segunda-feira, junho 30, 2008

Atualização de Comentários

Este blogueiro esteve atualizando os comentários neste final de semana. Fazia 3 meses que não fazia isto (fazia, fazia, ...).
O que é atualizar comentários? É ir olhando os comentários feitos no blog, e ir respondendo àqueles que não foram respondidos na época em que foram feitos. Assim, se você achava que este blogueiro não lhe dava atenção, olhe de novo, e verifique que normalmente há uma resposta para aquilo que você comentou, nem que tenha sido para dizer "ok", "certo", "então tá", o famoso "ismailei" (ou, se preferir, "smile") - aquele ajuntamento de dois pontos com aspa fechada formando um "sorrisinho" - :) , ou mesmo um "visto".
Está por aí. Confira!

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domingo, junho 29, 2008

Cristãos iraquianos eram alvo de extorsão para financiar a resistência

Cristãos iraquianos eram alvo de extorsão para financiar a resistência

Andrew E. Kramer
Em Mosul, no Iraque


Conforme os sacerdotes fazem em toda parte, o arcebispo Paulos Faraj Rahho, líder dos católicos caldeus nesta antiga cidade, coletou doações na missa de domingo. Mas durante anos o dinheiro, uma pilha compacta de dinares iraquianos multicoloridos, foi parar nas mãos de um homem que ameaçava matar Rahho e toda a sua congregação.

"O que mais ele poderia fazer?", pergunta Ghazi Rahho, primo do arcebispo. "Ele tentou proteger os cristãos".

Mas, agora, oficiais militares norte-americanos dizem que à medida que a situação da segurança começou a melhorar no Iraque no ano passado, Rahho, 65, deixou de pagar o dinheiro para a proteção, uma pequena amostra da sombra assustadora de violência e perseguição que obrigou centenas de milhares de cristãos a fugir do Iraque. Segundo os militares, essa decisão pode ter sido o motivo pelo qual ele foi seqüestrado em fevereiro último.

Duas semanas depois, o corpo do sacerdote foi encontrado em uma cova rasa nas imediações de Mosul, a cidade bíblica de Níneve.

Rahho foi um dos cristãos iraquianos conhecidos que morreram na guerra.
A sua morte foi lamentada pelo presidente Bush e pelo papa Bento 16 antes que o seu papel como fornecedor de dinheiro para proteção pago pelos cristãos caldeus aos insurgentes fosse conhecido fora do Iraque.

Segundos os militares norte-americanos e os cristãos iraquianos, esses pagamentos chegaram ao ápice de 2005 a 2007, e tornaram-se uma fonte de financiamento para a resistência. Assim, esse dinheiro tornou-se uma complicação secreta, vergonhosa e extraordinária na vida dos cristãos iraquianos e os seus líderes - uma complicação sobre a qual só agora os cristãos falam mais abertamente, já que a violência está bem menor do que nos primeiros anos da guerra.

"As pessoas negam isso, dizem que é algo muito complexo, e ninguém na comunidade internacional faz algo a respeito", afirma Canon Andrew White, o vigário anglicano em Bagdá. "Para complicar ainda mais a questão, parte do dinheiro para proteção foi oriundo de doações de cristãos no exterior, enviadas com a intenção de ajudar os cristãos iraquianos".

Durante mais de 1.000 anos o norte do Iraque foi compartilhado por pessoas de crenças e rituais diferentes: turcomenos, curdos, iazidis, árabes sunitas e xiitas e cristãos assírios - dos quais os caldeus são a maior denominação (a Igreja Caldéia, que pratica os rituais orientais, faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana, mas mantém os seus próprios costumes e liturgia).

Desde a época do profeta Maomé, o fundador do islamismo, os muçulmanos no Oriente Médio permitiram essa diversidade, em parte mediante o pagamento de uma taxa especial por parte de judeus e cristãos. A taxa chamava-se jizya - e foi este o nome escolhido pelos insurgentes para camuflar a extorsão, em estilo mafioso, praticada contra os cristãos.

