domingo, dezembro 31, 2006
Decoração de Natal em Porto Alegre 2006
sábado, dezembro 30, 2006
Hamburgo, Este Desconhecido
A charge abaixo é dele.
Vale conferir, o que ele diz no blog dele: http://blogdokayser.blogspot.com/2006/12/hamburgo-esse-desconhecido.html .
Um gremista inteligente. Gremistas inteligentes são raros, mas existem! :)
sexta-feira, dezembro 29, 2006
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Parabéns, Colorados!
Este texto foi publicado pelo Paulo Sant'Ana, em sua coluna no jornal Zero Hora, em 18 de dezembro de 2006.
Parabéns, colorados!
Quando Adriano Gabiru fez o gol, nos estertores da partida, experimentei a mesma intensidade de emoção dos colorados, recordando aquele 11 de dezembro de 1983, quando o Grêmio viveu a mesma insuperável alegria hoje curtida pelos torcedores vermelhos.
Quando o capitão De León me estendeu a taça na pista do Estádio Nacional de Tóquio, cheguei a pensar em retirar-me para sempre das minhas atividades, nada mais compensaria continuar na imprensa, toda meta não seria mais desejável, todos os objetivos tinham sido cumpridos, nada mais havia que fazer nem idealizar.
Por isso é que avalio com muita exatidão toda a caudalosa torrente de emoções deliciosas que percorre os corações colorados, eu também usufruí.
O Internacional jogou o dobro do que sabia e podia. O Barcelona jogou a metade do que podia e sabia. Ronaldinho foi vigiado de longe e de perto.
Mas cada jogador colorado se desdobrou até o limite da sua capacidade. E como não veio o gol nas oportunidades raríssimas que o Barcelona teve, quis o destino que o estupendo Iarley, em insistência e esforço, vislumbrasse Gabiru entrando na área como um dardo e lhe concedesse o passe, numa sublime dádiva, com a conclusão abençoada.
O lance consagrou uma vitória merecida do Internacional, um título grandioso, pelo que nós, gremistas, nos orgulhamos de não colocar nenhum reparo na grande conquista colorada.
Assim temos que nos posicionar, sem a pequeneza de ficar apondo ao triunfo restrições que alguns, não mais que alguns, apuseram em 1983 ao título do Grêmio.
É indispensável nesta hora, como tinha sido em 1983, a grandeza do reconhecimento do rival. Só assim se justifica a devoção que temos pelo esporte e até o fanatismo que nutrimos pelo futebol.
Inter e Grêmio são os campeões mundiais eternos. E o Inter é o atual e rutilante campeão mundial, sendo merecidos os festejos de hoje da tribo colorada.
Só nós dois é que o sabemos.
O que gravita fora desse eixo não merece consideração.
Tempo Quente em Porto Alegre
Não me Acordem!
Texto do Luís Fernando Veríssimo, no dia seguinte à vitória do Internacional sobre o Barcelona, na Copa Internacional Interclubes, isto é, 18 de dezembro de 2006, no jornal Zero Hora..
Não me Acordem
O passado é prólogo. Certos acontecimentos dão força a esta frase, transformam tudo que veio antes em preliminar, em mero antecedente.
Ou, para usar outro termo literário, em prefácio. Você se dá conta de que tudo que houve até ali – toda uma vida, toda uma história – foi simplesmente preparação para aquele certo momento, depois do qual nada será como era. E o passado ganha uma lógica que não tinha. Você passa a entender tudo em retrospecto. Tudo tinha um sentido que você apenas não percebera, na falta do momento máximo. A vitória do Grêmio em Tóquio em 83, os anos medíocres, o quase rebaixamento, as finais desperdiçadas, os vexames, as desilusões – tudo era prólogo para ontem.
Agora ficou claro, agora ficou lógico. O próprio destaque como melhores do mundo conquistado pelo Barcelona e pelo Ronaldinho fazia parte da preparação para o nosso 17 de dezembro, que não teria o mesmo gosto épico se o adversário fosse outro. Tudo era armação pra aumentar o brilho e co drama do nosso momento máximo. Tudo se encaixava. Ou você pensa que a saída do Pato e do Fernandão, ontem, foi obra do acaso, esse autor sem imaginação? O resultado de ontem veio sendo construído aos poucos, desde antes da fundação do Internacional, antes de Pedro Álvares Cabral, antes de Homero e das pirâmides;
E eu sabia que havia uma justificativa histórica para o topete do Gabiru.
