulário esportivo fazendo um par nada romântico com "conquista", "triunfo" e outros quetais. Mas há momentos em que, por baixo da camada de banalidade, uma palavra e seu significado brilham, polidos pelo surpreendente paradoxo da realidade que se torna mito.

E nesse caso, o termo "épico", embora banalizado pelo uso constante durante a semana, pode ser uma boa palavra para o que se viu pelas ruas da Capital entre o apito final do jogo entre Inter e Barcelona, em Yokohama, no domingo, e a apoteose dos jogadores colorados no Beira-Rio lotado, na terça-feira, recebidos em triunfo como conquistadores romanos voltando de terras longínquas.

O épico é o canto de um povo, o poema ou narrativa que, em volta de um mito fundador de um país ou nação, tece o cântico às virtudes de uma raça ou às façanhas aventurescas de um herói representativo de uma gente. E o que se viu naquele estádio japonês foi épico porque, apesar dos 97 anos de história colorada, o título conquistado por Fernandão e companhia é, mais do que uma coroação da trajetória quase centenária do clube, o mito fundador de uma nova realidade. A recepção da massa indistinta de torcedores (da "nação", que seja, mas sem o sentimento fascista que as organizadas imprimem ao termo, por favor) aos heróis que permitiram, com seu gesto e sua aventura, que o torcedor do Internacional se sentisse merecedor da glória.

Este jornalista tinha cinco anos em 1979, quando o time liderado por Falcão e Valdomiro encerrou com título a campanha invicta no Brasileirão. Cinco anos, e a idade é pouca para que a memória retenha jogos, passes, dribles, mesmo os gols. As lembranças que ficaram são a da multidão do lado de fora da casa de meu avô e a de uma bandeira colorada que me havia sido presenteada dias antes, e que aos meus olhos infantis tinha as dimensões de uma tenda árabe. E é nítido na memória o passeio de Kombi pelas ruas da cidade de São Gabriel, na Campanha. E, acima de tudo, o momento em que alguém na multidão que se alinhava na calçada da Rua Tristão Pinto puxou a bandeira das minhas mãos pouco firmes - bandeira que sumiu pela janela do carro e foi engolfada pela multidão.

E um dos dias de maior alegria na vida de um colorado de cinco anos terminou com choro infantil e a tristeza de haver perdido algo. Uma sensação amarga que dava a impressão de uma alegria transitória e incompleta. Mescla de emoções contraditórias, familiar a muitos colorados nas últimas décadas: triunfo seguido de uma derrota banal, tornando inútil o esforço heróico de antes.

A vitória no Gre-Nal do Século levando a uma derrota na final contra o Bahia, em casa, em 1988. A goleada contra o Peñarol para mais adiante cair no Beira-Rio, com vantagem, diante do Olímpia. A possibilidade de uma Copa do Brasil em 1999 destruída com uma goleada humilhante em casa contra o Juventude. A lista é infinita. Mesmo a Copa do Brasil conquistada em 1992 ficou para sempre sob o signo da polêmica, marcada como a do "pênalti duvidoso" - ou "pênalti roubado", como querem os gremistas. E, como o inferno são os outros, os gremistas e sua fulgurante galeria de títulos recentes contribuíam para acentuar o desconforto colorado, uma sensação de que a glória completa era para outros, outros times, outras torcidas, outros heróis.

No campo, um time representa seu torcedor. Mas, em um esporte tão popular e arraigado no imaginário brasileiro como o futebol, o sujeito na arquibancada ou o que sofre enrolado na bandeira na frente da TV enxerga seu time não como um representante, e sim como uma extensão de si mesmo - projeta na equipe tudo o que ele é e o que ele quer ser. E conscientemente, esse mesmo torcedor sabe: quem perdeu foi o time. Mas no instável terreno das paixões mais íntimas, o torcedor sente que o derrotado foi ele mesmo.

E por isso chegar à final da Libertadores e confirmar a vantagem foi só o primeiro passo, porque muitos acreditavam que o torneio da América seria a glória que precederia o desastre. A vitória contra o Barcelona, límpida, em campo, no tempo regulamentar, sem lances duvidosos e expulsões discutíveis, foi, para a torcida, não só a mais feliz quebra de prognósticos. Foi o início de uma nova história. O canto de nascimento de uma nova nação, calcada em um brilhante mito fundador, um sinal de que o colorado não precisa mais associar cada pequena vitória com uma derrota subseqüente.

Foi a aclamação dos heróis que mostraram que a alegria é um objetivo possível.

( carlos.moreira@zerohora.com.br )



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1979 - Internacional Campeão Invicto

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Um Blog Escancaradamente Colorado

Este blog é escancaradamente colorado, como já foi dito anteriormente.
Aproveitamos este momento de férias para "postar" textos que ficaram, digamos, pendentes, quando da conquista do titulo mundial interclubes, em dezembro de 2006.
Espero que você possa desfrutar a leitura!

