quinta-feira, maio 10, 2007

Havemos Papa

E o Papa Bento XVI está entre nós. Quer dizer, entre nós brasileiros. Chegou a São Paulo nesta quarta-feira, dia 9.
E como não poderia deixar de ser, a televisão dá ampla cobertura.
O Jornal da Globo por exemplo, além da ampla cobertura à visita do Chefe da Igreja Católica Romana, ainda mandou correspondente à Alemanha, para mostrar os lugares onde o Papa nasceu e cresceu, como uma forma de tentar entender o pensamento do cardeal Ratzinger.
Verdade é que este blogueiro tem ampla simpatia pelo atual Papa, desde que ele era "apenas" o Chefe da Congregação da Doutrina da Fé, a antiga Inquisição como todos gostam de ressaltar. Mas o cardeal era(na verdade, ainda deve ser, acredito eu) bom teólogo. Teólogo é aquela pessoa que busca contextualizar a doutrina, a partir da Revelação (e esta é uma definição bem pessoal do blogueiro. Outras devem existir). Pena que como bom teólogo, Joseph Ratzinger tenha avançado na hierarquia da Igreja, de maneira que, além de teólogo, ele teve que desempenhar o papel de guardião da sã doutrina, e consequentemente reprimir o que fosse considerado, digamos, pouco ortodoxo. Que o digam o teólogo europeu Hans Küng, ou o brasileiro Leonardo Boff.
Olhando o Jornal da Globo, sou informado que o atual Papa é um admirador de Santo Agostinho, assim como eu. Ou seja, irresistivelmente, sinto ainda mais simpatia por Bento XVI. Ou seja, sou um conservador.
Pena que o Papa seja o Chefe da Igreja Católica, e eu um protestante. Apesar da concordata que o ainda cardeal assinou com líderes luteranos, ainda há muitas diferenças entre nós.
Seria muito bom, se os cristãos pudessem manter laços fraternais com a unidade na diversidade, mas a história do Cristianismo demonstra que cada grupo quer ser mais verdadeiro. Fica muito difícil estabelecer uma base mínima comum.

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