Há dias a leitora Poliana Lopes me lembrou de um texto que eu tinha escrito, e esquecido. Ela teve a gentileza de me mandar o texto, e eu peço licença para repeti-lo agora. Era assim:
“Meu caro colorado. Desculpe esta carta a céu aberto, é que não sei seu nome nem seu endereço. Na verdade. Só vi você na rua, de mãos dadas com seu pai e cercado pelos seus irmãos, que vestiam a camiseta do Grêmio (suponho que fossem seu pai e seus irmãos). Você estava com a camiseta do Internacional. Quase parei o carro para olhar melhor, as não era miragem. Você tinha uns quatro ou cinco anos e estava de camiseta vermelha! Seu pai vestia uma camisa branca exemplarmente neutra, mas posso imaginar como tem sido a sua vida em casa. As provocações, os petelecos, a flauta, o martírio. E lá estava você de camiseta vermelha, o antigo escudo orgulhosamente no peito, desafiando todas as provações. Não sei se você sabe que vários colorados de sua geração não agüentaram e trocaram de time. Levaram pais e avós ao desespero, mas não suportaram a pressão do sucesso gremista; Você agüentou. Você não sabe, mas é um herói. E fiquei pensando que, quando for a nossa vez de novo, teremos certamente a torcida mais dedicada, fiel, convicta e feliz do Brasil. Porque será a torcida dos que resistiram. Agüente só mais um pouco. Meus respeitos.”
Mas isto também pode ser só um sonho.
Se for, por favor: não me acordem.
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Uma Felicitação de Final de Ano no Espírito de Nosso Tempo
Pois é. Em tempos de Internet, com troca de correios eletrônicos, comunidades como o Orkut, e outros que tais, o cartum do Amorim no Correio do Povo, de 26 de dezembro de 2006, parece conseguir sintetizar o tempo que vivemos, associando presépio e computadores...
Também Morreu Braguinha
E Morreu James Brown
sábado, dezembro 23, 2006
Um Feliz Natal!
O presépio da imagem abaixo, foi feito a partir da reciclagem de materiais, e foi retirada de uma newsletter da equipe envolvida com reciclagem no Banrisul, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul. A reciclagem de materiais é um caminho para aqueles que desejam salvar o planeta.
Mas não esqueçamos que o Natal é a celebração do verdadeiro Salvador, Jesus, Deus que se fez homem.
" O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:
É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor." Evangelho de Lucas, Capítulo 2, versos 9 e 10.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
quinta-feira, dezembro 21, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Tostão: Foi o Inter Que Venceu - Folha de São Paulo, 20/12/2006
QUANDO PARTE da imprensa diz que o Barcelona jogou de "salto alto" e que menosprezou o Inter, subestima as qualidades técnicas do time brasileiro. Sempre que uma equipe inferior ganha da superior falam a mesma coisa. Virou um lugar-comum.
Grande número de pessoas repete esse clichê, e a mesma mídia, para aumentar a audiência, enfatiza essa análise. A formadora de opinião é a imprensa ou o público? O Barcelona jogou com seriedade, tentou fazer o melhor e não conseguiu. Não foi o Barcelona que perdeu. Foi o Inter que ganhou.
O Inter ganhou porque em um único jogo nem sempre vence o melhor, principalmente se a diferença não é tão grande, como nessa final. Por isso, desisti há muito tempo de dar palpites sobre resultados. Erro bastante. As surpresas são também tão valorizadas e lembradas que até parece ser mais comum o pior ganhar do melhor.
O Inter ganhou porque jogou com inteligência e não se preocupou em apenas se defender. No gol do título, havia três atacantes contra dois defensores. Se fosse outro treinador, desses que só pensam em marcar, teria escalado desde o início mais um volante ou um terceiro zagueiro no lugar de um atacante, como muitos pediram.
O Inter ganhou porque o Barcelona não brilha em todos os jogos e, de vez em quando, perde no Campeonato Espanhol para equipes inferiores ao Inter. Na média de suas atuações no segundo semestre, o time catalão não tem jogado tão bem como nos últimos anos. Eto'o e Messi fazem muita falta, e a equipe está mais lenta.
O Inter ganhou porque jogou com técnica, alma e tranqüilidade. Não foi uma atuação brilhante, mas o time tocou bem a bola e não cometeu um único erro grave nem perdeu muitas bolas na sua intermediária, como se temia.
O Inter ganhou porque não fez marcação individual no Ronaldinho em todo o campo, como muitos queriam. Essa é uma tática ultrapassada e ineficiente, utilizada pelos clubes europeus nos anos 60. O Inter marcou por zona, de perto e sem fazer muitas faltas.
O Inter ganhou porque se preparou muito bem durante meses. Na verdade, a preparação e o sonho do título começaram em 1983, após o título conquistado pelo Grêmio. Os dois rivais podem agora sonhar com o desempate.
http://www1.folha.uol.com.br
Comentário do Cartunista Caco Galhardo a Respeito da Morte de Joseph Barbera, na Folha de São Paulo, de 20 de Dezembro de 2006
CACO GALHARDO
COLUNISTA DA FOLHA
Anteontem, aos 95 anos, morreu Joseph Barbera. Isso quer dizer que desde então está rolando um tremendo banquete de filé de brontossauro oferecido por são Pedro, no melhor restaurante do Paraíso.
William Hanna, seu eterno parceiro, já está por lá desde 2001. Juntos, criaram uma genial prole que vai de Flintstones, Manda-Chuva, Tom e Jerry, Jetsons, Zé Colméia, Scooby-Doo até Penélope Charmosa. Olha que só listei alguns, a relação dos personagens dos estúdios Hanna Barbera é coisa de louco. Estão entre meus melhores amigos de infância e de toda uma geração.
