sexta-feira, março 19, 2010

A morte de Fess "Boone" Parker




O ator americano Fess Parker, considerado um ícone americano por ter interpretado Davy Crockett nos anos 50 e Daniel Boone nos anos 70, morreu por causas naturais, segundo a família, nesta quinta-feira, aos 85 anos, em sua casa-vinhedo no Vale de Santa Ynez, na Califórnia.


“O ator, empresário e viticultor Fess E. Parker morreu hoje, 18 de março, em sua casa em Santa Ynez”, destacou o comunicado divulgado pela família que reside neste vale vinícola, 200 km a noroeste de Los Angeles, perto de Santa Bárbara.


Como ator das séries dos anos 1950 Davy Crockett, Rei da Fronteira e Daniel Boone, Parker influenciou milhões de jovens no fim dos anos 1950 e 1960, quando estas histórias “western” para as famílias se tornaram populares no mundo todo.


Nascido no Texas (centro-sul dos EUA), Parker estudou História no começo dos anos 1950 e foi para a Califórnia, onde cursou Teatro na Universidade do Sul da Califórnia.


Na década de 70, trocou a carreira artística pela exploração de imóveis na costa de Santa Bárbara, onde instalou três complexos de alojamentos para férias no estilo de acampamento e um hotel de luxo com 150 quartos de frente para o oceano Pacífico.


A notícia foi vista no blog do Luís Nassif. O blog do Luís Nassif coloca a origem como o R7.


Recentemente eu expliquei que este blogue não é um necrológio. Contudo pessoas que fizeram parte de minha infância através da babá eletrônica continuam a morrer. Muitas tardes devo ter visto episódios de Daniel Boone, não me lembro em qual canal, mas possivelmente na retransmissora local da Rede Globo. A exemplo do que eu disse sobre Missão Impossível, sou incapaz de relembrar qualquer episódio de Daniel Boone, mas a abertura tinha uma cena memorável em que Daniel Boone partia uma tora ao meio através do arremesso de um machadinho...

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quinta-feira, maio 28, 2009

Guerra pela audiência

Em guerra, emissoras sacrificam comercial

A TV brasileira está vivendo um fato novo. Pela primeira vez, há uma disputa equilibrada pelo segundo lugar no Ibope em pleno horário nobre, o dos domingos, principalmente entre 20h e 23h.
O "Fantástico" continua líder, mas não como antes. Com estratégias de guerrilha, SBT, Record e Rede TV! disputam acirradamente a vice-liderança na Grande SP. O fenômeno vem ocorrendo desde março.
No último domingo, o "Fantástico" teve 20,7 pontos de média, o "Domingo Legal", 14,6, o "Domingo Espetacular", 10,8 e o "Pânico", 9,2. Foi um dia atípico, porque o SBT não só dominou o segundo lugar entre 21h e 22h26 como foi líder durante três minutos.
O domingo anterior, 26 de abril, foi mais exemplar do que vem ocorrendo. SBT, Record e Rede TV! se alternaram na vice-liderança entre 21h e 23h.
Para conseguir tal feito, as redes (exceto a Globo) têm sacrificado o comercial. A Record tem ficado até mais de quatro horas sem intervalos.
Domingo passado, o "Domingo Espetacular" teve um break de seis minutos às 18h03 e outro de cinco minutos às 18h10. Só voltou a ter intervalo às 22h15, no final do programa. O "Domingo Legal" teve três intervalos de seis minutos cada em pouco mais de meia hora (das 18h28 às 19h03) e outro pouco antes do encerramento. O "Pânico" fez todos os intervalos (três) na última meia hora.

Este texto é parte da Coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha de São Paulo, de 8 de maio de 2009.

Só para constar: o blogueiro estava numa sala de cinema no domingo passado à noite.

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quinta-feira, março 12, 2009

Apostas erradas

Apostas Erradas.

Márcio Alemão
De São Paulo

Mais uma notícia que não causou nenhuma surpresa nesse que vos escreve: a dupla Mendigo e Gluglu não emplacou na Record. Passaram por vários programas sem deixar saudade em nenhum.

Pior. Sequer fizeram falta ao Pânico. Escrevi essa obviedade nessa coluna quando partiram.

Mas alguém na Record acreditou deveras que a dupla funcionaria como uma espingarda de dois canos. Prejudicaria a audiência do Pânico e aumentaria a da Record, onde quer que estivessem fazendo "graça".

O Pânico não tem estrelas. Para quem não gosta do programa, todos os participantes são ruins. Para quem é fã, todos são muito divertidos. A turma do Pânico é uma trupe. Como tal, funciona em grupo, ainda que solos aconteçam ao longo do espetáculo. Uma dupla jamais desestabilizaria o programa.

Repetindo: mas alguém na Record acreditou nisso.

