segunda-feira, março 31, 2008

Marconi Leal esteve em Porto Alegre

Marconi Leal esteve em Porto Alegre


Marconi Leal, erudito e divertido cronista na Internet, esteve em Porto Alegre, na semana passada. Não sei quantos dias, mas, pelo que me disseram, pelo menos na quinta-feira, dia 27. Eu soube da notícia pelo blog do Jens, a famosa Toca do Jens.

O Jens, por sinal, gentilmente me convidou a aparecer em um bar chique da Cidade Baixa, onde algumas pessoas confraternizariam com o festejado blogueiro. Começando por ele mesmo, Jens, mais a filha dele, a Mari; a Cláudia Cardoso e o Eugênio Neves, editores do Dialógico, a Ane, editora do visceral Gazeta Mundo Cão. Provavelmente outros que não lembro neste momento.


O convite muito me sensibilizou. Fiquei pensando, fiquei na expectativa, tal qual a raposa d'O Pequeno Príncipe, do Saint-Exupéry. Se o encontro estava marcado para às 18 h 30 min, desde a manhã eu já vivia a expectativa de encontrar pessoas que conheço apenas pela Internet.


Ficava pensando que diria para cada um deles algo como “é um grande prazer te conhecer ao vivo e em cores!”. Depois perguntaria à Ane, como estavam os netos, isto é, os filhotes que a gata da Ane havia gerado.


Comentaria com o Marconi, dizendo que aquelas crônicas chamadas “Clássico Italiano” foram tão interessantes que utilizei elas em uma aula sobre a Roma Antiga, numa turma de educação de jovens e adultos do ensino fundamental, e parece que a turma gostou bastante. Foi por isso que mencionei lá no início sobre o erudito e divertido. As tais crônicas, como muitas outras do Marconi, aliavam, aliam, humor com erudição.


Perguntaria à Cláudia e ao Eugênio como ia o Dialógico. Perguntaria pois, apesar deles estarem incluídos no meu agregador de conteúdos, eu estou sucumbindo à avalanche de informações que a Internet oferece, e não tenho conseguido me atualizar na medida das necessidades que os blogueiros que leio escrevem. Sorry...


Mas algumas coisas conspiravam para que eu não comparecesse ao tal encontro. Uma delas era uma aula à noite, embora este contratempo eu estivesse com muita vontade de superar. Tipo assim, posso chegar atrasado, ou posso mesmo faltar eventualmente àquela aula.


Outra coisa que conspirou contra foi um temporal que resolveu cair justamente por volta do horário marcado para estar no bar. Foi um temporal memorável. Choveu como há muitos dias não se via. Todas as saídas do centro de Porto Alegre, que fica num canto, a oeste da cidade, isto é, o bairro centro de Porto Alegre não fica no centro geográfico de Porto Alegre, então, retomando, todas as saídas do centro de Porto Alegre viraram engarrafamentos. O encontro estava marcado para às 18 h 30 min, mas eu fui ficando, esperando o temporal diminuir.


Então, de repente, não mais que de repente, a minha quase ex-mulher me liga para informar da recaída da enfermidade de nosso filho. Ele esteve amolado no início da semana com alguns problemas gastro-intestinais, e estava se recuperando. Mas naquela quinta teve uma recaída. Será que eu poderia ir para casa para ficar com ele, e assim ela poder ir ao curso pré-vestibular que ela frequentava? Claro, como não? Eu sairia de meu local de trabalho em dez minutos e iria para casa. Em uns 40 minutos eu estaria em casa cuidando de nosso pimpolho.


Como eu disse, todas as saídas do centro de Porto Alegre estavam engarrafadas. Acabei por chegar em casa uma hora e meia depois do telefonema.


E assim não fui ao bar da Cidade Baixa. Pena. A expectativa não se realizou. Não pude comentar com o Marconi sobre aquelas crônicas geniais do Clássico Italiano, nem perguntar à Ane sobre os filhotes de gato, ou o que o Jens iria fazer se realmente acontecesse de o Bar do Nereu fechar, ou quais as últimas do Dialógico...


Sabe-se lá quando Marconi Leal voltará a Porto Alegre... Que pena!...



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domingo, março 30, 2008

Níquel Náusea



Do Fernando Gonsales, na Folha de São Paulo (para assinantes).