Não é pouca coisa. Quem é que nunca assistiu a um episódio dos Flintstones? Ou a um desenho do Tom e Jerry?
Joseph Barbera trabalhava em banco, aí veio a Grande Depressão americana e ele partiu para os "cartoons". Provavelmente o pai o aconselhou: "Escute aqui, rapaz, esse negócio de mercado financeiro não dá grana, vá desenhar uns bonecos engraçados que você fica rico!".
Sábias palavras. Barbera catou o pincel e foi para os estúdios de animação em Hollywood. Seu forte, além dos desenhos, era a criação das histórias e roteiros. Em um belo dia, conheceu William Hanna, que tinha mais jeito para cuidar dos negócios. Pediram as contas, abriram o próprio estúdio e começaram sua revoluçãozinha. Após eles, a história da animação nunca mais seria a mesma.
Revival
E aí pinta um revival fortíssimo: é muito privilégio crescer na companhia de Fred Flintstone e Barney Rubble, de El-Roy e Senhor Spacely, de Batatinha e Guarda Belo, Chumbinho e Bacamarte, Salsicha e Velma, Dick Vigarista e Irmãos Rocha, Dom Pixote e Coelho Ricochete, Urso do Cabelo Duro e Jonny Quest, e por aí vai.
Tudo isso é influência constante nas melhores animações produzidas hoje em dia, e não tem absolutamente nada a ver com loiras desmioladas e programas infantis que só incitam a erotização precoce e tratam a molecada não como crianças, mas como consumidores-mirins. Para o inferno com os escroques que infestam as TVs promovendo todo esse lixo. Cabongue!!!!
O que foi isso, Pepe Legal?
Joseph Barbera se foi, William Hanna também. Pegaram, no melhor estilo Leão da Montanha, saída pela esquerda. Mas a obra deles continua por aí. Então temos mais de homenagear os caras. Bandinha do exército e salva de trocentos tiros de canhão, por favor!
Meus amigos de infância ficaram definitivamente sem pai nem mãe, ou melhor, sem pai nem pai, e não se pode passar batido por um acontecimento desses. Tem de homenagear e, acima de tudo, rever e mostrar para os filhos, sempre, os bons e velhos desenhos Hanna-Barbera. São quase todos muito bons.
É o tipo da coisa que não envelhece nunca. Nós, por outro lado, envelhecemos na marra e chegamos ao fim, como chegou o Barbera. Mas certamente, em meio ao banquete celestial de filé de brontossauro, em algum momento ele virou para seu compadre e sussurrou, com um sorriso de canto de boca e olhar cúmplice: "A gente mandou bem, né?".
http://www1.folha.uol.com.br
Do Blog do Poeta Fabrício Carpinejar: Campeão do Mundo
Cresci numa família de gremistas. Com irmãos soprando corneta, eu não torcia, eu me defendia em casa. A rivalidade arrebentou a porta do banheiro. Como só havia uma tevê em casa, sempre fui minoria. Apanhei algumas vezes, revidei outras. Em último caso, mordia e puxava cabelo. Meus dentes tortos serviam como abridor de lata.
Era para ter sido gremista. Fui colorado por teimosia, por não conter a voluptuosidade dos olhos quando avistava o uniforme vermelho. Não era questão de cor, era questão de temperamento. Não segurava a garganta com a entrada da multidão no estádio, os bordões alinhados, o coro grego, a unanimidade social de uma arquibancada.
Ser colorado foi o mais perto que cheguei do comunismo. Não havia ninguém para me levar aos jogos quando pequeno. Acompanhava meu pai no Gre-nal, na torcida adversária. Ficava quietinho, suspirando alto, louco para incentivar os jogadores. Tinha que me calar. Assisti, calado, várias vezes meu time ganhar. Absoluto silêncio, na impossibilidade de declarar meus gestos, meu gosto, minha vontade. De vez em quando, subia os ombros no gol do Inter, logo me recompunha e fingia xingar a zaga do Grêmio.
Ser colorado era uma desesperança. Uma resistência. As estrelas haviam sido preenchidas na geração anterior. Passei toda a década de 80 mudando de assunto na segunda-feira. Grêmio ganhou Brasileiro, Libertadores, Mundial, Brasileiro, Libertadores, não parava de crescer. Dos meus oito anos em diante, restava o caneco do café de manhã. Sofri humilhação, chacota, perdi a serenidade; de tanto xingar o juiz virei cafetão de sua mãe. Na entrada de Porto Alegre, um outdoor debochava que era a cidade do campeão do Mundo. Olhava com desdém, com despreparo para esconder a inveja.
Fui tricampeão brasileiro durante a pré-infância, ou seja, em coma - não contava. Perdi vários campeonatos nas finais e nas semifinais. Time do quase. Com dois filhos colorados, faltava argumento para as minhas desculpas e desculpas para meu argumento.
