terça-feira, dezembro 28, 2010

Blake Edwards

Blake Edwards


O tempo é assim. A gente pensa consigo mesmo “daqui a pouco eu faço”, e lá se vão quase 15 dias.

O diretor de cinema Blake Edwards faleceu no dia 15 de dezembro passado.

Pouco sei da vida dele, fora que era diretor de cinema e casado com a atriz Julie Andrews.

Mas o que me levou a escrever, foi os poucos filmes que vi dirigidos por ele. E que também me fizeram rir. Em especial os da série da Pantera Cor-de-Rosa, da década de 1970, estrelados pelo também já falecido Peter Sellers. Foram (são) filmes muito engraçados.

Outro filme foi o engraçado e singular “Victor ou Vitória”, estrelado por Julie Andrews, onde ela fazia o papel de uma atriz que se fazia passar por homem, para alcançar o sucesso nos cabarés da Paris dos anos 1930, o que acaba por gerar uma tremenda confusão na cabeça do personagem vivido pelo ator James Garner.

Blake Edwards tinha 88 anos, e uma penca de filmes no currículo.

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Tenente Frank Derbin

Tenente Frank Derbin


O tempo é assim. A gente pensa consigo mesmo “daqui a pouco eu faço”, e lá se foi um mês.

Um mês já se foi desde a notícia do falecimento do ator Leslie Nielsen. Dizem os necrológios que ele faleceu em decorrência de pneumonia, aos 84 anos.

E então nós descobrimos que Nielsen tinha uma longa carreira em Hollywood, onde começou como ator “sério”, na década de 1950, onde atuou, por exemplo, num filme de ficção científica chamado “Planeta Proibido”.

Mas a verdade é que eu só me lembro dele, de filmes muito mais recentes, como “Apertem os cintos, o piloto sumiu”, da década de 1980, que é possível que eu tenha visto em fita de vídeo-cassete.

Com Mr. Magoo, que deve ter tido diversas reprises na TV aberta, ele protagonizou uma bela e engraçada adaptação do personagem de desenho animado com graves limitações visuais. Lá em casa virou bordão, uma frase onde um dos personagens pergunta “O Peru, está no Brasil?”, brincando com a anedótica ignorância dos norte-americanos de geografia (e do resto do mundo, também, ou você sabe a capital de Níger ou a do Lesoto). Em tempo: no filme se perguntava se o bandido Ortega Peru estava escondido no Brasil. Pois é, o Brasil como refúgio de criminosos também é lugar comum em filmes de Hollywood. Talvez, com razão?

Mas certamente minhas melhores memórias de Leslie, são as da série “Corra, que a polícia vem aí”, onde ele interpretava o tenente Frank Derbin. Foram muitas gargalhadas. Em especial, não me lembro em qual dos três filmes, uma cena em que Derbin / Nielsen se atrapalha com um criminoso disfarçado de cientista, preso a uma cadeira de rodas. Sempre sorrio, quando penso nela. A cena termina com uma “homenagem” ao filme “E.T., o Extraterrestre”, de Spielberg, no final.

O humor de Nielsen vai me deixar com saudades...

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sexta-feira, dezembro 24, 2010

Feliz Natal!

Feliz Natal neste 2010!
E obrigado por ter chegado até aqui, neste blog.

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sábado, novembro 13, 2010

Vista Aérea da Praça da Alfândega com a 56a. Feira do Livro



Em imagem saturada por filtro da câmera Olympus X40.
A Feira do Livro termina nesta segunda-feira, dia 15 de novembro.
Talvez a razão fundamental de ser da Feira do Livro já não exista, ou seja, para comprar livros mais baratos e juntar os vendedores num só lugar já não é necessário que haja a Feira. Hoje temos a Internet, onde podemos adquirir obras até no exterior. E temos as chamadas "mega stores" em Porto Alegre, como é o caso da Saraiva, e da Cultura, as quais oferecem seus próprios programas de descontos aos clientes.
Mas eu sempre acho boa a movimentação que a Feira gera na Praça da Alfândega. E acho que um pena que dure apenas um pouco mais de duas semanas.

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A 56a. Feira do Livro de Porto Alegre entre ruínas

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Ou em obras, visando certa restauração...

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quinta-feira, outubro 28, 2010

A Parada das Vacas (“CowParade”) em Porto Alegre

A Parada das Vacas (“CowParade”) em Porto Alegre

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Tempos atrás vi notícias da Parada das Vacas, isto é, da “CowParade” em São Paulo, e confesso que fiquei com certa inveja. Eu queria que houvesse algo assim aqui em Porto Alegre.

Pois neste final de 2010, meu desejo se realizou. Desde o início do outubro há um desfile de vacas pelas ruas e shoppings de Porto Alegre. Claro, desfile no sentido figurado. Se trata na verdade de uma exposição que está agitando a cidade. São mais de 80 vacas de fibra de vidro, com as mais diversas pinturas. A CowParade está entre nós.