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quarta-feira, março 26, 2008

Como aproveitar melhor o trânsito

Como aproveitar melhor o trânsito

Num dia de pressa, cheguei a me barbear dentro do carro; levei a lâmina e a espuma

JÁ FAZ um bom tempo que guardo no carro um cortador de unhas: alguns minutos de congestionamento, pelo menos, prestam-se desse modo a uma tarefa útil.
Num dia de pressa, cheguei a me barbear dentro do carro. Levei a lâmina e a espuma de barba, e confesso que havia um bocado de exibicionismo nesse desespero. Mas não durou muito a sensação de ser esperto, que sempre perseguimos individualmente quando a irracionalidade é coletiva. Tinha esquecido de levar uma toalha, de modo que, no meio do processo, a direção do carro ficou totalmente ensaboada. Não recomendo a experiência.
De qualquer modo, enquanto as autoridades não se decidirem a implantar um rodízio mais amplo (única maneira, acho, de conseguir um desafogo visível a curto prazo no trânsito de São Paulo), é bom pensar em maneiras úteis de empregar o tempo dentro do carro.
Ouvir rádio não me tira a sensação de estar gastando horas à toa. Música é fundamental, mas precisa associar-se a um mínimo de conforto. Prefiro ligar nas estações de notícias, em tese mais proveitosas em meio a tanta paralisia.
Acontece que, a cada três vezes que sintonizo o noticiário, topo com duas conversas sobre futebol. Há sempre uma espécie de papinho besta entre os locutores, destinado a conferir certa informalidade à linguagem do rádio. Rompe-se com o estilo antigo de locução, gritado e rígido; mas surge, em troca, o vazio dos comentários, a flacidez da provocaçãozinha a respeito de alguma derrota sofrida pelo time do interlocutor... É a crônica bobeira brasileira, que pode ser bem sufocante.
E quando não é futebol, o rádio está dando notícias sobre o próprio trânsito. Logo isso acaba: basta dizer que está tudo parado, da Anhaia Melo à Chafic Maluf, da Bandeirantes à Giovanni Gronchi, e estamos conversados.
No meio de um congestionamento, não procuro "distração". Quero aproveitar o tempo, coisa bem diferente. O aprendizado de línguas pode ser tentado.
A revista "Speak Up", com CD e texto, é uma boa ajuda para quem já tem conhecimentos intermediários de inglês. Claro que nem sempre eu quero ouvir uma entrevista com Dustin Hoffman ou com um chofer de táxi londrino, mas para quem está há meia hora parado no mesmo quarteirão é sempre uma oportunidade de auto-aperfeiçoamento.
Ainda na área de línguas, há um equivalente da "Speak Up" para quem ainda guarde pretensões de entender alemão. É a revista "Schau ins Land", que pode ser encomendada no site www.champs-elysees.com. Eles também vendem revistas com CDs para quem aprende espanhol, francês e italiano. Claro que a mentalidade germânica impõe uma carga pesada aos interessados. Os detalhes industriais da produção dos lápis Faber Castell, por exemplo, entupiram de consoantes os meus ouvidos enquanto eu tentava me livrar da atravancada sintaxe do elevado Costa e Silva. Pelo menos, eu não podia reclamar só do trânsito: minha paciência era testada de outras formas.
Existe ainda no site o maravilhoso mundo dos audio-books em língua estrangeira. Eles oferecem a integral do "Estrangeiro", de Camus, lido pelo próprio autor. E, num produto especialmente designado para o trânsito paulistano, o texto francês completo de "Em Busca do Tempo Perdido", coisa de mais de cem discos.
Em português, dá para achar alguma coisa em audio-books. Não tenho muita vontade de ouvir contos de Clarice Lispector ou de Machado de Assis na 23 de Maio, mas tive curiosidade de conhecer melhor os novos contistas brasileiros. A atriz Leona Cavalli fez dois CDs com histórias de Marçal Aquino, Luiz Ruffato, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira e muitos outros. Podem ser encontrados no site www.livrofalante.com.br.
No geral, essa literatura insiste em recriar, com certa artificialidade a meu ver, um mundo "bruto, sujo e malvado": motoboys assassinados bruscamente, pessoas felizes num depósito de lixo, crianças inocentes maltratadas pela cidade...
Programa de paulista, dirão os habitantes de metrópoles mais afortunadas. Mas é o que temos. Não pesquisei em outras áreas de consumo.
Quem sabe não exista um microondas para ligar no acendedor de cigarros do automóvel? Você chega em casa sem ter de se preocupar com o jantar. E talvez alguns sex-shops já tenham produtos para quem está parado no congestionamento. Seria a linha do "relaxe e goze"; bem que estamos precisando disso.


coelhofsp@uol.com.br

Texto de Marcelo Coelho, na Folha de São Paulo, de 19 de março de 2008 (para assinantes).

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terça-feira, março 25, 2008

Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus

Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus

Um padre e cosmólogo polonês que sustenta a possibilidade de comprovar matematicamente a existência de Deus é o vencedor do mais polpudo prêmio acadêmico do mundo.

O professor Michael Heller, 72, de formação religiosa, com estudos em filosofia e doutorado em cosmologia, receberá em maio, em Londres, o prêmio Templeton, outorgado pela fundação homônima de estudos religiosos sediada em Nova York. O valor da premiação é de 820 mil libras esterlinas (cerca de R$ 2,87 milhões).

Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do universo debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geometria não-comutativa.

"Vários processos no universo podem ser caracterizados como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do estado que o sucede", explicou o próprio Heller em um comunicado divulgado por ocasião do anúncio do prêmio.

