Gre-Nal
Talvez tenha tudo começado com a Juana, a Jú. Ela tem esse nome porque tem um quê de mártir. Pois ela, a Jú, resolveu que naquele dia 15 de setembro, que seria aniversário de 103 anos do Grêmio Football Porto-Alegrense, seria um bom dia para os colorados virem fardados com o uniforme do Internacional, o time rival em Porto Alegre.
Diz o senso comum, que em Porto Alegre, se você não for gremista, será colorado, muito embora existam algumas pessoas que digam que torcem para o Cruzeiro de Porto Alegre, e muita gente diga que simpatiza com o Esporte Clube São José.
Acontece que pelo menos uma das pessoas para quem a Jú enviou a mensagem detalhando o seu plano era gremista, e ela não sabia. Este gremista divulgou para outros gremistas o plano colorado, e os gremistas resolveram montar um contra-ataque.
- Não! Não! - Disse-me Mérian, que tem este nome diferente, meio entre a mãe de Jesus, a irmã de Moisés e a namorada de Robin Hood. - Na verdade os gremistas já estavam mordidos devido àquela manifestação espontânea dos colorados no dia 17 de agosto...
- É?
No dia 17 de agosto de 2006, dia seguinte à conquista da Taça Libertadores da América por parte do Internacional, o departamento de desenvolvimento de sistemas daquela empresa amanheceu mais rubro do que de costume. Mas põe mais rubro em cima disso. Quem quer que fosse o mais discretamente colorado possível resolveu tirar a camisa vermelha do armário e desfilar com ela pela empresa. O que deve ter causado desgosto e tristeza por parte dos gremistas. Era mais um monopólio que eles perdiam... Sem que tivesse sido planejado, a manifestação dos colorados, parodiando o comando das forças armadas norte-americanas, causou uma onda de choque e pavor nos gremistas, que levaram uma semana, pelo menos, para se recuperar.
Então, voltamos para o dia 15 de setembro.
Na véspera, quando souberam que o plano tinha sido detectado, muitos colorados desistiram da manifestação, tipo, largando o campo para o adversário.
Os gremistas se organizaram e até um bolo de aniversário para o seu time eles trouxeram. Assim, naquele dia 15, o mesmo departamento amanheceu muito mais azul do que o vermelho que havia sido planejado.
A Jú, fonte e início de tudo, não se deu por vencida. Apesar de não todos, muitos colorados haviam vindo uniformizados naquele dia. Ela providenciou tortas e refrigerantes para que os colorados pudessem comemorar um mês de conquista!
Enquanto a maré azul tomava conta da copa, a peça onde se servem as refeições, não a do mundo, os colorados invadiram a sala de reuniões da gerência para poderem celebrar.
E assim, azuis e vermelhos gritaram e cantaram, cada um em seu lado, embora tenham havido tentativas de infiltração de lado a lado, não dá para dizer que elas tenham sido assim um sucesso, as infiltrações. Foi uma tarde memorável que vai gerar muitos comentários ainda.
No final da tarde, o Zé, este apelido incomum, se dirigiu à Jú:
- Pois é, mas me parece que havia bem mais gremistas do que colorados no departamento da empresa.
- É natural. - Disse a Jú. - Eles foram reforçados por muitos estagiários, e prestadores de serviço, de faixas etárias mais jovens, que se criaram durante os anos de glória do Grêmio, nas décadas de 1980 e 1990, e a maioria aderiu ao time que ganhava mais na época.
O Zé concordou. Depois me disse que na cabeça dele, as proporções seriam de um terço de colorados e dois terços de gremistas.
O Zé, claro, é colorado. E como colorado ele contou a versão dos colorados. Que afinal, ainda estavam comemorando um título. Os gremistas comemoravam o aniversário do clube. Ou talvez a conquista da série B do Campeonato Brasileiro... Bom. Talvez o Campeonato Gaúcho que eles alcançaram sem vencer diretamente o Inter. Mas não deve ser isto, pois eles sempre diziam que o Campeonato Gaúcho não valia nada. Talvez por terem conquistado menos campeonatos gaúchos que o Inter, ou por terem menor número de vitórias em confrontos diretos.