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Dez Anos Sem Paulo Francis

Eu nem me dava conta que no dia 4 de fevereiro passado já se completaram 10 anos da morte de Paulo Francis. Este blog já teceu loas ao falecido jornalista. Agora, com a efeméride dos 10 anos, há todo um clima saudosista com relação a ele. Pois, do blog do Sérgio Leo vem um texto sobre Paulo Francis, e flashes de Paulo Francis no YouTube.

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Capital Mundial do Livro 2007

Nota no caderno Vitrine do Correio do Povo deste sábado, dia 10 de janeiro, informa que Bogotá foi eleita pela Unesco, como a Capital Mundial do Livro para o ano de 2007. Ela concorreu contra cidades respeitáveis como Amsterdã, Dublin e Coimbra.
Pois é, ela mesma Santa Fé de Bogotá, capital da Colômbia, venceu três cidades europeias como Capital Mundial do Livro da Unesco. Sua vitória se deu porque na última década, Bogotá criou 19 bibliotecas públicas, ligadas em anel por uma ciclovia, atendendo a um público de cerca de 4,8 milhões de usuários.
A iniciativa da Unesco visa fomentar os programas em favor da edição e da leitura.

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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Aquecimento Global, segundo o Kayser




Esta charge veio do blog do Kayser (http://blogdokayser.blogspot.com/2007/02/aquecimento-global.html ) . No blog há outras charges inspiradas.

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Libertador?

Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, em texto publicado no caderno Vitrine, encartado no Correio do Povo, deste sábado, 3 de fevereiro, a forma magra, consagrada nas passarelas da moda no mundo todo, teria um caráter libertador sobre o corpo da mulher, uma vez que liberaria o corpo das formas arredondadas, pois estas consagrariam o caráter reprodutor da mulher. Assim, as formas menos voluptuosas teriam o caráter de libertar a mulher do estereótipo da maternidade. Como talvez dissesse o Tutty Vasques, faz sentido.
Mas talvez o filósofo pudesse ir adiante em sua colocação, e ressaltar que nenhuma forma deveria ser canônica...

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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Carnaval

Estamos quase nos dias do Carnaval. O Brasil é conhecido em parte como "o País do Carnaval", embora existam, por exemplo, o Carnaval de Veneza, ou o de Munique, bem diferentes do Carnaval daqui. E mesmo o Carnaval brasileiro tem graus de diferença. É só comparar o do Rio de Janeiro, com o de Salvador, ou o de Recife.
Este blogueiro não é o maior apreciador da Festa de Momo, mas tem muita gente que gosta.
Aqui por Porto Alegre, desde janeiro, têm acontecido as "muambas" às sextas-feiras, na Avenida Borges de Medeiros, no Centro da cidade. Muamba neste caso, obviamente não é mercadoria de contrabando, ou roubada, mas uma celebração de preparação para o Carnaval, para o pessoal ir "aquecendo os tamborins". Também por estas épocas se incrementam os ensaios nas quadras das escolas de samba, que serve para o pessoal ir se concentrando no evento, e levantar uma graninha para ajudar no desfile da escola.
Pois uma colaboradora deste blog, com seu poderoso telefone celular, que, além de falar, filma e fotografa, nos enviou este pequeno "flash" de uma confraternização dos Filhos da Candinha, na quadra dos Bambas da Orgia, aqui em Porto Alegre, no dia 3 passado. Confira.


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O Profeta e o Harmônio

Mais um texto das Crônicas do Heuser (http://pauloheuser.blogspot.com), no qual ele faz uso de sua memória.

O Profeta e o Harmônio


Por Paulo Heuser

Gênesis, Êxodo, Levítico, ..., Jó, Salmos, ..., Ageu, Zacarias e Malaquias. Ufa! Lembro da ordem de quase todos os 36 livros do Velho Testamento, até hoje. Sempre me esqueço do Sofonias. Por vezes, me lembro do Obadias, mas do Sofonias, nunca. O ato de decorar a ordem dos livros do Velho Testamento da Bíblia não foi exatamente um ato de extrema religiosidade. Deveu-se, na verdade, à peraltice praticada enquanto cursava o Ensino Confirmatório, na Igreja Luterana. Em um mês de junho, enquanto aguardávamos a chegada do pastor, estouramos alguns rojões defronte à igreja, comemorando inconscientemente a efeméride do apóstolo João, este do Novo Testamento. Não chegamos a conhecer a ira do Senhor, mas a ira do pastor caiu impiedosamente sobre nós. O castigo imposto foi decorar a ordem de todos os livros do velho testamento, incluindo o sempre esquecido Sofonias.

O pastor era um sujeito que realmente impressionava. Ninguém dormia durante suas preleções, nem após. Severo, com grossas sobrancelhas, óculos de lentes grossas, voz firme e retumbante, realizava sermões que davam o sentido exato à palavra.

