sexta-feira, julho 16, 2010

Hanami em Porto Alegre

Hanami em Porto Alegre


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A primeira vez que ouvi falar em Hanami foi em um filme alemão muito tocante, que inclusive já comentei. Depois houve uma referência por parte da Regina Casé, no Fantástico, comentando o Hanami.


Se trata do período de florescimento das cerejeiras (“sakura”, em japonês). Segundo a Wikipédia, “hanami” significa literalmente “olhar as flores”. Na versão em inglês da Wikipédia o verbete se estende um pouco mais, informa, por exemplo, que a floração da cerejeira se dá em janeiro (ou seja, em pleno inverno. Eu imaginaria tal evento ocorrendo em plena primavera.), e que os japoneses se reúnem em Ueno Park, em Tóquio para apreciar as flores, fotografá-las e fazer piqueniques sob as cerejeiras. Esteticamente a coisa é muito bela. Flores em tons de rosa, com amigos e familiares reunidos. E dizem que isso é celebrado todo ano. E que esta celebração saúda também a efemeridade desta beleza. A floração das cerejeiras dura uma semana, no máximo, duas.


Tempos atrás eu havia sido informado que em Porto Alegre havia algumas cerejeiras. Pedi à pessoa que me falou delas que me mantivesse informado sobre o ocorrências da floração. Na semana passada esta informação chegou.


Há pelo menos três cerejeiras plantadas no canteiro central da Avenida Fernando Ferrari, bairro Anchieta, em Porto Alegre. E na semana passada elas estavam cobertas de flores. Belas flores em tons de rosa. Florescendo em pleno inverno, em Porto Alegre. Pude contemplá-las no sábado. Muitos brotos ainda não haviam aberto, e muitas abelhas circulavam entre as flores, sinal (e esperança) que a floração dure ainda mais uma semana. Pude contemplar com meus próprios olhos a manifestação de uma beleza efêmera. Isto me valeu.


Infelizmente as cerejeiras não estão em um parque, ou praça, lugares mais adequados à contemplação e à admiração. O canteiro central da Avenida Fernando Ferrari também não é um lugar adequado para se pensar em fazer um piquenique. Uma pena.


Acredito que a presença de uma associação cultural nipo-brasileira numa das ruas transversais da Avenida Fernando Ferrari seja uma explicação suficiente para a presença destas cerejeiras num canto de Porto Alegre.

E graças a estas prestimosas pessoas, eu pude contemplar a flor da cerejeira sem precisar viajar 20 mil quilômetros.


Não que viajar estes 20 mil quilômetros seja ruim. A questão é que não sei quando, ou se, poderei algum dia ir ao Japão, e de maneira mais precisa, ir ao Japão em janeiro, na época da floração das cerejeiras, para ver, e participar, do Hanami.


12/07/2010.

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1 Comments:

Anonymous Marcelo Silvano Krapf said...

Olá. Também sou fascinado com a beleza e a representatividade das cerejeiras. Também moro em Porto Alegre. Vou procurar essa árvore quem você falou com toda certeza. Ouvi falar de algumas que estão no parcão de Gravataí, mas ainda não sei se é verdade, estou confirmando isso. Por acaso você já encontrou mais alguma? Abraço

11:00 PM  

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