Jerry Falwell 1933-2007
O jornal The New York Times deu um longo necrológio para o reverendo Jerry Falwell, falecido em 15 de maio passado, aos 73 anos de idade, na cidade de Lynchburg, na Virgínia, Estados Unidos.
Jerry Falwell era um pastor batista, mas provavelmente ficará conhecido como um dos principais articuladores do que passou a ser chamado, a partir do final dos anos 1970, de “Maioria Moral”, juntando conservadores de diversos matizes, com uma agenda, por exemplo, contra o aborto, a pornografia, e favor da família nuclear tradicional e heterossexual. O movimento conseguiu unir protestantes, católicos e judeus conservadores em torno desta agenda, e ligou-se ao Partido Republicano, e teve certa influência para a eleição do presidente Ronald Reagan nos anos 1980, como sobre o próprio governo Reagan. Esta influência diminuiu um pouco no governo do presidente George Herbert Bush, ou Bush pai. E aumentou substancialmente com o governo atual do presidente George Walker Bush. Sendo o atual presidente seriamente comprometido com os valores daquela agenda, a tal ponto de restringir ajuda a países em campanha contra a disseminação da AIDS àqueles que produzissem campanhas de incentivo à abstinência sexual. No caso do Brasil, por exemplo, a ajuda nestes temos foi recusada.
No governo Clinton, os conservadores estiveram na base daquela constrangedora história de pedir impedimento do presidente por ele ter se envolvido com uma estagiária da Casa Branca, e supostamente ter mentido ao Congresso sobre isso. No extremo, entraram por lá numa discussão sobre qual o conceito de relação sexual.
Ele foi fundador e dirigente da Liberty University, na mesma cidade de Lynchburg. Seus dois filhos devem dar prosseguimento à obra do pai. Um deles a frente da universidade, e outro no púlpito da Igreja Batista de Thomas Road.
Como muitos cristãos, ele viveu sua infância entre uma mãe piedosa, e um pai indiferente à religião. E dentro desse quadro, ele viu seu próprio lar como uma arena de batalha entre o bem e o mal. O bem representado pelos ensinamentos que sua mãe lhe passou. O mal pela falta de vida espiritual do pai, o qual em um acidente com arma de fogo matou o irmão, trauma do qual nunca se perdoou, e nunca se recuperou, tendo morrido alcoólatra.
Provavelmente é por isso que ele era, como outros cristãos conservadores um crítico da cultura, e fazia questão de manifestar suas opiniões na arena pública. Além disso, ele vivia nos Estados Unidos da América, aquele país em que posições políticas são melhor representadas por posicionamentos culturais, do que por lutas de classe explícitas.
A notícia de sua morte foi divulgada pela universidade Lynchburg, e até o momento da publicação do jornal, as causas não haviam sido estabelecidas. Ele havia sido encontrado inconsciente em seu escritório, na universidade.
Jerry Falwell era um pastor batista, mas provavelmente ficará conhecido como um dos principais articuladores do que passou a ser chamado, a partir do final dos anos 1970, de “Maioria Moral”, juntando conservadores de diversos matizes, com uma agenda, por exemplo, contra o aborto, a pornografia, e favor da família nuclear tradicional e heterossexual. O movimento conseguiu unir protestantes, católicos e judeus conservadores em torno desta agenda, e ligou-se ao Partido Republicano, e teve certa influência para a eleição do presidente Ronald Reagan nos anos 1980, como sobre o próprio governo Reagan. Esta influência diminuiu um pouco no governo do presidente George Herbert Bush, ou Bush pai. E aumentou substancialmente com o governo atual do presidente George Walker Bush. Sendo o atual presidente seriamente comprometido com os valores daquela agenda, a tal ponto de restringir ajuda a países em campanha contra a disseminação da AIDS àqueles que produzissem campanhas de incentivo à abstinência sexual. No caso do Brasil, por exemplo, a ajuda nestes temos foi recusada.
No governo Clinton, os conservadores estiveram na base daquela constrangedora história de pedir impedimento do presidente por ele ter se envolvido com uma estagiária da Casa Branca, e supostamente ter mentido ao Congresso sobre isso. No extremo, entraram por lá numa discussão sobre qual o conceito de relação sexual.
Ele foi fundador e dirigente da Liberty University, na mesma cidade de Lynchburg. Seus dois filhos devem dar prosseguimento à obra do pai. Um deles a frente da universidade, e outro no púlpito da Igreja Batista de Thomas Road.
Como muitos cristãos, ele viveu sua infância entre uma mãe piedosa, e um pai indiferente à religião. E dentro desse quadro, ele viu seu próprio lar como uma arena de batalha entre o bem e o mal. O bem representado pelos ensinamentos que sua mãe lhe passou. O mal pela falta de vida espiritual do pai, o qual em um acidente com arma de fogo matou o irmão, trauma do qual nunca se perdoou, e nunca se recuperou, tendo morrido alcoólatra.
Provavelmente é por isso que ele era, como outros cristãos conservadores um crítico da cultura, e fazia questão de manifestar suas opiniões na arena pública. Além disso, ele vivia nos Estados Unidos da América, aquele país em que posições políticas são melhor representadas por posicionamentos culturais, do que por lutas de classe explícitas.
A notícia de sua morte foi divulgada pela universidade Lynchburg, e até o momento da publicação do jornal, as causas não haviam sido estabelecidas. Ele havia sido encontrado inconsciente em seu escritório, na universidade.
Marcadores: Batista, Estados Unidos, Jerry Falwell, Maioria Moral, Protestantismo
4 Comments:
Não me espantaria se a causa da morte fosse drogas, sexo ou qualquer outra coisa relacionada com o que o Jerry Falwell combatia...
Não creio. Outro pregador conservador, o reverendo Jimmy Sweggart, caiu em tentação, literalmente, anos atrás, se envolveu com uma outra mulher, e tal. Mas não morreu disso, e pediu perdão às pessoas do ministério dele. Mas quando isso aconteceu com Rev. Swaggart, ele era mais jovem,tinha acho que 50 e poucos anos. O reverendo Falwell já era mais velhinho.
É mais ou menos como o Rev. Billy Graham. Já passou dos 80. Está praticamente aposentado. Não creio que ele ainda venha a fazer estripulias.
Fiz este texto porque me sinto um pouco como ele era. Usando um jargão comum por lá pelo centro do Império, os "cristãos renascidos". Como o atual presidente Bush, a propósito. Só não sou politicamente tão conservador como eles...
[]
O filho do Billy Graham, Rev. Franklin Graham agora substitui o pai, no Ministério Graham. Talvez ele possa cair em tentação. Mas acho que isto é difícil. Ele já esteve "em tentação", digamos assim.
Bom, tudo isso para dizer que esse pessoal é conservador, reacionário às vezes, mas é sincero, acrdito eu.
[]
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