terça-feira, outubro 07, 2008

Acervo digital do Diário Oficial do estado de São Paulo será aberto

Acervo digital do "Diário Oficial" será aberto

A partir de hoje, arquivos dos 117 anos do jornal podem ser consultados gratuitamente pela internet

RACHEL COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 1º de maio de 1891, circulava a primeira edição do "Diário Oficial" do Estado de São Paulo. A publicação, com apenas quatro páginas, era bem diferente da atual, que ultrapassa as 600 páginas. A partir de hoje, todas elas estarão disponíveis gratuitamente na internet, no www.imesp.com.br.
Anteriormente, as pesquisas nas edições de 1992 até hoje e as buscas por palavra-chave nos jornais de 2001 a 2008 eram pagas -R$ 12,00 a hora.
A leitura das sete últimas edições e a busca por edições de 1891 a 1991 era gratuita, mas exigia cadastro prévio. A partir de agora, a cobrança e o cadastramento deixam de existir.
O diretor-executivo da Imprensa Oficial de São Paulo, Hubert Alquéres, fala que, com a iniciativa, São Paulo torna-se um dos primeiros Estados do país a disponibilizar todos os seus Diários Oficiais de forma gratuita para a consulta virtual.
No Tocantins isso já acontecia, mas o arquivo do Estado tem apenas 19 anos, pouco perto dos 117 anos registrados pela imprensa oficial paulista.
Nos arquivos do "Diário Oficial" é possível acessar projetos de lei, gastos e investimentos dos órgãos públicos, balanços de empresas, resultados de concursos, nomeações e demissões de servidores públicos.
Para Alquéres, a medida aumenta a transparência ao permitir ao cidadão consultar os atos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário estaduais.
Júlio Pimentel Pinto, professor do Departamento de História da USP, teve acesso ao conteúdo antes do lançamento. Em sua avaliação, a iniciativa facilita a pesquisa e incentiva uma melhor reflexão sobre a história de São Paulo gravada nas páginas da publicação.
Alquéres conta que, para incentivar o acesso aos arquivos do "Diário Oficial" do Estado, serão criados dois projetos para o próximo ano. Um voltado para as escolas públicas -para o uso do acervo pelos professores em sala de aula- e outro para estudantes universitários -para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.

Texto da Folha de São Paulo, de 1º. de outubro de 2008.


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