As vacas são um sucesso absoluto. Nos locais de maior afluência de pessoas, a turma se aproxima da vaca, confere a pintura, o nome, e, ou fotografa o bicho de fibra, ou posa para uma foto tirada por um parente ou amigo. Isto é mais visível nas mimosas em parques, praças e shoppings. As colocadas próximas a cruzamentos de maior movimento não tem tanta gente em volta, mas, de qualquer maneira, estão fazendo diferença na paisagem. É bom isso de, digamos assim, a arte invadir a cidade, e provocar agitação entre os cidadãos. Tanto adultos, quanto crianças ficam em volta dos bichos.

Tudo bem que seja uma arte algo ingênua, simples, que se presta mais ao humor e certa ternura que ao questionamento, mas melhor uma arte assim espalhada pela cidade, que arte nenhuma.

Infelizmente também houve atos de vandalismo contra algumas das esculturas. Nem todo mundo é capaz de apreciar a arte. Mas a vida também é assim, nem todo mundo consegue conviver pacificamente e de maneira saudável em sociedade.

Mas, para minha felicidade, as vacas estão por aqui.

Ficam espalhadas pela cidade até o dia 20 de novembro. Depois serão reunidas em exposição no shopping Bourbon Country, de 21 a 30 de novembro.

Vamos aproveitar enquanto podemos vê-las!


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quarta-feira, outubro 27, 2010

A 56a. Feira do Livro de Porto Alegre entre os escombros da Praça da Alfândega

A 56a. Feira do Livro de Porto Alegre entre os escombros da Praça da Alfândega



Na próxima sexta-feira, dia 29 de outubro deve iniciar a 56a. edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Será uma Feira sui generis, porque estará acontecendo sem que tenham terminado as obras de restauração da Praça da Alfândega, do Projeto Monumenta, que visam dar à Praça os ares que ela tinha há 50 anos.


As tais obras começaram após a Feira do Livro do ano passado, e incluem um extenso manejo da vegetação da Praça, e restauração da parte da Avenida Sepúlveda, a avenida que liga o Cais Central à praça. A praça chegou a ser totalmente cercada por um tapume, para que os operários pudessem trabalhar. Mas é certo que quem acompanha a restauração, deve achar que ela ocorre em ritmo lentíssimo.

Agora, por conta da Feira, os tapumes foram parcialmente retirados, e foi como ver a praça em ruínas. A grama virou mato alto, a estátua do Barão do Rio Branco, em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul (antiga sede dos Correios), coberto por uma lona plástica, o estátua equestre do General Osório também parcialmente coberto por lona. Um horror.


Uma foto da maquete fixada no tapume que mostra como deveríamos imaginar a Praça da Alfândega após a restauração, indica que a Avenida Sepúlveda deveria receber paralelepípedos até a altura em que esta encontrasse a Rua Sete de Setembro, no centro da praça. Não foi feito ainda, e lançaram um concreto rápido, para receber as barracas da Feira.


Também colocaram uma tela, supostamente para proteger o que foi feito até agora.


Certo é que a Feira está sendo montada em meio a obras na Praça da Alfândega. Deveria ser uma restauração. Enquanto ela não termina, parecem ruínas.


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De repente, a morte - Romeu Tuma, Nestor Kirchner

Nestes últimos dois dias fomos surpreendidos pela morte de dois personagens ilustres.

Ontem faleceu o senador e ex-delegado Romeu Tuma. No caso de Tuma, a morte não chega tão repentinamente assim. O senador estava internado faz algum tempo, e um portal de notícias havia divulgado sua morte tempos atrás numa barriga que não chegou a ser desmentida com o mesmo destaque da então falsa notícia de morte. O senador tinha 79 anos, e se notabilizou por ser chefe do Dops de São Paulo, no final da década de 1970, o que lançou uma certa sombra de dúvida sobre o senador nestes últimos dias. Também desempenhou o cargo de chefe da Polícia Federal no governo Sarney, e de secretário da Receita Federal. Exercia o mandato de senador desde 1994.

Mais do que o falecimento do senador Romeu Tuma, foi a notícia hoje, no final da manhã do falecimento do ex-presidente argentino, e atual secretário da Unasul, Nestor Kirchner. Kirchner foi o presidente que veio restabelecer certo equilíbrio sobre a Argentina, após o caos que se abateu sobre o país vizinho após o governo Menem. De La Rua foi eleito, mas renunciou diante de grave crise econômica decorrente da conversibilidade peso-dólar que vigorara no governo anterior. Em seguida, três presidentes se sucederam rapidamente tentando achar uma solução. A coisa mais próxima de uma solução no caso da Argentina acabou por ser a eleição de Kirchner em 2003. Kirchner acabou por renegociar uma dívida externa, que até hoje é contestada por alguns credores. E sua esposa, Cristina Fernandez, acabou por sucedê-lo. Após passar mal, foi levado ao hospital, onde veio a falecer, em El Calafate, no sul da Argentina. A notícia do IG, dá contas de lamentações por parte de praticamente todos os dirigentes dos países da América do Sul.