Diz o senso comum, que em Porto Alegre, se você não for gremista, será colorado, muito embora existam algumas pessoas que digam que torcem para o Cruzeiro de Porto Alegre, e muita gente diga que simpatiza com o Esporte Clube São José.
Acontece que pelo menos uma das pessoas para quem a Jú enviou a mensagem detalhando o seu plano era gremista, e ela não sabia. Este gremista divulgou para outros gremistas o plano colorado, e os gremistas resolveram montar um contra-ataque.
- Não! Não! - Disse-me Mérian, que tem este nome diferente, meio entre a mãe de Jesus, a irmã de Moisés e a namorada de Robin Hood. - Na verdade os gremistas já estavam mordidos devido àquela manifestação espontânea dos colorados no dia 17 de agosto...
- É?
No dia 17 de agosto de 2006, dia seguinte à conquista da Taça Libertadores da América por parte do Internacional, o departamento de desenvolvimento de sistemas daquela empresa amanheceu mais rubro do que de costume. Mas põe mais rubro em cima disso. Quem quer que fosse o mais discretamente colorado possível resolveu tirar a camisa vermelha do armário e desfilar com ela pela empresa. O que deve ter causado desgosto e tristeza por parte dos gremistas. Era mais um monopólio que eles perdiam... Sem que tivesse sido planejado, a manifestação dos colorados, parodiando o comando das forças armadas norte-americanas, causou uma onda de choque e pavor nos gremistas, que levaram uma semana, pelo menos, para se recuperar.
Então, voltamos para o dia 15 de setembro.
Na véspera, quando souberam que o plano tinha sido detectado, muitos colorados desistiram da manifestação, tipo, largando o campo para o adversário.
Os gremistas se organizaram e até um bolo de aniversário para o seu time eles trouxeram. Assim, naquele dia 15, o mesmo departamento amanheceu muito mais azul do que o vermelho que havia sido planejado.
A Jú, fonte e início de tudo, não se deu por vencida. Apesar de não todos, muitos colorados haviam vindo uniformizados naquele dia. Ela providenciou tortas e refrigerantes para que os colorados pudessem comemorar um mês de conquista!
Enquanto a maré azul tomava conta da copa, a peça onde se servem as refeições, não a do mundo, os colorados invadiram a sala de reuniões da gerência para poderem celebrar.
E assim, azuis e vermelhos gritaram e cantaram, cada um em seu lado, embora tenham havido tentativas de infiltração de lado a lado, não dá para dizer que elas tenham sido assim um sucesso, as infiltrações. Foi uma tarde memorável que vai gerar muitos comentários ainda.
No final da tarde, o Zé, este apelido incomum, se dirigiu à Jú:
- Pois é, mas me parece que havia bem mais gremistas do que colorados no departamento da empresa.
- É natural. - Disse a Jú. - Eles foram reforçados por muitos estagiários, e prestadores de serviço, de faixas etárias mais jovens, que se criaram durante os anos de glória do Grêmio, nas décadas de 1980 e 1990, e a maioria aderiu ao time que ganhava mais na época.
O Zé concordou. Depois me disse que na cabeça dele, as proporções seriam de um terço de colorados e dois terços de gremistas.
O Zé, claro, é colorado. E como colorado ele contou a versão dos colorados. Que afinal, ainda estavam comemorando um título. Os gremistas comemoravam o aniversário do clube. Ou talvez a conquista da série B do Campeonato Brasileiro... Bom. Talvez o Campeonato Gaúcho que eles alcançaram sem vencer diretamente o Inter. Mas não deve ser isto, pois eles sempre diziam que o Campeonato Gaúcho não valia nada. Talvez por terem conquistado menos campeonatos gaúchos que o Inter, ou por terem menor número de vitórias em confrontos diretos.
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