Charlton Heston - 1923-2008
Às vezes este blog fica parecendo um obituário, mas o que se pode fazer? Tenho usado este espaço para lembrar figuras importantes que me marcaram de alguma forma e que se foram desta vida.
É assim que é impossível deixar de registrar o passamento de Charlton Heston, ator de filmes épicos, cujos nomes mais evidentes são Ben-Hur e Os Dez Mandamentos. Dois grandes filmes e dois filmes grandes.
Lá em casa há uma cópia do filme Os Dez Mandamentos, feita quando de uma das exibições que vez por outra alguma televisão transmitia. Meu filho o viu muitas vezes quando era criança.
Ben-Hur foi um filme muito interessante, mostrando um rico judeu transformado em escravo devido a um acidente que pareceu um atentado aos romanos ocupantes daquela Palestina onde Jesus logo iria se manifestar, e que depois, é transformado em nobre romano por adoção. E o filme tem as emocionantes seqüências da crucificação de Jesus. Emocionantes para um cristão claro!
Além disso ele trabalhou como um administrador circense, em O Maior Espetáculo da Terra, como um astronauta que chega em um planeta transformado em O Planeta dos Macacos, e como um cientista solitário numa terra devastada por uma nova praga, em A Última Esperança da Terra, filme este que recentemente ganhou nova versão com Will Smith no papel principal, e com o título de Eu Sou a Lenda.
Soube pelos obituários que o ator militou no movimento pelos direitos civis na década de 1960. E no final de sua vida acabou como presidente da Associação Nacional do Rifle, uma entidade bastante conservadora para dizer o mínimo. O que faz lembrar a piada, segundo a qual, nos Estados Unidos, um conservador é um liberal que foi vítima de um assalto, e um liberal é um conservador que foi vítima de violência policial. Acho que é isto.
Pois é. Acho que é isto.
A imagem que ilustra este texto veio da Wikipédia.
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