Porto Alegre, 30 Graus
Estamos na Semana de Porto Alegre, a semana em que se comemora o aniversário da cidade. Conforme está sendo amplamente divulgado, a cidade comemora neste ano de 2007, 235 anos desde que foi emancipada de Viamão, e alçada a condição de "vila".
235 anos. Estes números divisíveis por 5 são muito interessantes para mim. Uma das primeiras coisas que me ocorreu foi de pensar que daqui há 15 anos, todos aqueles de nós que estivermos vivos (em 15 anos viver será uma bênção ou um tormento? aguardemos...) verão a cidade completar 250 anos. Será que será grande a festança?
Pensar um pouco nessas datas que agitam o nosso imaginário é "uma viagem". Quando eu era um menino há bem menos tempo que hoje, digamos, quando eu tinha 7 ou 8 anos, eu me lembro que entre os meninos da minha idade ficávamos imaginando como seria o anos 2000. Certamente seria uma época de muitos avanços. Depois quando eu tinha uns 10 anos, na casa de um vizinho havia um livro, que se chamava algo como "Tesouro da Juventude". O livro era da década de 1960, e um dos textos comentava em tom triunfante como seria um passeio à Marte, por volta do ano 2000. Uma viagem imaginada em três estágios. Uma ida da Terra à Lua, havendo nesta um transbordo para uma nave que levasse da Lua a um dos satélites naturais de Marte, e então novo transbordo para veículo que levasse os viajantes à superfície do Planeta Vermelho. É curioso como esse sonho deu para trás. Na década de 1960, em plena efervescência dos programas espaciais soviético e estadunidense, era possível imaginar um dia no futuro próximo, em que viagens tripuladas a outros planetas com finalidade turística seriam possíveis. Hoje, o máximo que há são viagens caríssimas com o objetivo de levar viajantes quase para fora da órbita terrestre para ver a Terra "de fora", e sentir a falta de gravidade.
Outra coisa que causava expectativa era o possível fim do mundo no ano 2000. Além das profecias de Nostradamus, havia interpretações bíblicas apontando muitos eventos (guerras, terremotos, ...) prevendo o final do mundo, neste caso o mundo como o conhecemos, com a volta triunfal de Cristo também para o ano 2000.
Na década de 1970, eu contava que eu teria 33 anos no ano 2000. O ano 2000 veio e passou, e o mundo não acabou... Pelo menos ainda não. Terá acabado em 2022, ano em que Porto Alegre completará (completaria?) 250 anos? Curiosamente é também o ano em que o Brasil poderá contar 200 anos de independência.
E nesta semana, em que Porto Alegre completa 235 anos, as temperaturas têm estado acima de 30 graus Celsius. Um calor de fazer a gente pensar que vai derreter. Porto Alegre, "paralelo 30" como diz a música de Kleiton e Kledir, e um calor de amolecer piche, fritar ovo no capô do carro, um calor senegalês. Faltou algum bordão clichê?
Uma boa semana de Porto Alegre para você!
235 anos. Estes números divisíveis por 5 são muito interessantes para mim. Uma das primeiras coisas que me ocorreu foi de pensar que daqui há 15 anos, todos aqueles de nós que estivermos vivos (em 15 anos viver será uma bênção ou um tormento? aguardemos...) verão a cidade completar 250 anos. Será que será grande a festança?
Pensar um pouco nessas datas que agitam o nosso imaginário é "uma viagem". Quando eu era um menino há bem menos tempo que hoje, digamos, quando eu tinha 7 ou 8 anos, eu me lembro que entre os meninos da minha idade ficávamos imaginando como seria o anos 2000. Certamente seria uma época de muitos avanços. Depois quando eu tinha uns 10 anos, na casa de um vizinho havia um livro, que se chamava algo como "Tesouro da Juventude". O livro era da década de 1960, e um dos textos comentava em tom triunfante como seria um passeio à Marte, por volta do ano 2000. Uma viagem imaginada em três estágios. Uma ida da Terra à Lua, havendo nesta um transbordo para uma nave que levasse da Lua a um dos satélites naturais de Marte, e então novo transbordo para veículo que levasse os viajantes à superfície do Planeta Vermelho. É curioso como esse sonho deu para trás. Na década de 1960, em plena efervescência dos programas espaciais soviético e estadunidense, era possível imaginar um dia no futuro próximo, em que viagens tripuladas a outros planetas com finalidade turística seriam possíveis. Hoje, o máximo que há são viagens caríssimas com o objetivo de levar viajantes quase para fora da órbita terrestre para ver a Terra "de fora", e sentir a falta de gravidade.
Outra coisa que causava expectativa era o possível fim do mundo no ano 2000. Além das profecias de Nostradamus, havia interpretações bíblicas apontando muitos eventos (guerras, terremotos, ...) prevendo o final do mundo, neste caso o mundo como o conhecemos, com a volta triunfal de Cristo também para o ano 2000.
Na década de 1970, eu contava que eu teria 33 anos no ano 2000. O ano 2000 veio e passou, e o mundo não acabou... Pelo menos ainda não. Terá acabado em 2022, ano em que Porto Alegre completará (completaria?) 250 anos? Curiosamente é também o ano em que o Brasil poderá contar 200 anos de independência.
E nesta semana, em que Porto Alegre completa 235 anos, as temperaturas têm estado acima de 30 graus Celsius. Um calor de fazer a gente pensar que vai derreter. Porto Alegre, "paralelo 30" como diz a música de Kleiton e Kledir, e um calor de amolecer piche, fritar ovo no capô do carro, um calor senegalês. Faltou algum bordão clichê?
Uma boa semana de Porto Alegre para você!
Marcadores: clima, Porto Alegre
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