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Se passam os dias: ontem foi aniversário deste blog

Quase deixei passar. Ontem fez 5 cinco anos que este blog está no ar.

Não que ele seja muito importante, mas desde então eu tenho um meio que me bastante satisfatório de expressão.

5 anos. Obrigado pelas visitas e pelos comentários.


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quarta-feira, outubro 13, 2010

Tropa de Elite 2 - Avaliação preliminar e sumária

No final de semana fui assistir o filme Tropa de Elite 2 no cinema.

Posso dizer que o filme é tão bom quanto o primeiro, isto é, quem gostou do primeiro filme, Tropa de Elite, de 2007, tende a gostar deste igualmente.

É um filme tenso. Quando saí da sessão percebi que estava com as mãos geladas, um sintoma meu de bastante tensão.

Contudo, penso que o diretor José Padilha começou a ficar ambicioso demais.

E, como ouvi outra pessoa, falar, é bem possível que em breve venhamos a assistir Tropa de Elite 3 nos cinemas.

Por enquanto era isso, espero ter condições de um comentário mais elaborado em breve.


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Se passam os dias: John Lennon, Renato Russo e os mineiros chilenos

No dia 9 de outubro passado, o cantor e compositor John Lennon teria completado 70 anos. Foi inclusive homenageado pelo Google na data.

No dia 11, se completaram 14 anos que estamos sem o também cantor e compositor Renato Russo, vocalista da Legião Urbana.

E hoje, o governo chileno está conseguindo resgatar um grupo de mineiros que estava preso há cerca de dois meses, após um acidente na mina em que trabalhavam, no deserto de Atacama, norte do país. Estes mineiros tiveram a felicidade de sobreviver ao acidente, pois muitas das notícias que recebemos sobre problemas em minas resultam nas mortes dos mineiros. Em tempos recentes houve mortes em minas na China e na Rússia, por exemplo. Por conta do acidente chileno, a imprensa brasileira relembrou até um acidente que gerou a morte de mineiros no estado de Santa Catarina, com posterior abandono da mina sinistrada. São 33 os mineiros a serem resgatados. Por volta de 16 h, 20 deles já haviam voltado à superfície. O resgate se desenvolve em ritmo de “reality show”, com intensa cobertura da imprensa de todo o mundo.


Atualização: cerca de 22 h, e os 33 mineiros chilenos foram resgatados.


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quarta-feira, outubro 06, 2010

Começa a montagem da Feira do Livro de Porto Alegre

A montagem da estrutura para a Feira do Livro de Porto Alegre, edição de 2010, já começou, mesmo que a Praça da Alfândega ainda esteja em ruínas, isto é, sendo reformada...

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quarta-feira, setembro 22, 2010

Dia Mundial sem Carro

Hoje, 22 de setembro, é para ser chamado de “dia mundial sem carro”.

Aqui em Porto Alegre não pude notar. Parecia que havia tantos carros quanto qualquer outro dia, ou até mais.

Talvez eu tenha tido esta impressão porque o trânsito sofreu alguns gargalos por conta de manutenções no Largo da Rodoviária, e instalação de uma nova sinaleira na Avenida Farrapos. Ou talvez houvesse mais carros na rua mesmo. Ou as duas coisas.

Uma coisa me parece certa, o tal do dia sem carro, para usar um chavão comum, “não pegou”. Pelo menos, até agora. Pelo menos, em Porto Alegre.


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sexta-feira, agosto 20, 2010

Campeões da Libertadores, de novo


Campeões da Libertadores, de novo

Só me dei conta que o Internacional poderia ser campeão da Copa Libertadores da América novamente agora, a primeira vez foi em 2006, quando o time passou pelo São Paulo, ou seja após a semifinal, e quando percebi um aumento nas visitas a este blog, se direcionando às postagens relacionadas à conquista de 20061.

Então, quando me dei conta, o Internacional já estava classificado para o Mundial Interclubes de 2010, que deverá acontecer em dezembro no emirado de Abu Dhabi, um dos Emirados Árabes Unidos. Mesmo que o Inter não tivesse sido campeão, o time do Chivas Guadalajara, do México, não poderia ser representante da Conmenbol, a Confederação de Futebol da América do Sul, porque o Chivas é vinculado à Concacaf, Confederação de Futebol das Américas do Norte e Central e países do Caribe. Os times mexicanos jogam na Copa Libertadores da América como convidados.

Quando me dei conta, já era hora de torcer e conferir as duas partidas da final da Libertadores pela televisão. Inclusive, talvez, com algum favoritismo.