Igual a Band, que acreditou que a Daniela Cicarelli iria levar um pouco da MTV para a emissora. Nada aconteceu. O sucesso não veio, a audiência não veio, o prestígio não veio. Sim; prestígio é importante. O CQC não arrebenta na audiência. Mas está lotadinho de anunciantes e recusando patrocinadores.

Agora passam o dia a correr atrás da moça e a repetir o bordão: Cicarelli está encostada, sem destino, mas não quer falar sobre o assunto. Falar o que? "Sim, de fato não rolou, dei o melhor de mim mas a TV é uma caixinha de surpresas. Talvez eu vá para o SBT no lugar da Adriane".

A idéia me parece razoável. Ambas fazem bem esse papel de ficar esperando algo acontecer.

Arrisco dizer que a Adriane Galisteu na Band também não irá causar grande comoção nos índices.

Ainda sobre as duas beldades, eu até diria que a Cicarelli é mais definida que a Adriane. Posso vê-la de volta à MTV, assim como voltaram Thunderbird, Marcos Mion, Casé. Não vejo a Galisteu em nenhum lugar. A culpa pode ser do Silvio Santos que nunca lhe deu o devido espaço. Valor ele deu. A moça ganhava salário de campeã de audiência. Descobriremos a verdade ao longo desse ano.

Dado curioso: pouco se comenta sobre a qualidade dos programas nos quais as celebridades estão envolvidas. Vocês já tiveram a curiosidade de ver a quantidade de escritores que fazem o programa do David Letterman, da Ellen, da Oprah? Sim, saio nesse momento em defesa das beldades e volto a citar o CQC, que conta com uma boa equipe de criadores. O programa da Cicarelli não era bom. Outra em seu lugar não mudaria nada. E eu termino costurando tudo: nenhum talento individual consegue se destacar quando não existe uma boa equipe a lhe dar suporte. Algumas emissoras deveriam apostar mais nisso.

Márcio Alemão é publicitário e cronista gastronômico da revista Carta Capital.

Texto publicado no Terra Magazine.

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quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Por Que a TV por Assinatura é Cara??

É o que eu sempre me pergunto. Pessoalmente eu demorei muito para aderir, e relutava em assinar um plano, pois achava o preço um contra-senso. Acabei assinando alguns meses atrás devido às despesas que estava tendo com acesso dsl, o que acabou quase equivalendo ao preço da assinatura da TV mais conexão à Internet.
Mas por que o plano mais básico de TV por assinatura é de cerca de 65 reais por mês? Um palpite pode ser que não interesse à operadora uma ampla popularização da TV por assinatura, afinal, assim, a maioria da população fica restrita aos canais da TV "aberta", onde uma emissora tem total hegemonia, sendo que muitos chamam esta hegemonia de monopólio. E com esta hegemonia, esta emissora fica com um grande poder político, tanto assim que eu não conheço político que queira se indispor abertamente com esta emissora (provavelmente a única exceção a esta regra foi Leonel Brizola). E esta emissora hegemônica é a principal operadora de TV por assinatura no Brasil.
E agora, com a futura digitalização das emissões televisivas, o Governo Federal já sinalizou que deverá manter as coisas como estão atualmente, com os atuais radio-difusores mantendo o poder que têm no momento com a nova tecnologia.
Será que o palpite deste blog é correto?

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Do Observatório da Imprensa: Está na Hora de Criar o Bolsa TV

Edição 417 de 22/1/2007
www.observatoriodaimprensa.com.br
URL do artigo: www.observatoriodaimprensa.com.br


CARTA ABERTA

Está na hora de criar o Bolsa TV

Wagner Bezerra

Em tempos dos tão bem-vindos Bolsa Família, Vale-gás, Cheque-cidadão, Restaurante-popular e tantas outras políticas redistributivas e compensatórias implementadas pelo governo federal, além dos estaduais e municipais, quero dar a minha singela contribuição para melhorar a vida do povo, combatendo diretamente uma das mazelas que afetam a vida de todos nós: o lixo televisivo. O propósito é auxiliar o esforço governamental para ampliar a chamada rede de proteção social e incluir no seleto público das TVs por assinatura o contingente de muito mais de cem milhões de pessoas que, entra ano sai ano, permanece alijado e distante de uma programação de TV diversificada e de qualidade.

A sugestão é criar o Bolsa TV, ou o Cheque TV a Cabo, ou quem sabe o Vale TV de Qualidade, ou ainda o Pró-Espectador, visando amparar mais 90% dos telespectadores que sobrevivem acorrentados pela TV aberta, condenados a conviver, principalmente nos finais de semana, com inomináveis programas e apresentadores que, acintosamente, perpetuam-se "no ar". Isto sem citar os pastores pidões e os filmes, na sua grande maioria, de qualidade duvidosa e que não se deixam ausentar nos domingos cada vez maiores.