No último domingo, quando meu time ganhou do Barcelona, não telefonei para meus irmãos. Não xinguei os gremistas, não desaforei, não desabafei. Chorei mais soluços do que água. Estava redimido, não precisava provar nada. Ninguém ganha o mundo por recalque. O Inter fez alguma coisa sem depender de seu rival. Uma vitória por ele. Para ele. Uma vitória sem vingança. Por merecimento.
http://www.carpinejar.blogger
Natal chegou Mais Cedo Este Ano
Na terça-feira, dia 19, soube que eu havia sido aprovado com "A" (a nota máxima) nas três disciplinas para as quais eu havia me matriculado neste semestre na faculdade. Eu nunca havia recebido três A em um só semestre na faculdade!
Com estas duas notícias, eu posso dizer que nesta semana eu me sinto tão bem! :)
Agradecimento
Saudando os Campeões
terça-feira, dezembro 19, 2006
Recebendo os Campeões
Número Mágico?
Mil!
E inclusive este "post" é sobre nada. Apenas marcando: 1000! Mil!
Soninha Francine: Filando a Alegria Colorada - Folha de São Paulo, 19/12/2006
"JÁ PENSOU como ELES estão se sentindo agora?"
No almoço de domingo na casa de amigos, todos estavam felizes com a vitória no Mundial -e ninguém era Colorado. Vendo as imagens da festa na TV, sabíamos, até por experiência própria (todo mundo já comemorou alguma coisa um dia...), que o orgulho e alegria de um torcedor "legítimo" são incomparáveis, mas curtimos a festa como aqueles milhões de pessoas que vibram com o futebol brasileiro sem terem nascido aqui. Inter campeão do mundo, e contra o Barcelona! A força do conjunto é impressionante. Esporte coletivo tem essa graça fundamental, que às vezes o futebol trata como se fosse recurso dos menores, os mais fracos, os desprovidos de talento. Se você não tem craques, precisa "apelar" para o conjunto. Não: um bom conjunto é indispensável para todos (e a melhor sustentação para os craques).
Por isso é difícil uma seleção mostrar o futebol de um grande time e um craque sentir-se tão à vontade com a camisa de seu país quanto com o uniforme do clube. Por isso, também, não adiantou o Barcelona ter jogadores importados de dez países. Em campo e no banco de reservas, vestiam azul-grená nove atletas que disputaram a Copa do Mundo por sete seleções (e não estavam lá o Messi e o Eto'o, que não foi para a Copa, mas "é seleção"). Não que o time catalão não seja excelente também no trabalho coletivo, mas o Inter, mesmo sem um jogador na disputa do melhor do mundo, lhe foi superior. Aplicado, solidário, destemido, concentrado, lúcido. Parou os indivíduos -Ronaldinho, Deco, Giuly, Von Brockhorst...- e desmontou o conjunto. O Barcelona teve chances, teve momentos de superioridade, mas não pôde com Clemer, Iarley, Gabiru e os demais.
O time gaúcho foi festejado no país todo, não só porque são muitos os que têm simpatia por ele e poucos os que o têm como rival mas também porque o Inter é inter...estadual. Tem atletas de Maranhão, Ceará, São Paulo, Espírito Santo, Rio, Alagoas, Goiás e Paraná. Ah, sim, e Rio Grande do Sul.
Neste país desfalcado por um êxodo incontrolável de talentos -amadurecidos ou recém-descobertos (e nem sequer confirmados)- ainda se consegue montar um time com gente vinda de tudo quanto é canto, que vai ao Japão e bate o Barcelona numa final... Uau. Não é à toa que a gente se acostuma e aceita barbaridades -parece que, de um jeito ou de outro, muita coisa acaba dando certo. Isso é um perigo; não vamos trocar os sinais: não é por causa da bagunça que somos os tais; é apesar dela.
A idéia de jogar bola descalço em terreno irregular é bacana para os anos de infância, de brincadeiras e descompromisso. No futebol profissional, não há nada de poético na falta de estrutura. Queremos jogadores com a paixão dos amadores -e administrações profissionais. Os dois últimos campeões mundiais são equipes que se destacam pela organização e planejamento. Assim como a aplicação tática não precisa (não deve!) engessar o craque, a boa gestão não tira a graça do futebol brasileiro, muito ao contrário. Faz a nossa gente brilhar mais. Parabéns Internacional, aos que estiveram lá e a quem não pôde ir (salve, Renteria!), aos campeões da Libertadores, aos torcedores felizes. Se não se importarem em compartilhar, a alegria de vocês é um pouco nossa também.
http://www1.folha.uol.com.br
Das Crônicas do Heuser: Newton e o Presidente
Newton e o Presidente
Por Paulo Heuser - pauloheuser.blogspot.com
Hoje já mencionei duas vezes o nome de Isaac Newton (1642-1727). A primeira foi em um e-mail, o primeiro da manhã, ainda antes do café. A segunda, em conversa pós-almoço – é um ótimo assunto para ajudar na digestão. Esta é a terceira, no pós-jantar. Faço as refeições com Newton? Pedro negou conhecer alguém, por três vezes, mas ceou com Ele. Falo em Newton pela terceira vez, todas pela admiração que nutro por ele. Newton foi um filho de agricultores, nascido no dia de Natal, em 4 de janeiro de 1643, em Woolsthorpe, Inglaterra. Enlouqueci completamente? Não, foi o calendário quem enlouqueceu.