Acho que a minha desatenção não foi à toa. O Internacional fez uma campanha periclitante com diversas derrotas ao longo do caminho, e grande sofrimento para o torcedor. O sofrimento foi mais evidente na semifinal contra o São Paulo, com o time podendo ser desclassificado até o último minuto da partida2, e nas quartas-de-final, quando o Inter superou o Estudiantes, time argentino campeão do torneio em 20093, sendo que contra o Estudiantes, em La Plata, Argentina, o Giuliano “achou” um golzinho aos 43 minutos do segundo tempo que permitiu ao Inter passar de fase. Foram ambas as classificações “com as calças na mão” como diria alguém.

As duas partidas da final tiveram sua carga de sofrimento, mas foram suaves comparadas às quartas e à semi. Chivas Guadalajara 1 x 2 Internacional, em Guadalajara, México; Internacional 3 x 2 Chivas Guadalajara.

Somos Campeões da América. De novo! A América é vermelha! De novo!



Crédito da foto: Heuler Andrey/Agif/Folhapress - na Folha de São Paulo.



1Alguns linques acessados: “Não me acordem” - texto do Luís Fernando Veríssimo; ou “Emanuel Neves”, em que tento dizer alguma coisa sobre o jornalista e poeta torcedor apaixonado pelo Internacional, que por sua vez escreveu “Súplica à América”.

2Resultados: Internacional 1 x 0 São Paulo, em Porto Alegre; São Paulo 2 x 1 Internacional, em São Paulo.

3Semelhantemente ao que aconteceu com o São Paulo: Internacional 1 x 0 Estudiantes, em Porto Alegre; Estudiantes 2 x 0 Internacional, na cidade de La Plata.

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segunda-feira, agosto 16, 2010

Já tem leitor eletrônico na Livraria Cultura

Já tem leitor eletrônico na Livraria Cultura


Este final de semana, estive na Livraria Cultura, para uma breve visita. Eu gosto de visitar livrarias.

Foi uma breve visita, pois cheguei pouco antes do horário do fechamento da loja. Contudo, quando eu estava saindo, vi uma referência ao leitor eletrônico (“e-reader”) da Positivo Informática, chamado “Alfa”. Pela referência, o tal leitor deveria estar disponível na loja. Voltei para a loja em busca dele. Não o achei. Tive que perguntar a um dos atendentes da loja, se ele já estava disponível ali. Estava.

O atendente me levou a uma das estantes, à qual eu não havia prestado atenção, e me mostrou uma caixa lacrada, com o dispositivo eletrônico para leitura de livros em versões de arquivos digitais. O dispositivo estava lá. O atendente da loja começou a me falar das coisas boas do aparelho, inicialmente me perguntando se eu já tinha ouvido falar do Kindle, da Amazon. Sim, eu já havia. O aparelho da Positivo possui o mesmo propósito, isto é, possibilitar a leitura de livros em formato de arquivo digital, e no caso da Livraria Cultura, o dispositivo já vem com um livro de brinde: O Príncipe, de Maquiavel, em versão eletrônica da Penguin / Companhia das Letras. Ele possui uma memória de 2 Gb, com capacidade para armazenar 1.500 livros. E eu fiquei pensando quanto tempo eu levaria para ler 1.500 livros. Ainda mais que costumamos ler um de cada vez, se bem que há algumas pessoas mais geniais que leem 3 ou 4 de cada vez, mas acho que são exceções. Afora isso, a memória do aparelho ainda pode ser expandida com cartões de memória, ou seja, que tal carregar 3.000 livros para onde você for?

Mas, pelo menos, no leitor eletrônico, seria mais fácil carregar 1.500 ou 3.000 livros; ele pesa menos de 300 gramas, o que talvez seja o peso de UM livro com umas 200 a 300 páginas. Imagine o peso de carregar 1.500 ou 3.000 livros em papel!

Segundo o atendente, uma carga de bateria pode durar até 20.000 viradas de página, isto é, uns 200 daqueles 1.500 livros que você pode carregar, ou até 20 dias, se você não usá-lo (ficar em “stand by”, conforme o atendente falou). Num caso assim, eu imagino que depois de ler uns 10 livros, você queira variar, ler um livro de papel, e deixar a máquina de ler um pouco de lado. Se você ler este livro em papel em menos de 20 dias, ainda poderá retomar a máquina, sem que precise de uma nova carga.

Aí eu cheguei na parte complicada. Perguntei quanto custava o produto. “699 reais”, me respondeu o atendente. Não pude deixar de pensar que era um pouco caro. Mas é possível parcelar em 5 vezes!

Infelizmente não havia um modelo em exposição passível de ser manuseado, o “hands-on”, como o pessoal vidrado em tecnologia gosta de dizer, enquanto eu estava ali. Há um disponível na loja, mas estava em outro setor. Como eu disse, cheguei muito perto do horário da loja fechar, e certamente eu não iria comprar o tal aparelho naquele momento. Poder experimentar o aparelho, ler e “virar páginas” com ele, para ver se de fato, um leitor eletrônico pode também ser uma muito boa experiência vai ficar para um outro dia.


