Veja e a Luta de Classes
Na revista Veja, da semana passada, 6 de setembro de 2006 (edição 1972, ano 39, número 35), me chamou a atenção a pergunta retórica feita pela redatora do texto, Júlia Duailibi, na página 64: "Estaria o Brasil reeditando o anacronismo da luta de classes em pleno alvorecer do século XXI?" . A autora no texto, que se chama "Dividir para Governar", se questiona sobre o porquê das intenções de voto no presidente Lula são tão diferentes conforme o extrato social do eleitor, sendo que o presidente teria muito mais penetração entre as camadas mais pobres, do que entre o que a redatora chama genericamente de classe média, segundo o que estariam mostrando as pesquisas de intenção de voto.
Se bem que a revista desta semana, capte uma maior intenção de voto em Lula, em camadas mais favorecidas da população, e isto amenize um pouco o questionamento, chama a atenção isto de "anacronismo da luta de classes no alvorecer do século XXI". Como ela pôde se referir a um anacronismo na mesma semana em que a Volkswagen demite mais de três mil funcionários através de carta, pois pretende usar mais tecnologia para produzir mais carros com menos funcionários, ou seja, mais produtividade por funcionário para aumento (ou manutenção vá lá) das margens de lucro da empresa? E por que será que a Ford resolveu abrir sua nova linha de montagem na Bahia, e não em São Paulo, onde estão as outras? É por quê a Ford quer ser boazinha para o povo baiano? Ou será que é por quê na Bahia ela pode pagar salários menores? Existem cada vez menos bancários porque os computadores são o futuro, e não porque os donos dos bancos querem mais lucro por funcionário? Anacronismo da luta de classes, vejam só!...
Os observadores do Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br) vez por outra declaram que o Brasil é o único país do mundo onde os jornalistas chamam os patrões de colegas. O Sr. Roberto Marinho gostava de ser chamado de "jornalista", e o Sr. Assis Chateaubriand gostava de ser chamado de "repórter". Vai ver que é por isso que a Sra. Júlia Duailibi chama luta de classes de anacronismo.
Se bem que a revista desta semana, capte uma maior intenção de voto em Lula, em camadas mais favorecidas da população, e isto amenize um pouco o questionamento, chama a atenção isto de "anacronismo da luta de classes no alvorecer do século XXI". Como ela pôde se referir a um anacronismo na mesma semana em que a Volkswagen demite mais de três mil funcionários através de carta, pois pretende usar mais tecnologia para produzir mais carros com menos funcionários, ou seja, mais produtividade por funcionário para aumento (ou manutenção vá lá) das margens de lucro da empresa? E por que será que a Ford resolveu abrir sua nova linha de montagem na Bahia, e não em São Paulo, onde estão as outras? É por quê a Ford quer ser boazinha para o povo baiano? Ou será que é por quê na Bahia ela pode pagar salários menores? Existem cada vez menos bancários porque os computadores são o futuro, e não porque os donos dos bancos querem mais lucro por funcionário? Anacronismo da luta de classes, vejam só!...
Os observadores do Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br) vez por outra declaram que o Brasil é o único país do mundo onde os jornalistas chamam os patrões de colegas. O Sr. Roberto Marinho gostava de ser chamado de "jornalista", e o Sr. Assis Chateaubriand gostava de ser chamado de "repórter". Vai ver que é por isso que a Sra. Júlia Duailibi chama luta de classes de anacronismo.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home