"Ao questionar (a causalidade primeira) não estamos apenas falando de uma causa como qualquer outra. Estamos nos perguntando sobre a raiz de todas as possíveis causas", disse.

Ele rejeitou a idéia de que religião e ciência são contraditórias. "A ciência nos dá o Conhecimento, e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente".

"Invariavelmente eu me pergunto como pessoas educadas podem ser tão cegas para não ver que a ciência não faz nada além de explorar a criação de Deus."

Críticas

Alguns céticos atacam a Fundação Templeton por sua inclinação a favor de ideologias conservadoras da religião.

Um dos principais críticos à instituição é o biólogo evolucionista Richard Dawkings, que já descreveu o prêmio Templeton como "uma soma de dinheiro muito grande que se concede normalmente a um cientista disposto a falar coisas boas da religião".

Para os jurados, Heller mereceu o prêmio por desenvolver "conceitos precisos e notavelmente originais sobre a origem e as causas do universo, muitas vezes sob intensa repressão governamental".

A biografia do filósofo e cosmólogo polonês diz que ele foi perseguido sob a era soviética, cuja ideologia comunista abertamente atéia ia contra o perfil católico conservador dominante no país.

Heller conhecia o Papa João Paulo 2º, nascido polonês sob o nome de Karol Wojtyla, que personificou a reação da Igreja Católica contra o avanço do comunismo nos países do Leste Europeu.

"Apesar da opressão das autoridades comunistas polonesas a intelectuais e padres, a Igreja, impulsionada pelo Concílio Vaticano 2º, garantiu a Heller uma esfera de proteção que o permitiu alcançar grandes avanços em seus estudos", diz sua biografia.

Heller disse que usará o dinheiro do prêmio Templeton para financiar futuras pesquisas.



Texto da BBC Brasil.


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domingo, março 23, 2008

Feliz Páscoa!

Este blog lhes deseja uma Feliz Páscoa!

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sábado, março 22, 2008

Arcebispo de Mosul sequestrado e assassinado

Vi no saite da BBC, que o arcebispo da Igreja Católica Caldéia de Mosul foi sequestrado e foi encontrado morto(não ficou claro se o arcebispo morreu de causas naturais ou foi assassinado) no Iraque. O arcebisbo havia sido sequestrado no dia 29 de fevereiro, após dirigir um momento do oração na Igreja do Espírito Santo, em Mosul.

A notícia da BBC, de 13 de fevereiro passado, informa que o corpo foi encontrado em uma cova rasa próximo à cidade.

O Papa Bento XVI lamentou a morte do arcebispo, e o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, disse que os sequestradores não ficariam impunes. Os sequestradores que levaram o arcebispo assassinaram três pessoas que estavam com ele, seu motorista, e dois seguranças.

A Igreja Caldéia é uma igreja de rito oriental, cujo líder espiritual é o Patriarca Emmanuel III, que fica em Bagdá. Contudo a Igreja se submete à autoridade do Bispo de Roma, atualmente o Papa Bento XVI. O rito é em linguagem siríaca, derivada do aramaico. Havia 800.000 pessoas ligadas à igreja no tempo de Saddam. Atualmente, entre assassinados e expatriados, este número caiu para cerca de 550.000 .

Os sequestradores do Arcebispo não foram identificados, nem informaram pertencer a qualquer facção entre as existentes no Iraque.

Lamentável a morte do arcebispo.

Uma tragédia humana a redução do número de cristãos caldeus no Iraque ocupado.

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A Bíblia vista pelo Google Earth

sexta-feira, março 21, 2008

Pausa para a sexta-feira da Paixão

Aguarde o sábado.

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quinta-feira, março 20, 2008

Requentando a vaca: A CartaCapital, o Procurador, o Kaká, o Apóstolo e a Bispa

Pois a revista CartaCapital voltou ao tema do jogador de futebol, e os líderes da igreja que o jogador frequenta, a Renascer em Cristo. Estes líderes são o apóstolo Estevam Hernandes, e sua esposa, a bispa Sônia.

Na edição desta semana, de 19 de março de 2008, n. 487, na seção que análise as notícias consideradas relevantes da semana anterior há um texto em tom irado onde o autor reclama que uma assessoria de imprensa contratada pela igreja divulgou que o questionário divulgado pela revista, e feito procurador Mendroni, para ser encaminhado à justiça italiana, era falso, pois não estava nos autos do processo. Na reportagem original, o procurador, por alegado engano do redator, era chamado o tempo todo de juiz.

O tom irado da revista fica evidente pelos adjetivos. A peça da assessoria de imprensa é uma "mentira" (logo seus autores mentirosos), o texto é "malandro e mal intencionado". Também a peça é uma "artimanha do capeta", e os assessores são "serviçais da Renascer".