As autoridades dizem que a exigência podia chegar a centenas de dólares mensais por indivíduo do sexo masculino. Em muitos casos, as famílias cristãs perderam a poupança de uma vida inteira e endividaram-se para pagar a quantia exigida. Os insurgentes também arrecadaram dinheiro por meio do seqüestro de padres. Os resgates, muitas vezes pagos pelas congregações, chegavam a até US$ 150 mil, segundo sacerdotes e leigos.

De forma paradoxal, esta cidade, há muito tempo o reduto da cristandade iraquiana, também ficou conhecida como o último reduto urbano dos insurgentes sunitas. Um outro paradoxo, mais doloroso, é o fato de que muitos dos 700 mil cristãos iraquianos que restaram pagaram para salvar as suas vidas, sabendo muito bem que o dinheiro seria usado para a obtenção de bombas e outras armas para matar outras pessoas.

Rahho era um homem de Deus que pregava a paz nos seus sermões.
Determinar como ele acabou desempenhando o papel de fornecedor de pagamentos aos insurgentes é algo complexo. Parte da resposta encontra-se na deterioração da política local do norte do Iraque sob a ocupação norte-americana.

O norte, com toda a sua diversidade étnica e religiosa, no início esteve calmo. Mas um ataque dos fuzileiros norte-americanos em 2004 contra Fallujah, no oeste de Bagdá, obrigou os líderes do grupo insurgente sunita Al Qaeda na Mesopotâmia a mudarem-se para o norte. A seguir a região mergulhou em uma carnificina aterrorizante. Os cristãos, vistos como aliados dos invasores norte-americanos, tornaram-se alvos de ataques retaliatórios. Notas com a inscrição "Mude-se ou morra" passaram a aparecer nas portas das casas. "Todas as vezes em que os países ocidentais fazem uma guerra no Oriente Médio, o conflito transforma-se em uma guerra religiosa", afirma Rosie Malek-Yonam, autora do livro "The Crimson Field" ("O Campo Rubro"), um romance histórico descrevendo o massacre, de 1914 a 1918, dos assírios durante a Primeira Guerra Mundial sob circunstâncias similares.

Malek-Yonan, que depôs sobre a questão da segurança dos cristãos no Iraque em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos em 2006, acusou o exército norte-americano de não proteger os cristãos, por temer que uma atenção especial dispensada a essa minoria fosse capitalizada por propagandistas da resistência.

Em vez disso, a tarefa de proteger os bairros cristãos em Mosul e nas vilas da Planície de Níneve ficou a cargo da milícia curda Pesh Merga, e, mais tarde, de unidades do exército iraquiano dominadas por curdos.

Os curdos, porém, tinham a sua própria agenda: a expansão das fronteiras da sua região. Os curdos afirmam serem os donos de cinco distritos disputados na província de Níneve, incluindo dois que são historicamente cristãos.

Malek-Yonan e outros cristãos assírios e especialistas acusam os comandantes curdos de privar os cristãos de segurança, na tentativa de fazer com que a composição demográfica favorecesse os curdos. Segundo ela, o resultado esperado foi um êxodo de centenas de milhares de cristãos do país. Pelo menos centenas deles foram mortos. Um padre foi esquartejado e decapitado.

As autoridades curdas negam ter deixado de proteger os cristãos. "As forças iraquianas curdas em Mosul fazem o seu trabalho sem distinção entre seitas, religiões ou nacionalidades", afirma Mohammad Ihsan, ministro de Questões Extra-Regionais no Governo Regional do Curdistão.

No entanto, a população cristã do Iraque diminuiu de 1,3 milhão de habitantes no período anterior a guerra para os atuais 700 mil.

Aqueles que não emigraram enfrentaram um dilema moral terrível.

Aquilo que era chamado de jizya era coletado e pago por líderes judeus e cristãos aos insurgentes que atuavam na margem oeste do Rio Tigre.
Segundo Kanna, o parlamentar cristão, Rahho pagou o dinheiro em nome dos cristãos que moravam nos bairros orientais de Mosul. Ele foi uma escolha óbvia dos insurgentes por ter passado quase a vida inteira em Mosul e ser bem conhecido.

"Ele era o elo de ligação", resume Kanna.