O Papa Gregório XIII implantou o Calendário Gregoriano, em 1582, para corrigir algumas anomalias do Calendário Juliano, vigente até então. Dez dias foram suprimidos, na conversão de um calendário para outro. Há quem diga que a mudança foi realizada para evitar que a Páscoa cristã caísse junto à Páscoa judaica - o Pessach. A Inglaterra, país não-católico, somente implantou o Calendário Gregoriano em 1752. Nesse ano, o calendário pulou de 4 de setembro (quinta-feira) para 15 de setembro (sexta-feira). Assim se explica a confusão na data de nascimento de Newton. Aqui, nos dias de hoje, far-se-ia qualquer coisa que redundasse em um grande feriado.
As contribuições de Newton à Física e à Matemática são inquestionáveis. O livro Philosophiae naturalis principia mathematica (1687) é considerado a maior obra científica já publicada. Na opinião dos físicos, é claro. Nessa obra estão as três leis de Newton – estudadas já no Ensino Médio – e os princípios do Cálculo. Newton formulou também a Teoria Gravitacional. Fez inestimáveis descobertas no campo da Ótica, como a constatação de que a luz branca era composta de vários raios, refratados em ângulos diferentes, conforme sua cor (comprimento de onda).
Há outros nomes importantíssimos, como o escocês James Maxwell (1831-1879), que transformou uma salada de frutas de eletricidade e magnetismo em um suflê eletromagnético que explica a propagação da luz no vácuo. Ele demonstrou que a luz é uma combinação de campo elétrico e campo magnético. É de Maxwell a equação considerada a mais bela da Física. Falando de equações, é impossível não nos lembrarmos de Albert Einstein (1879-1955), pai da equação mais famosa do mundo, igualando a energia ao produto da massa pela velocidade da luz elevada ao quadrado. Na verdade, há ainda muitos outros nomes a lembrar, todos merecedores de admiração, como Hook, Laplace, Boltzmann e Planck.
Dentre todos, continuo admirando mais a Isaac Newton. Talvez ele fosse um dos poucos, senão o único, a explicar o estranho fenômeno do desvio cromático, para longe do vermelho, que ocorreu com o Presidente. Bem ao contrário do esporte, onde ocorreu forte desvio para longe do azul, na direção do vermelho. Este, bem explicável e justificável, por qualquer leigo. Se aceitarmos a explicação oficial, ainda não provada cientificamente, há indícios de que tendemos para o azul, na medida em que envelhecemos. Senão, temos algum problema. Devo andar pelo violeta. E a torcida do Grêmio deve ter envelhecido um bocado no domingo pela manhã.
E-mail: prheuser@gmail.com
http://pauloheuser.blogspot.com/2006/12/newton-e-o-presidente.html
Morre Joseph Barbera
Grandes Coisas - 2
Grandes Coisas
Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.
domingo, dezembro 17, 2006
Barcelona 0 x 1 Internacional
Como diriam os gremistas, arqui-rivais 23 anos atrás, nada pode ser maior!
Barcelona x Internacional
sábado, dezembro 16, 2006
Informação Gastronômica Relevante
"Zombie Walk" - 3
Sivuca - 1930-2006
Uma perda para a música brasileira.
Na Folha Online (UOL): http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u67012.shtml
Mais Comentários do Forno
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Glorinha é uma Glória Pequeninha?
Sim, De Volta à Fornalha!
O relógio-termômetro da esquina da Rua Sete de Setembro com a Caldas Júnior marcava 38º C às 14 h. Depois, às 18 h, marcava 34º C.
Por volta de 20 h, o Canal do Tempo informa temperatura de 30º C, com sensação térmica de 33º C!
É calor para amolecer asfalto!
quinta-feira, dezembro 14, 2006
América 0 x 4 Barcelona
O Barcelona é o supertime e o Inter é o desafiante, ou o franco-atirador. Mas como diria aquela propaganda de bebida destilada, "Que dureza!" ...
É Natal no Shopping Iguatemi
Para ver as outras da decoração de Natal do Iguatemi em 2006, veja o meu canal no Twango .
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Al Ahly 1 x 2 Internacional
De Novo o Buraco do PCC
Pois no dia 6 passado, funcionários da secretária de obras da prefeitura encontraram novo túnel, talvez um "ramal" daquele anterior, ou uma tentativa que não deu certo. Novamente a polícia foi chamada. Mas desta vez, a correção do problema foi rápida. No fim do dia, na quarta-feira passada o buraco já estava fechado como é possível acompanhar pelas fotos.
Curiosamente o remendo do asfalto ficou parecido com um ponto de interrogação quando visto de cima.
terça-feira, dezembro 12, 2006
Münch
O pintor nasceu em 12 de dezembro de 1863.