Depois o texto parte para a desqualificação de Carlos Brickmann, proprietário da Brickmann e Associados. A empresa responsável pelo trabalho de assessoria de imprensa da Renascer, somos informados, tem em sua carteira de clientes "notórios condenados pela justiça, a começar pelo apóstolo e pela bispa". E que "há quem busque seus préstimos pela disposição do assessor em praticar o jogo sujo, a aceitar tarefas que gente séria no mercado de assessoria de imprensa rejeitaria sem pestanejar" (grifo meu em "gente séria"). Continua a revista: "Entre outras, Carlinhos é afeito a denegrir concorrentes e adversários de seus clientes, inclusive por meio do baixo expediente de distribuição de dossiês e fofocas".

Mais, já em novo parágrafo: "Se ele considera o dízimo que lhe é pago pela Renascer suficiente para se prestar a qualquer tipo de ignomínia, é uma opção de vida". E, por fim: "Fique claro, porém, que CartaCapital tomará as medidas judiciais cabíveis".

O texto da revista ainda acusa a o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, notório por ser presidente da seção paulista da OAB, e um dos líderes do fracassado movimento civil e "apolítico" "Cansei", e que neste caso deu assessoria jurídica à Brickmann e Associados, de "mais um exemplo de indignação seletiva ambulante".

Como diria um conhecido meu, por que tanta mágoa nesse coraçãozinho? Os advogados existem, me parece, para defenderem seus clientes. Isto nem sempre quer dizer que eles busquem mais a justiça do que o dinheiro, mas não dá para imaginar um advogado de defesa atuando ao lado do promotor, e ambos trabalhando para condenar o réu.

Por outro lado, assessorias de imprensa existem para, bem... prestarem assessoria de relações públicas para quem as contrata. E, também me parece, isto inclui tentar ressaltar o que de melhor pode existir em seus clientes, e tentar evitar que o distinto público ignore, ou releve, coisas supostamente ruins que o cliente fez ou causou.

Ficou me parecendo que na lógica dura do redator de CartaCapital os advogados, os assessores de imprensa, e, por afinidade, os publicitários não deveriam existir. Ou talvez só devessem existir se não fossem contra aquilo que a revista publica. Pois afinal, o que a revista publica, conforme seu diretor de redação, Mino Carta, é a "verdade factual".

Eu não conheço pessoalmente Carlos Brickmann, ou "o Carlinhos", como a revista o chama. Eu só conheço a coluna que ele publica no Observatório da Imprensa; coluna esta bastante jovial e divertida.

Também não conheço a peça publicitária feita pela Brickmann e Associados a pedido da Igreja Renascer e distribuída aos órgãos de comunicação. Posso dizer que soube do caso pelo meu filho que, por sua vez viu a notícia no Portal 3, o portal de notícias da Universidade do Rio dos Sinos, que fica aqui em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre.

Assim todos estes meus julgamentos são tipo assim, "acho que..." . O que de fato é bem irrelevante.

Só voltei a insistir neste assunto porque eu já havia reclamado quando a revista deu capa para o assunto: "A Fé e a Grana", e texto interno com a manchete "Fé, família, dinheiro", com texto de Paolo Manzo. Edição 478, de 16 de janeiro de 2008. Especulei na ocasião que a revista usava de um promotor que estava atrás de um holofote para vender mais revistas, em cima de um famoso jogador de futebol, que professava fé em Deus através da citada igreja, e amizade pelos líderes desta mesma igreja, mesmo que eles estivessem envolvidos com problemas legais.

Em edições posteriores a revista afirmou e reafirmou que não obtivera o questionário das mãos do promotor Mendroni. Ou seja, não era um promotor buscando holofotes. Na minha opinião apenas uma forma de vender mais revistas usando a imagem de um jogador de futebol. Quer dizer, como afirmei na ocasião, CartaCapital estava tendo seu momento Caras, esta famosa revista de celebridades.

Então repito. A revista usou uma figura famosa (mas que mantém certa privacidade a respeito de sua vida pessoal, apesar de usar sua fama para divulgar a fé que professa) para, através da relação desta pessoa famosa com dirigentes de uma igreja (uma associação civil e de direito privado), vender mais revistas. De quebra o texto original ainda trata de supostos problemas de relacionamento entre o jogador e sua sogra, sem ter consultado nenhum dos dois. Para mim, isto, o questionário do procurador que quer que Kaká seja testemunha num processo contra amigos dele, ou o relacionamento de Kaká com a sua sogra, não era relevante, quanto mais notícia para ser capa de uma revista semanal, que não se quer de fofocas e celebridades.

Se o primeiro texto, com sua respectiva capa, não tivesse sido publicado, toda esta celeuma teria sido evitada. Afinal o assunto era mesmo irrelevante, e eu, como leitor e assinante da revista, preferiria que o espaço nobre da capa da revista semanal fosse utilizado, para um assunto mais importante. Qualquer assunto mais importante.

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quarta-feira, março 19, 2008

Arthur C. Clarke

Mais um que se foi. O escritor britânico Arthur C. Clarke, que vivia há longo tempo no Sri Lanka, faleceu ontem, aos 90 anos. Clarke escreveu vários livros de ficção científica, entre eles o famoso "2001, Uma Odisséia no Espaço", que por sua vez, gerou um filme homônimo, dirigido por Stanley Kubrick.