O primo do arcebispo, Ghazi Rahho, caracterizou o papel do religioso como sendo menos importante, e enfatizou a questão de vida ou morte que fez com que ele escolhesse pagar para salvar a sua congregação. E certamente o arcebispo não era o único que pagava.

"Todos nós pagamos", confessa um padre cristão ortodoxo assírio, que pediu que o seu nome não fosse divulgado por temer uma retaliação dos insurgentes. "Tínhamos medo".

Segundo vários cristãos que pagavam, o dinheiro mudava de mãos discretamente, de acordo com um mecanismo simples.

Um homem se apresentou como Abu Huraitha, e que às vezes dizia representar a Al Qaeda na Mesopotâmia, fazia as ameaças por telefone, conta o padre assírio. "Ele dizia: 'Preciso do dinheiro, preciso do dinheiro. Se vocês não nos derem o dinheiro, nós os mataremos'", conta o padre. Quem levava o dinheiro, porém, era um cristão, um velho de olhos azuis, que passava nas igrejas para coletar os pacotes com as quantias exigidas. "O sujeito do telefone dizia: 'Se vocês não derem o dinheiro ao velho, morrerão'".

Ele conta que pagou dez milhões de dinares iraquianos, ou cerca de US$ 8.000, em um período de três anos, até o inverno passado, quando o exército dos Estados Unidos reforçou a sua guarnição em Mosul com o Terceiro Regimento de Cavalaria Blindada. As operações militares intensificaram-se na cidade. As unidades norte-americanas construíram fortalezas nos bairros e instalações de controle de tráfego que atrapalharam a movimentação dos insurgentes. O esquema de extorsão começou a desmoronar.

O padre assírio diz que durante os combates do inverno passado circulou o boato de que os norte-americanos mataram Abu Huaraitha. Muitos líderes de igrejas basearam-se na suposta morte desse contato para deixarem de pagar. Entre eles estava Rahho. Ele discursou na televisão em janeiro, denunciando os pagamentos e afirmando que esse dinheiro não deveria mais ser entregue aos insurgentes.

Um mês depois, em 29 de fevereiro, Rahho foi seqüestrado por homens armados após rezar na Catedral do Espírito Santo. Eles mataram o seu motorista e dois guarda-costas e colocaram o religioso no porta-malas de um carro. Na escuridão, ele conseguiu pegar o telefone celular e ligar para a sua igreja. Rahho implorou aos fiéis que não pagassem um resgate que financiaria a violência.

O tenente-coronel Eric R. Price, assessor das unidades do exército iraquiano no leste de Mosul, diz que Rahho, que era diabético, provavelmente morreu por falta de medicamento antes que a sua libertação pudesse ser negociada.

Ahmed Ali Ahmed, um árabe que as autoridades iraquianas identificaram como membro da Al Qaeda na Mesopotâmia, o grupo doméstico que segundo os serviços de inteligência norte-americanos é liderado por estrangeiros, foi capturado, julgado e condenado a morte pelo seqüestro, embora Kanna, o legislador cristão, afirme que ele foi apenas o executor do seqüestro, e que os mentores intelectuais estão impunes.

Na verdade, a igreja foi abordada para a discussão do resgate. A quantia exigida, e jamais paga, foi de US$ 1 milhão, e, depois, de US$ 2 milhões.

Tradução: UOL

Texto do The New York Times, publicado no UOL.

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sábado, junho 28, 2008

Chefe do Tesouro na Austrália tira licença para cuidar de marsupiais

Chefe do Tesouro na Austrália tira licença para cuidar de marsupiais
Secretário do Tesouro ficará cinco semanas isolado e incomunicável.
O secretário do Tesouro da Austrália anunciou que vai tirar cinco semanas de licença para trabalhar em prol de marsupiais ameaçados de extinção.

Ken Henry, que é a maior autoridade do Tesouro australiano e um ferrenho ambientalista, alertou que os vombates - marsupiais herbívores australianos - estão "no corredor da morte".

A decisão foi criticada por políticos da oposição e pela imprensa, já que a

Austrália atravessa um momento de instabilidade econômica.

