terça-feira, novembro 22, 2005

Rua Doutor Flores, 21 de novembro de 2005, 21 h 20 min

Por volta de nove horas da noite a rua Doutor Flores é agradável de caminhar. Todo o intenso comércio de móveis e eletrodomésticos da rua está fechado. O movimento parece com o do final da semana. Não é o formigueiro humano que existe durante o horário em que o principal comércio está aberto, mas também não é um deserto completo. Muitas pessoas caminham para baixo e para cima. Quem são estas pessoas? Trabalhadores que esperaram passar a hora do "rush", estudantes saindo de seus cursos, ... Há ainda taxistas nos pontos aguardando passageiros, na esquina com a Otávio Rocha há um vendedor de churrasquinho de gato, também há alguns papeleiros revirando o lixo a procura de algum material para reciclagem que lhe garanta algum trocado.

Estudantes saindo de seus cursos. Como se estuda nesta cidade. As pastas e bolsas denunciam alunos de primeiro e segundo grau, alunos de cursos profissionalizantes, alunos de graduação superior, e mesmo de pós-graduação. É a luta por melhores condições de vida.

Não sei porquê, mas me sinto bastante tranqüilo e seguro caminhando por esta rua em direção ao ponto do ônibus que me levará para casa. Talvez seja porque eu seja um indivíduo do sexo masculino, relativamente grande, em idade adulta. Os descuidistas vão procurar vítimas mais fáceis para predar.