Vi uma notícia a respeito na Folha de São Paulo.

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Anthony Minghella

Morreu Anthony Minghella, diretor do multi-oscarizado filme O Paciente Inglês. Eu ainda não assisti ao filme. Acho que preciso dar uma olhada...

Via algo a respeito na BBC Brasil.


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sexta-feira, março 14, 2008

Outra Crônica do Heuser: Por detrás dos muros

Por detrás dos muros


Por Paulo Heuser


Muros dividem. Ou não, dirão os neodialéticos de plantão. Os muros protegeram contra os invasores de outros feudos. Eram muros altos, do alto dos quais jogavam óleo fervente, chumbo derretido, pedras e outras coisas para rechaçar os inimigos. Os muros dos anos de ouro – décadas de 50 e 60 – desceram ao metro, ou próximo disto. Eram mais decorativos do que funcionais. Impediam a fuga das galinhas e dos cachorros. Estabeleciam também um limite de propriedade. Para passarem dali, deveriam bater palmas e gritar o ó de casa. Por alguma razão qualquer, os muros que separavam dos terrenos lindeiros eram mais altos do que os muros que separavam o terreno da rua. Lembro-me de um muro que foi construído porque meu cachorro lingüiça adorava galinhas e esponjas para lavar copos, aquelas com cabo de madeira. O ditado que diz que a galinha do vizinho é mais gorda do que a nossa vale também para os cães lingüiças. Estendido para as esponjas. Restava sob a sebe um rastro de pedaços de espuma e penas.

Os muros daquela época fizeram parte de uma rede de comunicação de notícias: a WallNews. Tudo iniciava com a Frau Seifenfresser, moradora da esquina. Ela ouvia o rádio, o dia inteiro. O primeiro acorde do jingle do Repórter Esso tirava a Frau daquele transe de quem realiza tarefas repetitivas, como depenar a galinha para o almoço. Ela ouvia as notícias e corria para o muro do fundo, do lado direito. A campainha de muro dos fundos era bater palmas e gritar o ó vizinha. Estabelecida a comunicação, a nova era transmitida, aos gritos, por sobre o muro. A vizinha, por sua vez, difundia as notícias para os terrenos vizinhos. Estabelecia-se a Wallnews.

Contavam que na noite de seis de março de 1937 o rádio da Frau, então Freulein (senhorita) noticiou a queda do Dirigível Hindenburg, em Nova Jérsei. Seja quem fosse esse tal de Hindenburg, deveria ser alguém importante. Mesmo sob intensa chuva, Frau Seifenfresser postou-se ao lado do muro direito para propagar a nova. O ó vizinha mostrou-se infrutífero, pois ninguém atendia. A vizinha fora à casa da Dona Ata, para trocar figada por ovos. A Frau teve de dirigir-se ao muro do lado esquerdo, mesmo a contragosto. Não que ela não gostasse da Viúva Racketenbauer. O problema é que ela era meio surda, alterando o texto das notícias retransmitidas. Essa surdez provocara a instalação de um sino, ao lado do muro. A Frau puxava a corda e toda a quadra sabia que lá vinham novas.

- Caiu o Hindenburg, em Nova Jérsei! – gritou a Frau Seifenfresser.

A Viúva ouviu, digeriu a nova, e arrastou-se até o muro seguinte, batendo palmas e gritando outro ó vizinha. Já alertada pelo sino, Dona Frida estava do outro lado do muro, aguardando o ó vizinha da Viúva Racketenbauer. Para avisá-la que já ouvira a notícia, Dona Frida costumava jogar de volta pequenas frutas, como butiás ou jabuticabas. Pega no contra-pé, durante uma entressafra, ela apelou para a única fruta disponível: o abacate. A Viúva Racketenbauer ganhou óculos novos e alguns hematomas no rosto. E assim a notícia correu muros, até chegar na casa da esquina oposta. Lá, após ouvir atentamente, Dona Fliegenjägerin gritou para o marido:

- Um tal de Linden morreu, em Novo Hamburgo!

Nenhuma rede é perfeita. Sempre há a possibilidade de ocorrer algum ruído na linha, durante a propagação das notícias sobre os muros. Contudo, aqueles tempos se foram. Os descendentes da Dona Frida, da Viúva Racketenbauer, da Frau Seifenfresser e da Dona Fliegenjägerin trabalham em modernos escritórios, onde há telefones em todas as mesas e acesso a Internet. A notícia está por toda parte, tropeça-se nela, principalmente quando deixam algum cabo solto sobre o piso. Os cabos também já se tornaram coisas do passado, substituídos por todas essas tecnologias de acesso sem fio a Internet. Os viciados nessas coisas já podem levar seus laptops ao toalete!

Ana - neta da Frau Seifenfresser – trabalha num moderno ambiente desses. É uma viciada em notícias, como foi sua avó. Mesmo sem percebê-lo, Ana segue exatamente a rotina da sua ancestral. Quando salta alguma nova notícia, na janela do canto da tela do seu computador, interrompe sua rotina – que não é a de depenar galinhas para o almoço – e grita por sobre a divisória da sua baia de trabalho:

- A vaca inglesa enlouqueceu!