A inflação está no ponto mais alto dos últimos 16 anos, as taxas de jur

os também estão levadas e o preço dos combustíveis está crescendo.

Incomunicável

Durante seu afastamento, Henry cuidará de 115 vombates em um local isolado no Estado de Queensland, no norte da Austrália. O local fica fora da área de cobertura de telefones celulares e só pode ser acessado a pé, em uma caminhada de duas horas e meia.

"Há 10 vezes mais pandas gigantes no mundo do que estes bichos", disse Henry ao tablóide australiano Daily Telegraph.

A folga de Henry vai acontecer durante o recesso de inverno do governo, mas ele perderá uma reunião do Banco Central.

A decisão provocou críticas de vários segmentos.

"Dada a oportunidade, a maioria de nós adoraria tirar várias semanas de licença do trabalho para brincar com vombates no ambiente natural deles. Mas a maioria de nós não é secretário do Tesouro", disse um editorial do Daily Telegraph.

"Eu acho que todos nós amamos os vombates", disse o político da oposição Brendan Nelson.

Mas ele se disse preocupado com o fato de Henry ficar incomunicável enquanto a Austrália "está passando por um dos períodos econômicos mais desafiadores que vimos na história recente".

Os colegas de Henry no governo saíram em defesa do secretário.

"É apropriado que ele tire uma licença agora e volte recarregado", disse Wayne Swan, que trabalha na secretaria do Tesouro.

Texto do G1. Mas é muito meigo, não? Abaixo, uma foto d

o vombate encontrada no fotoblogue Vida Animal.


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sexta-feira, junho 27, 2008

Histórias de plágio

Histórias de plágio

RIO DE JANEIRO - Ainda não me dei ao respeito de ler a biografia do Paulo Coelho escrita pelo sempre competente Fernando Morais. Amigos que a leram me informam, alarmados, que o mago, em início de carreira, plagiou uma crônica minha para se habilitar ao emprego num jornal do Nordeste. Nada tenho contra. Lamento apenas a falta de gosto ou de informação do Paulo. Bem que poderia ter escolhido autor mais importante.
Sou amigo dos dois, do biógrafo e do biografado. Lerei o livro com a unção que eles merecem. Quanto ao plágio, se verdadeiro for, é um acidente de percurso na carreira dele e na minha. Nada grave que dê para me chatear.
Chato mesmo é ler na internet textos meus assinados por outros. E, pior ainda, é ler textos de outros assinados por mim. Tive há tempos uma experiência que me chateou. Estava em Paris, cobrindo a Copa do Mundo de 98, quando soube que um colunista aqui do Rio assinara duas crônicas minhas como suas. Descoberto o plágio, não por mim, mas pela Folha, o jornalista foi demitido do "JB", certamente por um motivo justo: deveria ter escolhido um autor mais ilustre para copiar.
Mesmo assim -como disse- fiquei chateado por causa da demissão do colega. Quando tomei conhecimento do fato, a nossa seleção enfrentava um compromisso fora de Paris, acho que em Nantes ou em Marselha. Eu estava sem condições de interferir junto à direção do "JB" no sentido de impedir a dispensa do seu profissional.
Lembro agora que o Fernando Morais me telefonou, há tempos, perguntando se sabia do plágio do Paulo Coelho. Lógico que não sabia. E, mesmo se soubesse, dava-lhe a minha bênção e aprovação. Gosto dele, é um gentleman, o sucesso internacional não o modificou, é um garoto que muito sofreu e ainda acredita no maravilhoso.

Texto de Carlos Heitor Cony, na Folha de São Paulo, de 19 de junho de 2008.

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quinta-feira, junho 26, 2008

Pobre Amy

MÚSICA: AMY WINEHOUSE TEM ENFISEMA PULMONAR

A polêmica cantora britânica Amy Winehouse foi diagnosticada com um estágio inicial de enfisema pulmonar e alterações nos batimentos cardíacos causados pelo abuso de cocaína, crack e cigarros, segundo o "The Sunday Mirror". Médicos também disseram que ela tem só 70% da capacidade dos pulmões e terá de usar uma máscara de oxigênio se não parar de fumar.
A notícia é da Folha de São Paulo, de 24 de junho de 2008. Ou pobres de nós. Com aquele vozeirão, e a capacidade criativa da moça, eu queria mais é que ela tivesse saúde para viver muitos anos. Quanto tempo ela terá com este diagnóstico?