De Volta à Fornalha?
E, de fato, o Canal do Tempo informa 43% de umidade relativa. Quando a umidade passar de 70% é quando temos aquela sensação que estamos derretendo, e as roupas grudando na pele...
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Zombie Walk - Porto Alegre - 2
Zombie Walk - Porto Alegre
O blog PALEGRE (http://palegre.blogsome.com/2006/11/14/245/) noticiou tempos atrás.
E pelo Flickr (http://www.flickr.com), foi possível ver que alguém se deu ao trabalho de se transformar em morto-vivo.
domingo, dezembro 10, 2006
Morreu Pinochet
Na verdade não me sinto assim. O ditador morreu em vida, para mim e para muitos outros, quando descobriram algumas contas secretas com alguns milhões de dólares nos Estados Unidos. Então o "ilibado" ditador era também um corruptozinho desses que golpeiam a ordem constitucional devido entre outras coisas à corrupção, e quando ninguém está olhando, procura uns trocados para garantir a aposentadoria...
Eu gostaria que ele vivesse mais algum tempo para responder aos processos que correm contra ele. Além das violações de direitos humanos, como amealhou o dinheiro em contas secretas nos Estados Unidos.
De Volta ao Dia da Consciência Negra
CONFIRA AS CIDADES EM QUE 20 DE NOVEMBRO É FERIADO:
O dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra é celebrada como feriado em mais de 200 cidades do país. Confira a relação das cidades onde leis municipais determinaram feriado:
Acorizal (MT)
Água Boa (MT)
Alta Floresta (MT)
Alto Araguaia (MT)
Alto Garças (MT)
Alto Paraguai (MT)
Alto Taquari (MT)
Angra dos Reis (RJ)
Aperibe (RJ)
Apiacas (MT)
Araguaiana (MT)
Araputanga (MT)
Araruama (RJ)
Areal (RJ)
Arenápolis (MT)
Aripuana (MT)
Armação dos Búzios (RJ)
Arraial do Cabo (RJ)
Auriflama (SP)
Barão de Melgaco (MT)
Barra do Bugres (MT)
Barra dos Garças (MT)
Barra do Piraí (RJ)
Barra Mansa (RJ)
Belford Roxo (RJ)
Bom Jardim (RJ)
Bom Jesus do Itabapoana (RJ)
Brasnorte (MT)
Cabo Frio (RJ)
Cabreúva (SP)
Cáceres (MT)
Cachoeiras de Macau (RJ)
Cambuci (RJ)
Campinápolis (MT)
Campinas (SP)
Campo Novo do Parecis (MT)
Campo Verde (MT)
Campos de Júlio (MT)
Campos dos Goytacazes (RJ)
Canarana (MT)
Cantagalo (RJ)
Carapebus (RJ)
Cardoso Moreira (RJ)
Carmo (RJ)
Casimiro de Abreu (RJ)
Castanheira (MT)
Chapada dos Guimarães (MT)
Claudia (MT)
Cocalinho (MT)
Colider (MT)
Comendados Levy Gasparian (RJ)
Comodoro (MT)
Conceição de Macabu (RJ)
Confresa (MT)
Cordeiro (RJ)
Cuiabá (MT)
Denise (MT)
Diamantino (MT)
Dom Aquino (MT)
Dona Inês (PB)
Duas Barras (RJ)
Duque de Caxias (RJ)
Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
Embu (SP)
Figueirópolis d'Oeste (MT)
Flores de Goiás (GO)
Francisco Morato (SP)
General Carneiro (MT)
Guapimirim (RJ)
Guarantã do Norte (MT)
Guirantã (MT)
Hortolândia (SP)
Iguaba Grande (RJ)
Itaboraí (RJ)
Itaguaí (RJ)
Italva (RJ)
Itaocara (RJ)
Itapecerica (MG)
Itaperuna (RJ)
Itapeva (SP)
Itatiaia (RJ)
Itaúba (MT)
Itiquira (MT)
Jaciara (MT)
Jangada (MT)
Japeri (RJ)
Jauru (MT)
Juara (MT)
Juína (MT)
Juruena (MT)
Juscimeira (MT)
Laje do Muriaé (RJ)
Lambari d'Oeste (MT)
Limeira (SP)
Lucas do Rio Verde (MT)
Luciara (MT)
Macaé (RJ)
Macaparaná (PE)
Macuco (RJ)
Magé (RJ)
Mangaratiba (RJ)
Marabá (RJ)
Marcelândia (MT)
Maricá (RJ)
Matupá (MT)
Mauá (SP)
Mendes (RJ)
Mesquita (RJ)
Miguel Pereira (RJ)
Miracema (RJ)
Mirassol d'Oeste (MT)
Mococa (SP)
Natividade (RJ)
Nilópolis (RJ)
Niterói (RJ)
Nobres (MT)
Nortelândia (MT)
Nossa Senhora do Livramento (MT)
Nova Brasilândia (MT)
Nova Canaã do Norte (MT)
Nova Friburgo (RJ)
Nova Iguaçu (RJ)
Nova Lacerda (MT)
Nova Maringá (MT)
Nova Monte Verde (MT)
Nova Mutum (MT)
Nova Olímpia (MT)
Nova Ubiratã (MT)
Nova Xavantina (MT)
Novo Horizonte do Norte (MT)
Novo São Joaquim (MT)
Pacatuba (SE)
Paracambi (RJ)
Paraíba do Sul (RJ)
Paranaitá (MT)
Paranatinga (MT)
Parati (RJ)
Paty dos Alferes (RJ)
Pedra Preta (MT)
Peixoto de Azevedo (MT)
Petrópolis (RJ)
Pinheiral (RJ)
Piraí (RJ)
