sexta-feira, junho 12, 2009

O desperdício de Cérebros


O desperdício de Cérebros

Por Alexandre

Nassif,

Não estamos prontos para ter essa discussão. Verdade seja dita: ninguém liga para a classe média no Brasil, não a classe média elevada à esta condição pela subida do salário mínimo, a classe média de professores universitários, trabalhadores especializados e profissionais liberais. Já li algum dia que a classe média era a mola propulsora da economia: a classe alta não era suficientemente numerosa nem a classe baixa teria renda suficiente para isso.

Para quem acha que o Governo Lula aliviou ou resolveu esse problema, sugiro o artigo do Professor Marcio Pochmann (acima de qualquer suspeita de ser oposicionista, creio) “Desemprego estrutural no Brasil e a anomalia da fuga de cérebros”, onde ele deixa claro o agravamento da situação. Enquanto China e Índia estão penando para formar e (bem) empregar milhares de cientistas e engenheiros, o Brasil se dá ao luxo de desperdiça-los.

Eu, Mestre em Engenharia da Computação jamais encontrei um emprego condizente com meu nível de formação, mas tenho uma renda razoável. Minha noiva, Mestre em Biologia, simplesmente nunca encontrou nenhuma vaga (por vaga, leia-se emprego, não bolsa ou qualquer coisa assim) que pagasse mais de 600 reais. Por enquanto, ela desistiu de exercer sua profissão e ocupa um cargo de nível médio no MP-SP onde ganha 3 vezes mais.

A solução definitiva? Nós estamos emigrando para o Canadá. Como disse um colega nosso (que já está lá): cansei de tentar mudar o mundo, decidi mudar de mundo.

Visto no blog do Luís Nassif.

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