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quarta-feira, junho 25, 2008

Kissinger vai ao banheiro

Kissinger vai ao banheiro

O banheiro branco de Henry Kissinger é o modelo de muita decoração de interiores

NADA DE sopranos enlouquecidas que se atiram de uma torre, nem de barrigudos com fantasia de cavaleiro andante. Muito menos aquelas frágeis tuberculosas emitindo dós agudos a plenos pulmões.
O mundo da ópera teve um choque em 1987, quando o compositor John Adams estreou "Nixon na China": cantando no palco, em meio a fanfarras e insistências, estavam o presidente dos Estados Unidos, sua mulher, Patty, Henry Kissinger, Zhou Enlai, Mao Tse-tung e a terrível Madame Mao.
Logo no começo, Nixon desce do avião e é cumprimentado por Zhou Enlai. A cantoria assinala obsessivamente o vazio protocolar. "Fez boa viagem?", indaga o primeiro-ministro chinês. "Sim, sim, foi boa, foi boa, boa, boa, a viagem, sim, foi boa e agradável", matraqueia Nixon.
Depois de uma cena dramática, o secretário de Estado Henry Kissinger se ergue solenemente. "Onde, onde, por favooor, é o banheiro, o baaanheeeiro?" Zhou Enlai responde, na mesma toada: "No fundo do corredooor...".
John Adams seguia a estética minimalista, sem ser tão radical quanto Phillip Glass e Steve Reich. É aquela coisa que, pelo menos desde a trilha sonora de "Koyaanisqatsi", todo mundo já ouviu alguma vez. Dó-mi-sol, dó-mi-sol, dó-mi-sol, dó-mi-sol-sol, sol-sol-dó etc. etc., com variações quase imperceptíveis, durante 20 ou 30 minutos. Dizem até que, na estréia de uma composição desse tipo, uma senhora, sem suportar mais, subiu até o palco e gritou: "Parem, por favor! Eu confesso!".
O minimalismo foi afrouxando com o tempo, e John Adams faz hoje em dia música muito interessante de ouvir.
Mas eu não imaginava até que ponto o minimalismo era um retrato fiel da realidade. O Departamento de Estado americano divulgou, em fevereiro deste ano, os registros de uma conversa real entre Kissinger e Mao em 1973.
Transcrevo parte do que foi publicado na revista "Harper's" de maio passado.
Mao: "O comércio entre nossos dois países no momento é lastimável. O senhor sabe que a China é um país muito pobre. Não temos muita coisa. O que temos sobrando são mulheres". (risos) Kissinger: "Não existem quotas nem tarifas para elas".
Mao: "Então, se vocês quiserem, podemos dar umas para vocês, umas dezenas de milhares". (risos) Kissinger: "Nosso interesse nas relações com a China não é comercial. Trata-se de estabelecer um relacionamento necessário pelas razões políticas que ambos temos". Mao: "Não entendemos os seus assuntos internos. Muitas coisas da política externa de vocês nós também não entendemos".
Kissinger: "Vocês têm uma maneira mais direta, talvez mais heróica de agir do que nós. Nós usamos às vezes métodos mais complicados por causa da nossa situação doméstica. Mas nos nossos objetivos fundamentais iremos agir com muita decisão e sem cuidados com a opinião pública" (...).
Mao: "Vocês querem mulheres chinesas? Podemos dar 10 milhões para vocês".
Kissinger: "O presidente está melhorando sua oferta". Mao: "Poderemos fazer com que elas inundem o seu país... elas dão à luz crianças, e temos crianças demais".
Kissinger: "É uma proposta tão nova, que teremos de estudá-la". Mao prossegue nessa linha, para desconforto de Kissinger, que no fim entrega os pontos: "Vejo que o senhor está com uma idéia fixa nesse assunto".
Talvez Mao estivesse gagá, ou bêbado. Pode ser também uma astúcia qualquer, para evitar que qualquer coisa relevante fosse discutida na reunião. Quem sabe fosse um desabafo criptografado a respeito de Madame Mao. Não sabemos, mas isto é certo: o diálogo era puro minimalismo.
Era? Fico pensando no que são esses encontros de Davos, essas entrevistas de presidentes e ministros que ouvimos todo dia. Ou nos grandes especialistas do mercado financeiro, que a respeito de qualquer crise -na Argentina ou na Letônia- repetem apenas que "o governo não fez as reformas necessárias", ou que "é preciso fazer a lição de casa".
Vejo que está em cartaz o mesmo "Indiana Jones" de 20 anos atrás. Depois do filme, os que não gostam de McDonald's vão comer sushi. O banheiro branco de Kissinger é o modelo de muita decoração de interiores por aí.
A vida imita a arte, para repetir também uma frase já batida. O minimalismo, hoje, virou arte realista da mais perfeita exatidão.

