Os Filmes de Jorge Furtado
Você sabe o que existe em comum entre este blog e os filmes de Jorge Furtado? A presença de Porto Alegre.
Claro que nos filmes dele, a cidade é mais fictícia, digamos assim.
Estou escrevendo esta nota a propósito de ter assistido, em DVD, o filme "Meu Tio Matou Um Cara". Antes eu já havia visto "Houve Uma Vez Dois Verões" e "O Homem Que Copiava". Dos três, Meu Tio Matou Um Cara é o mais fraquinho. A trama é mais superficial, os personagens são menos densos, mas também aparece a cidade. A cidade sentimental. O Colégio Americano, o bairro Moinhos de Vento, a "emergente" Bela Vista, e as favelas. Com linhas de ônibus que não existem, e uma personagem, a Isa, vivida pela Sofia Reis, chamando estas linhas pelos números, o "483", o "514", como costumam fazer mais os cariocas do que os gaúchos...pelo menos na minha percepção.
É uma sensação boa esta de ver a cidade na tela do cinema, ou do DVD. Ficamos reconhecendo, ou adivinhando, o lugar das locações. Isto é mais fácil em O Homem Que Copiava. Fala do Quarto Distrito, da Avenida Presidente Roosevelt e imediações, e que esse seria o local onde vivem os personagens, embora tenham usado a papelaria A Bayadeira, que fica na Avenida Osvaldo Aranha, como local de trabalho do personagem principal vivido pelo ator Lázaro Ramos, e uma das lancherias (dizem que só os gaúchos usam o termo lancheria, o restante do país usa lanchonete) que aparecem fica na Avenida Protásio Alves, próxima ao Hospital de Clínicas. Não sei se é esta questão das locações que me motiva, mas O Homem Que Copiava, para mim, é o melhor dos filmes.
Houve Uma Vez Dois Verões é talvez o mais divertido e o mais despretensioso. Também o mais antigo. Não é estrelado por atores da TV Globo, e se utiliza também do nosso rico litoral para suas locações, para contar a história de um rapaz de família que acaba se envolvendo romanticamente uma menina que vive de pequenos golpes.
Você na sessão da tarde!...
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