O tempo de duração da carga de bateria parece ótimo, comparado com “notebooks” e “netbooks”. E o aparelho promete se compatível com a multidão de arquivos tipo “txt” e “pdf” que estão disponíveis na Internet, a começar pelo sítio Domínio Público. A máquina me gerou boas expectativas, embora o preço me deixe reticente...



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sábado, agosto 14, 2010

Indochina

O texto abaixo foi escrito para uma disciplina da faculdade de História.

30/06/2010.

Indochina

Este texto quer ser um pequeno comentário sobre o filme Indochina, produção francesa de 19921, procurando analisá-lo contra alguns textos de história que constam na bibliografia. Indochina foi um filme produzido em 1992 na França, que tenta reconstituir a vida de latifundiários colonos franceses na então Indochina Francesa, nos anos 1930. O filme demonstra a exploração dos trabalhadores locais pelos colonos franceses numa cultura de seringueiras. Também mostra como vai se estruturando o movimento de resistência, que por fim resultaria na independência do Vietnã, em 1954.

Desde que foi criado há pouco mais de cem anos atrás, o cinema estabeleceu uma profícua parceria com a História. Na ponta mais evidente desta parceria, o cinema foi muitas vezes buscar na História, a base para seus roteiros, para as histórias que queria contar. Mas não só isto. Por exemplo, já faz alguns anos, professores e alunos da Faculdade de História da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem produzido cursos de extensão de ciclos de cinema, em que são usados filmes para que se possa debater a História por trás do filme. Tanto a história relatada pelo roteiro do filme, quanto a história envolvida na época da produção da obra cinematográfica. No ano de 2010, o ciclo se chamou “USA, não ABUSA – os Estados Unidos da América em Tempos de Guerra”. Em 2009 o ciclo foi “A prova dos 9 – A História Contemporânea no Cinema”. O professor Cesar Guazzelli tem algumas palavras sobre História e Cinema, no livro que resultou do ciclo de 2009:

Numa certa maneira, podemos pensar em relação à ficção produzida pelo Cinema como aquela que nos traz a Literatura, ou seja, exigimos às obras produzidas num e noutro caso uma relação com a “verdade”. (...) Um bom filme, portanto, passaria também pelo critério de uma presumível veracidade. Se esta é uma discussão da qual não podemos simplesmente fugir, nos importou mais na seleção (...) a capacidade de reflexão e crítica que um filme ensejava do que propriamente um “retrato fiel” do passado. Portanto, interessa-nos prioritariamente o “contexto” em que foi gerado um determinado “texto”, e quem faz esta relação é necessariamente um autor.”2

Claro que isto nos leva para a discussão sobre as possibilidade de manutenção da “verdade”, e das relações entre História e Ficção (e Ficção inclui tanto a literatura quanto o cinema). E, se é certo que o historiador não pode descrever a “história tal qual aconteceu em seu todo”, ele certamente mantém um compromisso com a verdade, na medida em que as evidências sob sua análise lhe indiquem o que aconteceu na História. O ficcionista não tem esta preocupação, embora possa usar algum fato histórico como base para alguma narrativa que queira contar3. Mas é certo que historiadores e cineastas se propõem a criar narrativas, sendo que os primeiros tem mais compromisso com a verdade que os segundos. E ambos se propõem a recriar histórias. O historiador tenta recriar o passado a partir de suas fontes. O cineasta reconstruindo fatos que já aconteceram, com a capacidade de ilusão do cinema4.

Talvez seja Marc Ferro5 o historiador que mais popularizou o trabalho com cinema, e o que mais se destacou em propor metodologias para trabalhar com os filmes. E ele comenta que os historiadores a princípio relutaram em usar o cinema como objeto de sua análise. Contudo, acabaram por usá-la, e isso seria inescapável.

Este texto procurou trabalhar com o filme Indochina para buscar uma análise um pouco mais social da história da Indochina, sob ocupação francesa. O filme tem um recorte muito claro, se ambientando nos anos 1930, na cidade de Saigon, atual Ho Chi Min, e arredores, onde fica a propriedade da família de Eliane (a protagonista do filme, vivida por Catherine Deneuve). O texto é também uma tentativa de escapar das abordagens mais comuns quando se fala de história do Vietnã, que analisam as lutas de libertação nacional contra a França, ou as lutas de unificação e contra a ocupação dos Estados Unidos, após a libertação da França. Estas abordagens mais comuns invariavelmente acabam por falar de grandes homens (o líder Ho Chi Min, ou o general Giap, por exemplo6) ou de grandes batalhas (como Dien Bien Phu, onde a França sucumbiu e desistiu de tentar lutar contra a independência do Vietnã7). As pessoas acabam por constituir uma massa amorfa ou um assunto sem interesse nesse tipo de narrativa. Não que o filme também não faça esse tipo de “homogenização” dos personagens que não são os principais na narração (a narração do filme gira basicamente em torno de Eliane, sua filha adotiva Camille [Lin Dan Pham], e o oficial da marinha francesa Jean-Baptiste [Vincent Pérez]), mas pelo menos é possível vê-los e tentar analisá-los.