Piracicaba (SP)
Poconé (MT)
Ponte Branca (MT)
Pontes e Lacerda (MT)
Porciuncula (RJ)
Porto Alegre do Norte (MT)
Porto dos Gaúchos (MT)
Porto Esperidião (MT)
Porto Real (RJ)
Poxoréo (MT)
Primavera do Leste (MT)
Quatis (RJ)
Queimados (RJ)
Querência (MT)
Quissama (RJ)
Resende (RJ)
Reserva do Cabacal (MT)
Ribeirão Cascalheira (MT)
Ribeirão Pires (SP)
Rio Bonito (RJ)
Rio Branco (MT)
Rio Claro (RJ)
Rio das Flores (RJ)
Rio das Ostras (RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Rio Grande da Serra (SP)
Rondonópolis (MT)
Rosário Oeste (MT)
Salto do Céu (MT)
Santo André (SP)
Santa Carmem (MT)
Santa Maria Madalena (RJ)
Santa Terezinha (MT)
Santo Antônio de Pádua (RJ)
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Santo Antônio do Leverger (MT)
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sexta-feira, dezembro 08, 2006
Vivo? Nem Morto!!!
http://www.baguete.com.br/coluna.php?id=2451&nome=jonatasabbott .
Livros Usados
Brincadeira!
Mas hoje, eu caminhei pela Ladeira (a rua General Câmara) e vi que uma nova livraria estava aberta. Me parece que é a quinta por ali. Se não estou enganado, meses atrás só havia a Beco dos Livros, no lado ímpar, ou direita de quem sobe a Ladeira, ou, obviamente, esquerda de quem desce. Depois, sempre segundo minhas suspeitas recordações, abriu uma, chamada Nova Roma, mais para cima, e do lado oposto da rua. Depois percebi uma nova loja Nova Roma, um pouco menor que a primeira, mais abaixo, em relação à Beco dos Livros, e na mesma calçada que esta. Acho que uns dois meses atrás, eu percebi uma que se chama Estande dos Livros, ou coisa que o valha, também na mesma calçada da Beco dos Livros, mas quase no topo da Ladeira.
E hoje, quase na esquina da Andrade Neves, vi uma nova loja, a qual nem percebi que nome tinha. Apenas grandes cartazes chamando a atenção para si, informando coisas como "Compra e Venda de Livros", e "Livros Usados com Preço de Livros Usados". Está lá. Na calçada da esquerda para quem sobe, ou, em sentido inverso, à direita de quem desce. Se você preferir, é a mesma calçada da sede restaurada do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
É o circuito das livrarias crescendo...
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Boston, Massachusetts, USA?...
Provavelmente uma excursão escolar. O ônibus, apesar do amarelo do tipo ônibus escolar dos Estados Unidos, tinha um letreiro pintado informando que pertencia à Ativatur; A placa era de Campo Bom, cidade da Grande Porto Alegre.
Fotos de 6 de dezembro de 2006.
Produtos Piratas
A pesquisa foi encomendada ao Ibope, pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos, pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, e pela Associação Nacional para Garantia dos Direitos Autorais, e realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A notícia informa, que com esse crescimento da pirataria, o Brasil deixou de arrecadar 18 bilhões de reais em impostos. Estes tempos, eu li um "post" no blog da Sandra Carvalho, da revista Info Exame, que ela usa a expressão "dados mirabolantes sobre vendas hipotéticas" (http://info.abril.com.br/blog/sandra/20061121_listar.shtml) com relação à pirataria de software.
Realmente são dados mirabolantes. Geralmente grandiosos. No caso da notícia da Folha, pelo menos alguém diz que o produto pirateado custa 50% menos. Mas ninguém informa que talvez, se não houvesse a opção do produto pirata, talvez a venda não fosse realizada, e assim a tal sonegação de 18 bilhões não existiria.
Não que eu defenda o produto pirata, pelo contrário, mas não vamos torturar os números para que eles nos digam o que queremos ouvir.
Chávez
Vestindo uma camisa vermelha e dirigindo um fusca vermelho? Como talvez dissesse o Macaco Simão, então não era o Chávez! Era o Chapolin Colorado ("sigam-me os bons!") !
terça-feira, dezembro 05, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Mórbido?