No local do curso, havia um instrumento musical curiosíssimo, chamado harmônio. Para quem nunca viu, ou seja, todo mundo, um harmônio é um instrumento semelhante ao órgão de tubos, só que não há tubos. Agora ficou claro, não é? No harmônio há teclado, como em um piano ou órgão, que aciona um sistema de palhetas e fole, produzindo o som. Para ajudar, há diversas chaves com legendas em alemão gótico. Na base há um grupo de pedais, sendo que um destes faz a função de bomba de ar.

O harmônio exercia uma atração irresistível sobre os alunos. Por quê? Creio que era porque não saía som algum dali. Enquanto o temido pastor não chegava, ficávamos tentando tirar qualquer som que fosse. Nada, o máximo que saía era um pfffffff... Até o dia em que alguém resolveu pedalar enquanto tentava. Eis que o harmônio criou vida, emitindo uma série de notas musicais. Um som alto e rico. Alto demais para aquele momento em que o pastor começava a se dirigir à casa paroquial, local do curso. Por alguma razão que até hoje desconheço, aquela estranha máquina continuava tocando sozinha, sempre a mesma nota, quando abandonada, lembrando uma solitária oitava trombeta do Apocalipse. O segredo da nossa salvação, de mais algum castigo, estava naquelas chaves com inscrições em gótico. A salvação chegou no momento exato. Alguém foi até o harmônio e mexeu em todas as chaves do painel, conseguindo transformar o terrível toar em um novo pfffffff..., logo desvanecido. No momento exato em que o pastor adentrou o local.

Há um profeta do Velho Testamento que está na moda. É um dos denominados Pequenos Profetas, vizinho de Bíblia de Miquéias e Habacuque. Vira e mexe, recebo alguma coisa pelo e-mail, referente ao profeta Naum, enviado por Deus (o profeta, não o e-mail) para prever a destruição de Nínive, capital da Assíria. Estranho apenas é o fato de que o nome de Naum esteja sendo invocado pelos jovens, em textos que aparentemente nada têm a ver com o Velho Testamento.

Ontem ainda, vi um texto contendo a frase: " Eu tbm naum sabia q tinha aquela enquete pra votar..." (Sic). Fará parte de uma nova profecia, escrita em alguma flor perdida e extremamente inculta do Lácio?

E-mail: prheuser@gmail.com


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domingo, fevereiro 04, 2007

Flickr em Manutenção

Esta noite, de 3 para 4 de fevereiro de 2007, tentei acessar o saite de compartilhamento de fotos Flickr (http://www.flickr.com). Mas não foi possível. O Flickr estava em manutenção. Adorei a original mensagem exposta aos visitantes. Veja abaixo.

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sábado, fevereiro 03, 2007

O Gaúcho Que Laçou um Avião

E o jornal Correio do Povo desta segunda-feira relembrou um episódio (ou talvez um deles) que faz parte da nossa memória comunitária, e que se confunde com o mito, pois o episódio mistura o anedótico com o inverosímel.
No caso, o jornal resolveu relembrar o episódio pela passagem de 55 anos do evento. Trata-se daquele caso em que um peão de estância laçou um avião.
Este episódio ocorreu em 1952, no município de Santa Maria. O piloto do avião, o Sr. Irineu Noal, ainda vive e tem 76 anos. Continua vivendo em Santa Maria. O peão, já falecido, se chamava Euclides Guterres. Pois o sr. Noal tinha uma namorada na região, e no mês de janeiro de 1952, havia brigado com a moça. Mas com o tempo, sentiu saudades e foi usar o avião, um teco-teco paulistinha, prefixo PP-HFP, para tentar chamar a atenção da moça, e reatar o namoro. Partindo do aeroclube de Santa Maria, fez diversas manobras sobre os campos, próximos de onde morava a moça, no domingo 20 de janeiro. Nos campos encontrava-se o peão Guterres. Depois de admirar por algum tempo as manobras de Noal, ele resolveu ver se conseguiria "laçar" o avião, ele que era bom no laço. E na terceira tentativa ele conseguiu laçar o avião, que balançou, e só não caiu porque a hélice do motor cortou o laço de couro. Mesmo assim, o avião foi danificado, e o sr. Noal teve que reembolsar o aeroclube pelos danos ao avião, e acabou expulso do aeroclube.
Três dias depois do evento, o jornal promoveu um encontro entre os protagonistas do episódio sui-generis. O fato chegou a ser relatado na revista norte-americana Time.
A hélice do avião e parte do laço de Guterres estão expostos na ferragem da família Noal, em Santa Maria.

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"Rio Body Count "

Anos depois do Iraq Body Count, alguns voluntários lançaram o saite Rio Body Count, para contar os mortos e feridos pela violência no Rio de Janeiro. Quem sabe com este tipo de informação exposta assim, as autoridades em todos os níveis de governo se mexam para melhorar as condições de vida da Cidade Maravilhosa, e no estado com uma das mais belas costas do Brasil.


Via Blue Bus: http://www.bluebus.com.br/show.php?p=1&id=74491

Rio Body Count: http://www.riobodycount.com.br/

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