Texto de Marcelo Coelho, na Folha de São Paulo, de 11 de junho de 2008.

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segunda-feira, junho 23, 2008

Frio, mais frio!...

Se já andei comentando por aqui que o nosso inverno 2008 está especialmente frio, não custa repetir: este inverno está especialmente frio. E hoje, dia 23 de junho, tivemos um dia quase completamente nublado.
Haja saúde!...

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sexta-feira, junho 20, 2008

A cabeça do eleitor

A cabeça do eleitor

Ciências humanas, por menos que gostemos disso, também ganham com a matemática

NA HORA de escolher uma faculdade, as pessoas alérgicas a números sempre souberam o que fazer: procurar alguma carreira em ciências humanas. Talvez em filosofia ou letras essa estratégia ainda funcione (desconfio que cada vez menos).
Mas em ciência política ou sociologia, temo que o espaço para as almas antimatemáticas está se fechando de vez.
Acabo de ler "A Cabeça do Eleitor" (ed. Record), do sociólogo Alberto Carlos de Almeida. Ele foi muito criticado, a meu ver injustamente, pelo seu livro anterior: "A Cabeça do Brasileiro".
Ali, traçava-se uma correlação estatística entre baixos níveis de escolaridade e determinadas visões de mundo, como tolerância diante da corrupção política ou apoio à pena de morte. Não havia, a meu ver, motivo para escandalizar-se diante dessas conclusões. Os propósitos de "A Cabeça do Eleitor" são, de qualquer modo, mais modestos. O fato é que a disposição de Alberto Carlos Almeida para a análise estatística impõe novas doses de prudência a todo comentarista político ou "cientista social" à moda antiga.
Uma série de perguntas (nem todas abordadas pelo livro) tem sido objeto de puro palpitômetro. Um governante popular transfere votos a um candidato desconhecido? Pesquisas de opinião pública influem no resultado de uma eleição? Gastos elevados de campanha modificam o quadro eleitoral? O tempo disponível no horário gratuito pode decidir uma vitória?
Colocadas assim, abstratamente, essas questões parecem ingênuas.
Todo observador experiente da vida política dirá que "cada eleição é uma eleição", ou que, como dizia uma velha raposa mineira, Magalhães Pinto, "política é como nuvem, uma hora está de um jeito, depois fica de outro...".
Entram em conflito duas mentalidades incompatíveis: a dos "matemáticos" e a dos "intuitivos". Vou-me convencendo, entretanto, que essas mentalidades não são tão opostas assim.
Na medida em que o país vai acumulando, bem ou mal, certo histórico de estabilidade política, o fato é que os dados de muitas e muitas eleições podem ser analisados com mais precisão.
E uma análise estatística, ao contrário do que pensam os apavorados com o poder da matemática, não é uma bola de cristal. Agrupa regularidades bastante turvas, sabe que exceções podem acontecer, e que o fato de determinados fenômenos se repetirem no passado não é garantia automática de que venham a ocorrer da próxima vez.
Seja como for, alguns dos levantamentos trabalhados em "A Cabeça do Eleitor" levam Alberto Carlos Almeida a formular algumas "leis", que podem não ser tão infalíveis como a lei da gravidade, é claro, e nem tão surpreendentes, mas que seria muito anticientificismo negligenciar.
Uma das primeiras tabelas do livro aponta, ousadamente, a "previsibilidade" de 19 eleições municipais em 2000. Em 17 delas, valeu a regra de que o governante bem avaliado se reelege, ou elege o sucessor, e de que o governante mal avaliado se dá mal.
Nas duas eleições em que isso não ocorreu, a diferença entre primeiro e segundo colocados foi de, no máximo, 0,02% dos votos.
Sobre a influência das pesquisas, faltam levantamentos. Mas o autor mostra um caso sugestivo. Foi numa eleição em Duque de Caxias (RJ).
Mediu-se quanta gente dizia saber de algum resultado de pesquisas; mediu-se depois se o entrevistado sabia os resultados corretos das pesquisas. E, por fim, se o seu voto coincidia com a informação que tinha a respeito de quem ia ganhar. A influência das pesquisas foi desprezível: quem sabia delas tinha mais escolaridade e tendia a votar no candidato tido como perdedor.
Análises desse tipo dizem pouco sobre o caráter do capitalismo tardio ou sobre a alienação no mundo globalizado. Do mesmo modo, pesquisas sobre o comportamento das araras-vermelhas não responderão sobre a essência da vida. Mas devem ser feitas.
Ciências humanas, por menos que gostemos disso, também ganham com o uso da matemática. Certamente, esta funciona mais quando os tempos não são de crise social completa. Tabelas de comportamento eleitoral teriam pouco a explicar sobre a ascensão do nazismo, embora talvez o predissessem. As opções políticas são hoje menos dramáticas; e, se são mais previsíveis, talvez seja porque colocam menos em jogo o nosso destino.