A neta da Viúva Racketenbauer, sentada do outro lado da divisória, apesar de pouco entender, devido ao problema hereditário de audição, apenas responde:

- Não, sim! É aquela coisa, sabe como é... – Comentário que serve para qualquer interpretação.

Os muros continuam aí. Mudaram de nome, porém ainda servem de suporte às redes de notícias. Hoje, nos modernos escritórios, há as ChiqueirinhoNews.

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quarta-feira, março 12, 2008

Netão



Da Folha de São Paulo, de 5 de março de 2008.

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Das Crônicas do Heuser: Os Invisíveis

Os Invisíveis


Por Paulo Heuser


Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês que explicou porque uns são mais iguais do que os outros. Considerado o pai da sociologia moderna, Durkheim estudou a estratificação social – as pessoas estão inseridas em determinadas camadas sociais, ou castas. Na Índia, por exemplo, as pessoas já nascem inseridas nas castas, a não ser que pertençam ao substrato da população composto pelos párias, ou intocáveis. A complexa e tão admirada cultura hinduísta acredita que os intocáveis vêm do esterco, portanto impedidos de tocar nos elementos das outras castas e nos alimentos, pelo temor de que vão contaminá-los. Até os escravos pertencem a uma das castas, na Índia. A hierarquia das castas sobrepõe-se à hierarquia das relações de trabalho. Aos intocáveis resta aquele tipo de atividade que ninguém pertencente às castas deseja fazer, como a limpeza das fossas sépticas. Os intocáveis literalmente mergulham nas fossas, como fizeram seus pais, os pais destes, e assim por diante.

Aqui há semelhanças. Nascemos inseridos em algum substrato social ao qual nossos pais pertencem. Porém, temos mobilidade entre as castas, ao contrário do que ocorre na Índia. Faz-se a ascensão social às outras castas através do acúmulo de capital ou da política. Um paria tupiniquim poderá tornar-se brâmane – a mais alta casta hinduísta – enriquecendo ou sendo eleito ou nomeado para algum cargo que lhe dê poder. Aqui há também o caminho inverso. A perda do capital ou do poder implicará a queda para algum substrato social inferior, proporcional ao tamanho da perda. Alguns perdem o cargo sem perderem o poder, o que é muito comum na política. Tornam-se consultores e mantêm o poder econômico.

Os sistemas sociais estratificados, como o nosso, adotam regras diferenciadas de punição aos infratores da lei. O brâmane tupiniquim que deixa cair o pote de caviar no bolso do Armani é um doente. Só pode ser, já que não necessita tomar posse daquilo sem realizar uma transação comercial – forma elegante brâmane tupiniquim de descrever um furto. O autor de tal ato falho – outra forma brâmane tupiniquim de descrever o furto – poderá ser condenado à sala de espera do amigo psicanalista, que lhe receitará um tratamento calcado na terapia ocupacional. Deverá participar de 12 jantares beneficentes. Sem apropriar-se de potes de caviar.

A história da manteiga furtada pelo pária é velha e não precisa ser repetida. A manteiga era de marca consumida pelos brâmanes tupiniquins e o sujeito foi em cana. Lá ficou, enquanto os criminosos mais perigosos saíam por abrandamentos de pena previstos em lei. De tudo isso veio a falácia de que apenas os párias vão em cana. Puro sofisma! Esqueceram-se do substrato que nem definido está, o dos invisíveis, espécie de subpárias. Estes estão fora do nosso sistema social, não nascem, não morrem, não votam e não são ibgeados. Pontos fora de qualquer curva estatística. Eles perambulam pelas ruas, mimetizados com as cores da sujeira. Inconscientemente, desviamo-nos deles. Quando dormem sob marquises, seus apartamentos preferidos, damos passo ao lado e seguimos nosso caminho. Paramos para socorrer os cães, pois eles pertencem à casta dos seus donos. Os invisíveis não têm cães, pois dali nem osso de sopa usado sai. O invisível somente se tornará visível se cometer um ato realmente pavoroso contra um elemento de casta. A Carta Magna não se aplica aos invisíveis. Se não lhes dão direitos, deveres não lhes poderão cobrar. Podem andar pelados pelo meio da rua, perpetrar pequenos delitos e conduzir toscos veículos de tração humana ou animal sem obedecerem qualquer norma de trânsito. Obedecem a tacitamente instituída lei da sobrevivência. Lei não enche barriga, dirão com razão.