Entretenimento de qualidade gratuito

Creio que chegou o momento de olharmos por esta gente excluída da possibilidade de usufruir a programação variada que, salvo cada vez mais raras exceções, é oferecida somente pela TV por assinatura. Famílias que nunca provaram do seleto cardápio de programas de receitas do Canal GNT; jamais sacudiram os esqueletos assistindo ao TVZ do Canal Multishow; nem escolheram o filme predileto nas tardes de domingo dentre as sempre quase e boas opções das redes Telecine, TNT e Universal, sem contar os oferecidos pelos HBO, ou ainda os pay-per-view. Excluídos que sequer cogitaram mergulhar pelos brasis afora adentrando novos caminhos descortinados nos documentários da rede STV, nem tampouco se atualizaram sobre a língua no Programa de Palavra.

Vamos, senhor presidente, resgatar os/as chefes de família que ainda não temperaram suas opiniões políticas após sorver as brilhantes entrevistas do William Waack com pensadores e cientistas de todos os matizes no Globo News Painel, da Globosat. Nem brindaram à cultura assistindo os saraus conduzidos pelo Chico Pinheiro com os baluartes da música brasileira.

Esta idéia me ocorreu assistindo o programa Você é o que você come, exibido pelo Canal GNT, o qual aborda a questão da nutrição de forma didática e com uma boa pitada de humor. Pensei no quanto avançaremos em direção à prática da tão pouco exercida cidadania no dia em que todos tiverem acesso à informação e entretenimento de qualidade gratuitamente na TV. Neste caso, quando assistia ao referido programa, pude refletir sobre recente pesquisa do IBGE que constatou que grande parte da população brasileira sofre de obesidade principalmente pela ausência de uma educação alimentar adequada e vítima da desinformação.

Pluralidade e diversidade

Este estado de coisas me faz pensar sobre o quanto são penalizadas as famílias que não pertencem às classes sociais favorecidas, que não têm acesso a bens culturais e de informação tão valiosos, especialmente se comparadas àquelas, mais abastadas, onde a TV por assinatura se tornou artigo de primeira necessidade.

Proponho ainda que, neste período de férias, por alguns instantes deixe de lado vossos relevantes afazeres, num dia qualquer da semana, e preste atenção nas crianças que fazem parte do seu círculo de relações, no momento exato em que estiverem assistindo TV. Neste caso, descartemos qualquer juízo de valor quanto ao conteúdo do programa a que estiverem assistindo, em si. Peço apenas que tente perceber o grau de concentração e a expressão do semblante de cada uma delas e o tempo que elas permanecem imóveis, sem desgrudar os olhos do aparelho, apreendendo e aprendendo tudo o que é oferecido pela telinha.

Quando será que as populações interioranas, ribeirinhas, dos sertões, do norte, nordeste, centro-oeste e todas as demais famílias de baixa renda conhecerão e consumirão, nas tardes de domingo, com direito a escolher o que assistir na pluralidade e diversidade contidas nas opções de educação, informação, formação e entretenimento oferecidos pelos canais infantis disponíveis pelas TV por assinatura? Dentre eles, o Canal Futura, TV Ra-Tim-bum, Canais Disney, Discovery Kids, Cartoon Network, Nickelodeon, Jetix, Bumerang, Cultura e TVE (estes, disponíveis na TV aberta) e tantos outros disponíveis apenas para poucos? Seria justo manter a imensa maioria das crianças do Brasil condenada a assistir tão-somente à decaída programação da TV aberta?

Aceitemos ou não, TV é educação

Decerto que não pretendo menosprezar a importância e dimensão social do programa Bolsa Família ao fazer esta analogia com as idéias aqui ventiladas, nem afirmar que a implantação de um Bolsa TV será a solução para demandas recorrentes, como a inclusão da educomunicação, ou educação para os meios, nos currículos escolares da educação infantil pública. Ou ainda, o avanço do marco regulatório brasileiro no setor das telecomunicações, no que tange à regulamentação do conteúdo da programação, tampouco tornar efetivo, num passe de mágica, o Conselho de Comunicação Social na defesa dos interesses públicos contra os abusos das emissoras.

A desejável efetivação do Bolsa TV também não poderá, de uma hora para outra, fazer sentar à mesa de negociações os programadores, concessionários, autores de conteúdo, roteiristas e diretores para, juntos, trabalharem na construção de um novo paradigma comum a todas as emissoras que atenda tanto aos interesses comerciais das emissoras e patrocinadores quanto ao caráter educativo da programação televisiva. Uma ação que, sem sombra de dúvida, poderá ajudar o Brasil a superar o analfabetismo e se equiparar aos países em desenvolvimento, na questão da educação de qualidade.

No entanto, que possuir um Vale TV de Qualidade, numa tarde de domingo, ajudaria muito, isso ajudaria. Não é mais aceitável dizer que o povo é quem quer e gosta de ver e consumir lixo na TV. Logo, a TV não pode ser lugar de lixo. Antes de tudo, como indica a Constituição, a TV é um lugar narrativo predisposto à educação e aos educadores. Aceitemos ou não, TV é 100% educação.

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