Assim, voltando ao filme, ele começa com um funeral, e a narrativa de Eliane sobre o que estava acontecendo. O funeral é dos pais de Camille, amigos de Eliane, vitimados por um acidente aéreo. Camille é uma menina indochinesa, que Eliane acaba por adotar. Ambas as famílias possuíam vastas propriedades onde cultivavam seringais, para extração de látex. Com a adoção de Camille por Eliane, as propriedades são unidas. Afinal Eliane não tem outros filhos, além de Camille. Tudo viria a ser dela. Nas palavras de Eliane, um tempo em que certas coisas deveriam estar para sempre associadas, como “o mar e a montanha”, “a Indochina e a França”. É uma primeira alegoria do filme. Haverá outras. Neste caso, a adoção de Camille por Eliane simboliza a união da Indochina e da França. Claro que associar esta adoção com a “adoção” da Indochina pela França é uma “liberdade poética” bastante forçada por parte da produção do filme, uma vez que a Indochina foi submetida a ferro e fogo à dominação francesa.

Uma outra alegoria logo se apresenta no início do filme. O pai de Eliane lidera uma equipe de remo formada pelos trabalhadores indochineses de sua fazenda contra uma equipe de marinheiros franceses. A crença da superioridade racial francesa faz com que um oficial da marinha francesa aposte que seus marujos ganharão da equipe formada por trabalhadores indochineses. Mas eles perdem. Mais uma alegoria. Os franceses em nada são superiores aos indochineses, portanto podem ser vencidos (e fatalmente serão).

O filme nos apresenta as condições de trabalho nas fazendas de cultivo de seringais. Elas não são boas. Os funcionários são apresentados de maneira que os aproxima de condições de vida miseráveis. E em um momento a protagonista Eliane aplica castigo físico a um dos trabalhadores, pois, segundo parece ele tentou fugir da fazenda. O que nos remete a situação análoga à escravidão.

E temos Saigon e seu calor. O calor da Indochina é muito presente no filme. E ele é bem real. Recente notícia sobre as comemorações de 35 anos da unificação do Vietnã, realizadas no último dia 30 de abril, informa que os desfiles e manifestações em Ho Chi Min (antiga Saigon) tiveram que se desenrolar entre 6:30 h e 9:30 h da manhã porque este era o horário mais propício. Além das 9:30 h a temperatura tende a se tornar quase insuportável para atividades físicas realizadas ao ar livre8.

Num leilão, Jean-Baptiste conhece Eliane. Ele quer adquirir uma peça que ela também quer. E ela tem muito mais poder financeiro que ele para adquirir a tal obra. Mas ela não cede a peça a ele. Dias mais tarde, por força de uma questão de consciência dele, Jean-Baptiste aparece na propriedade de Eliane. Entre eles surge uma explosiva relação amorosa, que se prenuncia ruinosa para ambos. Ruinosa mas irresistível, como num bom drama.

Num outro incidente é Camille quem virá a conhecer Jean-Baptiste. Ela caminha com colegas do colégio católico francês para meninas por uma rua por onde são transportados prisioneiros. Dois dos prisioneiros tentam fugir, mas são abatidos a tiros pelos policiais que os escoltam. Um dos prisioneiros cai por cima de Camille que desmaia de susto. Ela é retirada da rua por Jean-Baptiste que passava por ali. E, como adolescente, acaba por se apaixonar por ele.

Quando Eliane descobre que Camille está apaixonada por Jean-Baptiste, ela arranja junto aos oficiais da marinha francesa para que ele seja transferido para um posto no norte da Indochina, Haiphong (Haiphong é um porto no norte do Vietnã).

Camille toma um casamento de fachada para sair da casa da mãe, mas de fato vai ao norte do país à procura de Jean-Baptiste. Didaticamente é uma jornada em que Camille irá descobrir sua identidade vietnamita, a realidade de seus concidadãos, e a realidade do imperialismo francês. Em seu caminho ela passa pela construção de uma linha ferroviária, com mão-de-obra indochinesa semi-escrava. Ali Camille encontra uma família que foge do trabalho na construção da ferrovia, mas não tem alternativa de sustento em sua própria aldeia. Precisa ir ao norte, à Haiphong, onde camponeses se apresentam à traficantes de mão-de-obra, para trabalhar nas culturas do sul. Um dos personagens do filme chama este evento, mensal, de “feira dos escravos”. É ali que Jean-Baptiste reencontrará Camille. E a abraçará. Um abraço entre um francês e uma indochinesa é um ultraje para os franceses ali presentes, que consideram a manifestação de carinho um mau exemplo para os camponeses que deverão ir para o sul. Além disso, Camille descobre que a família que ela acompanhara até Haiphong foi morta. Segundo os franceses ali, a família participou “da promoção de um motim” entre os camponeses indochineses. O incidente se avulta a tal ponto que Camille pega um revólver, e mata um oficial francês ali. Jean-Baptiste e Camille fogem. Ele deserta. Acabam sendo encontrados por membros da resistência vietnamita do extremo norte do país. E se juntam à esta resistência. Camille engravida de Jean-Baptiste. Eles se juntam a uma célula da luta anti-imperialista que se traveste de saltimbancos que vão de aldeia em aldeia no norte do país. Nas aldeias, estes “saltimbancos”(isto é, guerrilheiros disfarçados) vão procurando eliminar a elite mandarim que foi cooptada pelos franceses, e servia de intermediária entre os franceses e os camponeses.