Texto de Marcelo Coelho, na Folha de São Paulo, de 28 de maio de 2008.

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Suécia quer substituir gasolina por biogás (e isto não é uma piada!)

Suécia quer substituir gasolina por biogás

James Kanter
Em Goteborg, Suécia


Vai viajar de carro? Lembre-se de primeiro ir ao banheiro. Esta é uma das dezenas de cidades na Suécia dotadas de instalações para transformar esgoto em uma quantidade de biogás suficiente para abastecer milhares de carros e ônibus.

Os carros movidos a biogás criaram um rebuliço quando foram lançados em grande escala uma década atrás. As emissões que saem do cano de descarga são praticamente destituídas de odor, o combustível é mais barato do que a gasolina e o óleo diesel e a idéia de recuperar energia dos dejetos que descem pelo vaso sanitário atraiu os suecos preocupados com o meio-ambiente.

"Quando a pessoa está no banheiro de manhã e consegue enxergar um aspecto positivo nisto, é fácil ser conquistado pela idéia do biogás - é como uma utopia", declara Andreas Kask, um consultor empresarial que dirige um táxi em Goteborg. "Mas na realidade as coisas não funcionaram tão bem quanto se esperava".

Os motoristas reclamam de que há poucos postos de abastecimento, e que os carros só comportam uma quantidade de gás suficiente para rodar duas ou três horas. Alguns também dizem que os primeiros modelos de automóveis movidos a biogás apresentavam um mau desempenho em ladeiras inclinadas, eram lentos nas manhãs úmidas e possuíam pouco espaço no porta-malas devido aos tanques volumosos.

Os críticos também questionam a sustentabilidade dessa tecnologia, porque alguns dos sistemas utilizam tubulações de gás natural para levar o biogás aos consumidores, misturando desta forma os dois combustíveis.

Há dois anos, a Volvo, que pertence à Ford Motor, anunciou que deixaria de fabricar carros movidos a biogás, e que se concentraria na produção de veículos menos agressivos ao meio ambiente movidos a uma mistura de gasolina e etanol.

"Nós não vendemos uma quantidade suficiente de carros", afirma Maria Bohlin, porta-voz da Volvo, referindo-se ao modelo movido a biogás. "Poderemos pensar em voltar a produzir carros a biogás, mas no momento isto não está nos nossos planos".