Gente Que Se Vai
Pois este tio se foi neste domingo, dia 3 de dezembro. Foi enterrado hoje, segunda-feira. Ele tinha a saúde debilitada, e no sábado teve três enfartes, conforme me informaram. Não resistiu.
E para mim é o fim de uma geração, a geração do meu pai, minha mãe, e dos meus tios. A única sobrevivente no momento é minha tia, esposa deste tio recém falecido, mas, utilizando um termo muito humano, esta tia não é tia de sangue, embora querida.
O Clima em Porto Alegre
Maneira Dinamarquesa de Controlar o Trânsito - 2
O texto terminava com um tom de incredulidade. As palavras finais do "post" eram "é uma notícia que você vê e não acredita.", e "acha que deve ser armação.". Pois o Fantástico de hoje informa que era realmente uma armação. Mais especificamente uma campanha para chamar a atenção dos motorista de Copenhagen para o limite de velocidade lá. As moças só estiveram "orientando" o trânsito para a filmagem das peças publicitárias, segundo o Fantástico.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Carlos Brickmann e o Controle do Tráfego Aéreo - Observatório da Imprensa
O mistério dos vôos
Se o número de controladores de tráfego aéreo era insuficiente, por que antes a coisa funcionava? Tudo bem, algumas ótimas reportagens mostraram que houve muitas situações de perigo, em que a sorte salvou vôos quase condenados; mas, mesmo assim, o fato é que só agora ocorreu um caso em que a soma de problemas foi maior que a sorte, a perícia dos pilotos e a versatilidade dos aviões modernos.
A vida lá fora
Mas está faltando, sem dúvida, a reportagem que mostre como funcionam os controles de vôo no exterior – especialmente nos Estados Unidos, em que os aeroportos também enfrentam problemas de saturação.
É preciso lembrar, por exemplo, a crise criada pela greve dos controladores de tráfego aéreo durante a presidência de Ronald Reagan, e relembrar como o problema foi resolvido. Falta a reportagem que mostre a convivência entre controladores civis e militares. Falta a reportagem que explique por que ninguém tenta contratar controladores estrangeiros. Não há problema de língua, já que controlador fala inglês. E é possível, quase imediatamente, buscar excelentes profissionais, experientes, em países que, mesmo afastados dos centros mundiais de decisão, se notabilizam pelo bom transporte aéreo, como Cingapura, Malásia ou Coréia. Os chineses não acabam de contratar algumas dezenas de pilotos brasileiros?
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=409CIR001
"Terrorismo de Estado"
Quem ministra a aula é uma aluna do doutorado, já mestre em História, realizando pesquisas sobre as ditaduras militares do Cone Sul da América do Sul, nos anos 1960 e 1970.
E lá pelas tantas entra o assunto "terrorismo de estado", um termo que não é muito utilizado pelos pesquisadores quando se referem à repressão que se instalou no Brasil naquele período. Além disso, há muitas pessoas que advogam que a repressão brasileira teria sido "mais benigna", ou "menos maligna", que sua congênere argentina, por exemplo, pois durante a ditadura militar brasileira morreram ou desapareceram "apenas" cerca de 300 pessoas, enquanto na Argentina mais de trinta mil pereceram. E como a população argentina é de aproximadamente 1/4 da brasileira, para conseguir um feito equivalente a repressão brasileira teria que ter dado cabo de mais de 100.000 brasileiros.
Mas como disse, a professora, "pera aí". Os desenvolvimentos de Argentina e Brasil são e eram diferentes naqueles anos. Como o Brasil ainda tinha muita gente vivendo em áreas rurais, um número absoluto e proporcional de analfabetos muito maior, um nível de participação política também muito menor, foi muito mais fácil para o regime militar daqui estabelecer a paz dos vencedores e dos cemitérios aqui do que lá. Ou olhando pelo lado contrário, com uma população mais urbana, educada, e participante politicamente, foi necessário matar ou sumir com muito mais gente lá, para que o regime militar de lá se consolidasse.
Se paramos para pensar, a coisa se torna realmente assustadora...
Após a aula, eu e um colega que me dá carona, vínhamos conversando sobre o assunto. Este colega é jovem há um pouco mais de tempo do que eu, e ele viveu aqueles anos de chumbo no Brasil. E ele me disse que ainda sente um pouco de temor de um novo golpe no Brasil. Eu tentei dizer que, ao contrário de 1964, quando tanto os partidos de esquerda, quanto as forças conservadores não demonstravam apreço pela democracia representativa, hoje aparentemente todo o espectro ideológico de partidos que existem no Brasil se faz representar dentro desta mesma democracia representativa, e parece respeitar as regras desta democracia. Ele disse que me entendia, talvez até concordasse, mas ainda sentia algum medo.
Ou seja, o terror dos anos 1970 ainda está impregnado nele...
Dia Mundial de Luta Contra a AIDS
Continuo não lembrando. Continuo não sabendo.
Nada contra a luta contra a AIDS, mas tenho a impressão que a malária mata mais gente.
No link, a galeria de imagens deste dia no UOL: http://noticias.uol.com.br/ultnot/album/061201aids_album.jhtm?abrefoto=21