Camille dá a luz a um menino. Quando Jean-Baptiste se afasta um pouco do grupo para batizar o filho é preso por soldados franceses. Camille foge. Com a prisão de Jean-Baptiste, o filho dele e de Camille é entregue a Eliane.

Posteriormente Camille também é presa, e vai parar em Poulo Condor. Poulo Condor é uma colônia de trabalhos forçados, onde de fato foram presos muitos indochineses pró-independência9. De lá sairá para renunciar a seus laços familiares, e se engajar a fundo na luta pela independência do Vietnã. E aqui há outra alegoria. O rompimento de Camille e Eliane é sinal do rompimento do Vietnã com a França.

Diante da resolução de Camille, Eliane resolve vender as propriedades da Indochina e mudar-se para a França, levando consigo seu novo filho adotivo, o filho de Camille e Jean-Baptiste. Ela que no início do filme havia dito que não conhecia a França. Nunca havia saído da Indochina.

Há muitos elementos reais no filme. Já citamos as precárias condições dos camponeses, que se submetiam a se tornar mão-de-obra barata e semi-escrava nas mãos de colonos franceses, ou mesmo de alguns indochineses ricos e cooptados. Os colonos podem bem ser aquilo que deles diz Panikkar, “persuadidos que a dominação européia, mediante uma hábil união de firmeza e conciliação, poderia ser prolongada indefinidamente”10. Esta é madame Eliane Devries.

Da fato, a França promoveu alguns cultivos no Vietnã. Além do milenar arroz, a seringueira, e em menor escala o café e o chá11. Seringueiras eram o cultivo principal nas fazendas de Eliane Devries.

As lutas pró-independência do Vietnã parecem bem representadas. O mesmo Panikkar fala do “terrorismo como método”12, assim como Ruscio fala de insurreições13. Ambos (terrorismo e insurreições) reprimidos com mão pesada pelas autoridades coloniais francesas enquanto estas tiveram força para reprimir.

Dito tudo o que foi dito, voltamos à questão sobre cinema e história. O filme serve como aprendizado da história? Sim e não. Sim, se junto com o filme o espectador tem acesso a outras obras, estas sim “de história”, que lhe dêem um quadro histórico adequado, onde ele possa apreciar, ou criticar, as recriações que o filme faz. Não, pois o filme não foi produzido com o fim específico de ensinar história, mas para distrair a multidão de espectadores que se dispuserem a assisti-lo. Distração, emoção... Estes são os motivos do filme. Filme este que inclusive alguns poderão pensar que é saudosista em relação ao passado colonial francês.

Bibliografia:

A BELA da selva. Veja, São Paulo, Edição 1.281, Ano 26, n. 13, p. 101, 31 de março de 1993.

ALTMAN, Breno. Vietnã celebra 35 anos da vitória contra os EUA. Disponível em <http://operamundi.uol.com.br/materias_ver.php?idConteudo=3881>. Acesso em 30/04/2010.

BROCHEUX, Pierre. O Colonialismo Francês na Indochina. In: FERRO, Marc. O Livro Negro do Colonialismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

DELMAS, Jean. Indochina 1946-1950: As Raízes da Guerra. História Viva. São Paulo, Ano II, n. 15, p.62-71, janeiro 2005.

FERRO, Marc. O filme, uma contra-análise da sociedade? In: Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p.79-115 [especialmente p.79-88]. [1a. ed. francesa: 1977; o texto em questão é de 1971]. Disponível em <http://www.anpuh-sc.org.br/ferro1_cinema_historia.pdf>. Acesso em 24/06/2010.

GUAZZELLI, Cesar Augusto Barcellos. História e Cinema, Noves fora? In: GUAZZELLI, Cesar Augusto Barcellos [et al] (Org.). A prova dos 9: A História Contemporânea no Cinema. Porto Alegre: Suliani Letra e Vida; EST, 2009.

INDOCHINA. Direção: Régis Warginier. Roteiro: Catherine Cohen, Louis Gardel, Erik Orsenna e Régis Warginier. Intérpretes: Catherine Deneuve, Vincent Pérez, Lin Dan Pham e outros. Drama, 156 min. França, 1992.

INDOCHINA. IMDB - The Internet Movie Database. Disponível em <http://www.imdb.com/title/tt0104507/>. Acesso em 21/06/2010.