Há quem tente mudar o estado em que essas coisas se encontram. Tenho visto com alguma freqüência um sujeito magro que cruza celeremente a praça, sempre com o telefone celular colado na orelha esquerda. O braço direito movimenta-se em ritmo de marcha, enquanto ele segue a passos largos, olhando para o infinito. Até ontem repetia sempre a mesma ladainha, num inglês com sotaque do Azerbaijão: - You are an idiot! I told you! You are an idiot!. Ele surgia por um lado da praça, trazendo um crescente "You are an idiot!" e saia pelo outro lado, deixando outro "You are an idiot!", decrescente desta vez. - Lá vem o Yuarenidiot! - comentavam os engraxates. Até ontem, pois hoje o Yuarenidiot inovou, tanto na prosa como na idéia. Até no instrumento. Hoje veio armado de megafone, subiu no banco da praça e realizou o comício de um homem só. Defende a extensão do sistema de cotas às castas. Propõe a reserva de vagas nos presídios proporcionais ao número de habitantes nas castas sociais. Não apenas. Defende também a inclusão dos excluídos brâmanes tupiniquins e dos invisíveis, no sistema de cotas prisionais. E as prostitutas fazem coro com os engraxates, gritando: - Yuarenidiot!

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terça-feira, março 11, 2008

Micos-leões-dourados

VERDE LEITOR , rosada leitora, vocês lembram do mico-leão-dourado? Aquele simpático macaquinho que virou o símbolo das espécies em risco de extinção no Brasil?
Pois no futebol nacional também há alguns micos-leões-dourados.
Na Bahia, por exemplo, temos o Galícia, time fundado por imigrantes espanhóis e que ganhou cinco Estaduais e nove vices. Ou seja, é um time com história respeitável. E revelou jogadores como o lateral-direito Toninho, da seleção de Cláudio Coutinho, e os atacantes Washington e Oséas.
Mas em 1999 o Galícia caiu para a segunda divisão e acabou desativando o departamento de futebol. Voltou apenas em 2006. No ano passado, entre os seis clubes que disputaram a segunda divisão baiana, ficou em segundo lugar. Dolorosamente, só o campeão subia.
O charmoso Bangu também está em risco de extinção. E seria uma pena, pois perderíamos o campo com o mais belo nome do país, o romântico estádio de Moça Bonita. O time foi campeão carioca em 33 e 66 e vice brasileiro em 85, teve craques incontestáveis como Zizinho e Domingos da Guia, mas caiu em 2004 e não conseguiu mais subir.
Outro mico-leão-dourado carioca é o vetusto São Cristóvão, de 110 anos de idade. O campeão de 1926 teve a glória de revelar Ronaldo Fenômeno, mas está há mais de dez anos na segunda divisão carioca. E, tristemente, no ano passado ficou só em décimo lugar na Segundona.
O Ypiranga, time de Jorge Amado, fundado em 7 de setembro de 1906 por trabalhadores negros e pobres, também está na lista dos clubes em perigo. Já foi dez vezes campeão e dez vezes vice na Bahia, mas em 2006 foi o último colocado da segunda divisão. E em 2007 nem participou do campeonato.
O América mineiro, que enverga uma das camisas mais bonitas do país e teve jogadores como Tostão, Fred e Tancredo Neves, também pode estar começando a correr perigo.
O time foi o último colocado da primeira divisão em 2007, foi rebaixado e hoje ocupa um modesto quarto lugar na segunda divisão. Quinze vezes campeão estadual (dez delas seguidas!), o América pode estar começando a traçar o mesmo caminho de Ypiranga e Galícia. Mas tem um bom patrimônio, e isso ajuda muito.
Micos-leões-dourados também pululam pelo interior de São Paulo.
É o caso do Jabaquara, clube que revelou Gilmar e Baltasar. O Jabuca era tão bom que quase matou uma lenda. Explico: é que, na decisão de uma espécie de torneio municipal de juniores, um garoto do Santos chamado Edison (com "i") perdeu um pênalti contra o Jabaquara. O erro custou o título. O menino ficou tão desiludido que fez sua malinha e quis voltar para Bauru. Por sorte, foi impedido pelo roupeiro e virou Pelé.
Hoje em dia, o Jabaquara está na quarta divisão e vários jogadores sem clube usam seu campo para treinar. Ironicamente, Jabaquara significa "refúgio dos fugitivos".
Mas os micos-leões-dourados não são exclusivos do futebol. Grandes cervejarias compram as miúdas, shoppings acabam com as pequenas lojas de bairro, empresas globais engolem as locais.
Em todo o mundo, os simpáticos miúdos correm perigo.

torero@uol.com.br

Texto de José Roberto Torero, na Folha de São Paulo, de 4 de março de 2008 (para assinantes).

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domingo, março 09, 2008

Das Crônicas do Heuser: Os dentes da Frida

Os dentes da Frida


Por Paulo Heuser


Minha mulher apareceu em casa com um DVD do grupo sueco ABBA – nome formado pelas iniciais dos casais Agnetha e Björn; Anni-Frid (Frida) e Benny. Lembro-me bem da época em que Dancing Queen enchia os alto-falantes das rádios AM para jovens, lá pelo meio dos inesquecíveis e formidáveis anos 70. Tempos em que tocavam em piano de verdade, aquele feito de madeira de verdade, com martelos, pedais, cordas e teclas brancas e pretas. Naquele grupo juntaram o talento de dois compositores de mão cheia com duas cantoras muito boas. O resultado foi um sucesso. Ouve-se Abba até hoje. Música fácil e gostosa. Em 1994 as músicas do grupo fizeram parte da trilha sonora da ótima comédia australiana Priscilla – A Rainha do Deserto, que contou a história de drag queens que cruzaram o deserto na Austrália a bordo de um ônibus chamado Priscilla.

