Dawkins, deslumbrado pela beleza do Pantanal, admite que se não acreditasse em Darwin, acreditaria em Deus
Beleza do Pantanal quase 'converteu' maior ateu da Flip
''Se não conhecesse Darwin, me ajoelharia e diria ‘isso é obra de Deus’.''
Richard Dawkins, autor de 'Deus, um delírio', debate nesta quinta (2).
Shin Oliva Suzuki Do G1, em Paraty
Quando se discute religião nos dias de hoje, um nome obrigatório na conversa é do biólogo e ferrenho darwinista Richard Dawkins – justamente porque o britânico advoga um mundo sem fé religiosa, um mundo que não precise da crença em Deus. Antes de participar da mesa programada para as 19h desta quinta, na Festa Literária Internacional de Paraty, ele concedeu uma entrevista coletiva em que reafirmou seus pontos defendidos no best-seller “Deus, um delírio”.
Dawkins tem dedicado boa parte da carreira para levar aos olhos do público a importância de “A origem das espécies”, a obra definitiva de Charles Darwin que completa em 2009 150 anos de sua primeira publicação. “É o livro mais importante da história porque consegue resolver o maior mistério da vida humana, porque somos o que somos”, afirma o biólogo britânico. “É um livro que não é devidamente reconhecido por causa da ignorância e porque a religião quer prover explicações prontas para mentes mais ingênuas”.
Principalmente nos anos sob a presidência americana de George W. Bush, em que os grupos religiosos ganharam bastante espaço, Dawkins se envolveu em inúmeras polêmicas e debates com membros das mais variadas igrejas. Até hoje recebe ameaças – algumas de morte – na correspondência.
“Não acho que todas as pessoas que são religiosas são más. Acho que muitas de suas ações são motivadas pelo desejo de fazer o bem. Mas a religião é justificativa para fazer coisas terríveis como os terroristas suicidas ou assassinatos”, disse Dawkins, que também lembrou sua participação nas ações publicitárias nos ônibus de Londres pelo ateísmo, que tinham a inscrição “Deus provavelmente não existe. Agora pare de se preocupar e vá curtir sua vida”.
Ele sustenta que a falta de informação é um dos motivos para que as pessoas recorram a fé religiosa. “Eu acabei de voltar do Pantanal e fiquei deslumbrado com tanta beleza. Se não conhecesse Darwin, eu me ajoelharia e diria ‘isso é obra de Deus’.”
O biólogo também disse que é favorável a um termo mais “amigável” que defina um ateu, em razão dos preconceitos existentes, como o “bright” (brilhante, em tradução literal, ou inteligente) que está sendo defendido por correntes do ateísmo.
Notícia do G1.
Comentário: Embora a notícia não diga exatamente isso, parece que o atual ateu-mor é dado a teofanias. Eu não esperava isso dele. Estou até meio decepcionado. Também é curioso que a notícia fale em “A Origem das Espécies”, Dawkins chame o livro de “o mais importante da história” e nada seja dito sobre “A Origem do Homem”, outro livro de Darwin. Algum problema com este, ou ele (A Origem do Homem) só é menos famoso, e por isso esquecido?
Este blogueiro admite que está ficando cada dia mais um conservador reacionário e ranzinza. Não leu os livros de Dawkins, mas gosta de reclamar deles. Primeiro Dawkins escreve um livro para ofender os crentes de qualquer religião: “Deus, um delírio” (pode até não o caso, mas o título é francamente ofensivo). Mas aí resolve escrever um outro livro “A Grande História da Evolução”, que também não li, mas estou certo que se trata de uma historinha para dar um certo sentido a uma coisa que, em seu cerne, não possui sentido (se aqui chegamos como “pura evolução” da matéria, para que inventar um sentido para isso?).
Marcadores: criação, evolução, Richard Dawkins, teofania, vida espiritual
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