PANIKKAR, K. M. O Sudeste Asiático. In: PAKIKKAR, K. M. A Dominação Ocidental na Ásia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

RODRIGUES, José Alfredo. Joana d'Arc na Peça Henrique VI, de Shakespeare. Porto Alegre: UFRGS, 2008. Monografia.

RUSCIO, Alain. Vietnã: Um Século de Lutas Nacionais. In: FERRO, Marc. O Livro Negro do Colonialismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

VIETNÃ. In: Grande Enciclopédia Delta Larousse. São Paulo: Nova Cultural, 1998. V. 24, p. 5945-48.

1Ver Indochina (1992) na bibliografia.

2Guazzelli (2009). P. 10.

3Desenvolvo um pouco desta discussão em meu trabalho de conclusão. Ver Rodrigues (2008). P. 7 e seguintes.

4E aqui estamos falando em filmes que busquem reconstruir o passado de alguma maneira. Obviamente uma obra de ficção científica narrando uma aventura no espaço sideral não é o caso aqui.

5Ferro (1992).

6RUSCIO (2004). p. 435.

7VIETNÃ (1998). p. 5947.

8ALTMAN.

9Brocheux (2004). P. 417.

10Panikkar (1977). P. 221.

11Brocheux (2004). P. 406.

12Panikkar (1977). P. 221.

13Ruscio (2004). P. 433, 434.


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quarta-feira, agosto 11, 2010

Google informa que o mundo tem 130 milhões de livros publicados

A notícia é da Folha de São Paulo.

Para mim é um alívio. Eu imaginava que os livros publicados fossem mais de um bilhão. Mas ainda acho que o número deve ser pelo menos duas vezes maior, pois o texto da Folha não comenta sobre obras disponíveis on-line, que poderiam ser assemelhadas a livros (por exemplo, monografias, dissertações e teses acadêmicas).

Em todo, fica a dúvida: quem conseguiria ler 130 milhões de livros?


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quarta-feira, agosto 04, 2010

Ainda sobre as flores nas ruas de Porto Alegre

Segundo informações da prefeitura, disponíveis na Companhia de Processamento de Dados do município, a planta mais recorrente na arborização das ruas de Porto Alegre é mesmo a extremosa. A plantinha de origem indiana, com suas florezinhas cor-de-rosa, se adaptou bem mesmo à nossa cidade.

Depois da extremosa, a maior ocorrência é do ligustro, uma árvore que possui uma discreta floração amarela, e que, nos informa a Wikipédia, é originária da China.

Sempre segundo a prefeitura, o terceiro lugar fica para o jacarandá. Mais especificamente o jacarandá mimoso (“Jacaranda mimosiifolia”) com suas flores entre cor-de-rosa, roxo e púrpura. Curiosamente é só na terceira colocação que temos uma planta “nativa” a arborizar nossas ruas.

Antes de fazer esta pequena pesquisa, a partir da minha curiosidade ao observar flores, eu nunca poderia imaginar que o extremo oriente pudesse estar presente de forma tão forte aqui em Porto Alegre, este arrabalde do mundo.


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segunda-feira, julho 26, 2010

Ainda sobre Hanami em Porto Alegre

Ainda sobre Hanami em Porto Alegre


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Quando estive escrevendo (e pesquisando) sobre Hanami outro dia, cheguei a um linque curioso, que fornecia um título chamado “Hanami à Belzontina”*. Pois esse blogue falava das belezas das flores e árvores nativas de Belo Horizonte, destacadamente os ipês, com flores de diversas colorações.


Eis aí uma maneira de pensar o “hanami” no Brasil. Para além da bela, exótica e rara cerejeira japonesa, olhar as plantas e flores que tornam nossas cidades mais belas e exuberantes.


Pois se alguém fizer pesquisa no Google sobre flores de Porto Alegre provavelmente também achará informações sobre ipês, também com flores de diversas colorações. E sobre jacarandás.


De minha parte não posso deixar de falar de uma plantinha ubíqua pelas nossas ruas, e que no verão deixa Porto Alegre um pouco mais cor-de-rosa, são as “extremosas” (“Lagerstroemia indica”). Dizem que a origem da tal plantinha é indiana, mas qualquer um que passeie por Porto Alegre é capaz de achar que ela é nativa daqui, tão espalhada e aparentemente bem adaptada que está.


Ipês, jacarandás e extremosas, eis flores para se observar quando a primavera e o verão chegarem.



26/07/2010.


*“Hanami à Belzontina” certamente é igual a “Hanami em Belzonte”, como talvez dissesse o mineirim. “Hanami em Belo Horizonte”, pois não?

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quarta-feira, julho 21, 2010

Nosso lugar no Google

Na semana passada fui conferir quando aparecia no Google – pesquisa em blogs o meu comentário a respeito do filme alemão Hanami – Cerejeiras em Flor.

Pela minha lembrança aparecia na 11ª página da pesquisa.

Hoje fui conferir, e refiz a pesquisa. Apareceu na 12ª página.

Normalmente eu paro de olhar resultados na décima página...

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