O DVD mostra algumas coisas que podem passar despercebidas ao observador desatento, aquele que se deixa levar apenas pelo áudio. Os cabelos e roupas chamam logo a atenção. Longas costeletas e roupas coloridas, bem ao estilo da época. Nota-se também uma tentativa, bem sucedida, por sinal, de transmitir a ausência de estrelas no grupo. Todos mereceram tempos semelhantes defronte as câmeras e sucediam-se no primeiro plano, fraternalmente. Na falta dos atuais "defeitos" especiais, o responsável pela fotografia usou e abusou de recursos como foco em planos diferentes e closes. As coreografias parecem um pouco ridículas para quem não se insere no clima da época. Hoje nos acostumamos com muita luz, corpo de balé, cenários de megaproduções de Hollywood, muita fumaça e pouca música.

Há algo naquelas performances, no entanto, que salta aos olhos. O quarteto tinha dentes. Dentes de verdade, como o piano. Dentes feitos de dentina e sabe-se lá do quê. Naturais, orgânicos, como diriam hoje. Coisas produzidas pela própria pessoa, que cresceram sem o molde de aparelhos, formas e guias. A abundância dos closes permite a visualização de pequenas imperfeições, frestas e desalinhamentos, tudo completamente natural. O que mais me surpreendeu foi o fato de eu me surpreender tanto com isso. Perplexo, deixei escapar um comentário: - Nossa, eles têm dentes! – ou tinham, pelo menos. Olhando mais atentamente, pude observar que a Agnetha – a loira - tinha a boca levemente torta. Bela, mas torta. De qualquer forma, ninguém dava a mínima ao fato de ela ter boca torta. O que interessava era o que saía dela.

Outros tempos. Pegavam uma boa música, ou um bom grupo, e lançavam-nos no rádio. Prensavam as bolachas e distribuíam. Se a cara do ou da vivente fosse muito terrível, colocavam uma foto de outra coisa na capa do disco. A foto de uma guitarra, por exemplo. Hoje as coisas se complicaram. Encontram alguém plasticamente perfeito, reúnem a orquestra sinfônica, o corpo de balé, o coral, canhões robotizados de laser e... e... O que vieram fazer, mesmo? Ah, sim! A criatura deve cantar. Que saudades da boca torta da Agnetha e dos dentes separados da Frida!

prheuser@gmail.com

www.pauloheuser.blogspot.com

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Até os canalhas envelhecem...

Historinha recebida via correio eletrônico. Confira:

Um homem jovem estava fazendo compras no supermercado, quando notou que uma velhinha o seguia por todos os lados.
Se ele parava, ela parava e ficava olhando para ele.

No fim, já no caixa, ela se atreveu a falar com ele, dizendo:

- "Espero que não o tenha feito se sentir incomodado; mas é que você se parece muito com meu filho que faleceu."

O jovem, com um nó na garganta, respondeu que tudo estava bem, que não havia problema.

A velhinha lhe disse, então:

- "Quero lhe pedir algo incomum."

O jovem lhe respondeu:

- "Diga-me em que posso ajudá-la."

- "Queria que você me dissesse "Adeus, Mamãe", quando eu me for do supermercado, isso me fará muito feliz!"

O jovem, sabendo que seria um gesto que encheria o coração da velhinha, aceitou.

Então, a velhinha passou pela caixa, após ter registrado as suas muitas compras. Aí, se voltou sorrindo e, agitando sua mão, disse: "Adeus, filho!"

Ele, cheio de amor e ternura, lhe respondeu efusivamente: "Adeus, mamãe!"

Ela se foi e o homem ficou contente e satisfeito pois, com certeza, havia dado um pouco de alegria à velhinha. E, então, passou suas compras.

- "São R$ 554,00", disse-lhe a moça do caixa.

- "Por que tanto, se só levo estes cinco produtos?"

E a moça do caixa lhe disse:

- "Sim, mas sua mamãe disse que você pagaria pelas compras dela também..."


Moral da hitória: Até os canalhas envelhecem.

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sexta-feira, março 07, 2008

Pela valorização da Mulher




Blogagem coletiva. Este blog participa. Vi a dica no blog da Letícia, um blog com "banners" com os quais eu não concordo, e com opiniões político-partidárias com as quais eu também não concordo. Mas...

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domingo, março 02, 2008

De volta

Após as férias não tão longas quanto eu gostaria, nem tão viajadas quanto eu gostaria, mas de volta.
Agradeço os desejos de boas férias. E, enfim, podem me aturar novamente! :))

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