Desastre Aéreo
O jornal Correio do Povo (acesso ao sítio restrito a assinantes) de hoje fez um belo trabalho na cobertura do acidente aéreo do vôo JJ3054 da TAM, que vitimou algo próximo de 200 pessoas. Ele exibiu uma série de perfis sobre quem eram estes viajantes, e funcionários da empresa, que foram vítimas do acidente. Faz todo sentido, pois o avião partiu aqui de Porto Alegre. Entre as vítimas mais célebres, o ex-presidente do Internacional Paulo Rogério Amoretty, e o deputado federal Júlio Redecker, do PSDB, líder da minoria no Congresso. Mas havia muito mais gente. Estudantes, médicos, professores. No caso mais exasperante uma família inteira vitimada pelo desastre, pai, mãe e uma filhinha de 2 anos. É uma maneira de pessoalizar a tragédia, e nos tornar menos refratários a eventos dramáticos e que não fazem sentido.
Quando do desastre de setembro passado, quando o jato da Excel Air derrubou o boeing da Gol, o acidente me pareceu abstrato e longínquo. Foi um desastre no norte do país, num vôo que ligava uma cidade da Amazônia e São Paulo. Eu só caí da abstração quando um amigo me falou que havia um membro de uma grande comunidade cristã aqui de Porto Alegre entre os que morreram naquele acidente.
E um acidente assim nos toca mais do que vítimas da violência pois, de repente, uma centena de pessoas perdem a vida de uma hora para a outra. Em um momento 150 destinos são interrompidos. O sítio RioBodyCount contabiliza mais de 1000 vítimas da violência na Cidade Maravilhosa e região metropolitana, mas os homicídios vão ocorrendo aos poucos. Sempre dá para se refugiar no desejo que algo assim (a violência) nunca aconteça conosco. Uma tragédia que ceifa duas centenas de vidas nos expõe à nossa fragilidade de forma mais forte.
Vários chefes de estado enviaram condolências ao governo brasileiro por causa da tragédia.
Eu lamento muito que tenha ocorrido.
Marcadores: acidente aéreo, luto
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