Desde que a Volvo decidiu abandonar a tecnologia de biogás, o etanol penetrou bastante no mercado sueco, apesar das críticas de que o álcool contribui para o desmatamento e o aumento dos preços dos alimentos.

Feito com cereal ou cana-de-açúcar, o etanol também é vendido por um preço um pouco inferior ao do biogás, embora os defensores deste último digam que ele apresenta uma eficiência por quilômetro rodado bem maior.

Goran Varmby, funcionário da Business Region Goteborg, uma companhia sem fins lucrativos que promove a indústria e o comércio na região, diz que espera que a Volvo volte a produzir automóveis movidos a biogás.

"Mas existem muitos interesses econômicos de grande dimensão por trás do etanol", afirma Varmy. Ele refere-se aos generosos subsídios que os agricultores e os produtores de biocombustíveis na Europa e nos Estados Unidos recebem para plantar e processar culturas para a produção de biocombustíveis.

Sob o ponto de vista químico, o biogás é idêntico ao gás natural obtido dos combustíveis fósseis, mas a sua produção baseia-se em um processo no qual bactérias alimentam-se de dejetos fecais durante aproximadamente três semanas em uma câmara sem oxigênio. Dois terços de metano e um terço de dióxido de carbono saem como resultado, bem como um resíduo rico em nutrientes que pode ser utilizado para fertilizar o solo ou como material de construção.

Após ser purificado, o metano é bombeado pela rede de gasodutos de Goteborg até estações especializadas de abastecimento, nas quais o gás é pressurizado para ser distribuído aos consumidores. Qualquer veículo dotado de motor e tanque configurados para receber gás natural comprimido pode usar o biogás.

Após cada abastecimento, a quantidade correspondente ao biogás utilizado é injetada na rede de distribuição de gás natural como compensação, afirma Bo Ramberg, diretor-executivo da FordonGas, uma empresa com sede em Goteborg que opera a maior rede de postos de abastecimento de biogás na Escandinávia.

A idéia é que a quantidade de gás utilizada pelos veículos seja compensada pelo gás produzido a partir de resíduos orgânicos.

Ramberg, que já foi um executivo da Volvo, conta que deixou a companhia há cerca de uma década para fundar a FordonGas, ao identificar uma oportunidade para criar a infra-estrutura necessária para o fornecimento de biogás aos motoristas.

"Nós queremos certificar as emissões presentes no ciclo de vida inteiro do biogás, da produção ao uso", afirma Ramberg. "Mas já acreditamos que o biogás seja o melhor combustível para reduzir as emissões - não há discussão quanto a isso".

Metade das ações da empresa pertence à Dong Energy, uma companhia dinamarquesa. Segundo Ramberg, a FordonsGas obtém um pequeno lucro com a atividade e continua investindo nos postos de abastecimento de biogás.

Os defensores do biogás admitem que a decisão da Volvo de deixar de produzir carros movidos a biogás foi um sério golpe desferido contra esta tecnologia.

Mas eles afirmam que a decisão da Mercedes e da Volkswagen no sentido de lançar novos modelos de carros movidos a biogás neste ano na Suécia e os abatimentos de impostos concedidos aos motorista poderão provocar um aumento das vendas destes carros e do combustível.

"O biogás, como combustível de automóveis, também está disponível na Suíça, na França, na Alemanha e na Áustria, mas a Suécia é o maior usuário na Europa", afirma Irmgard Herold, analista da New Energy Finance, em Londres.

Muitas pessoas em Goteborg continuam otimistas em relação ao vínculo que criaram entre dejetos e reservas seguras de energia.

Ola Fredriksson, engenheiro na Gryaab, a estação de tratamento de esgoto em Goteborg, diz que a quantidade média anual de dejetos eliminados por cada pessoa nas descargas do vaso sanitário cria biogás suficiente para que um automóvel rode 120 quilômetros.

"Se o preço do petróleo continuar subindo, e as pessoas estiverem preparadas para pagar mais por energia renovável, isso fará com que a nossa companhia se interesse pela produção de mais biogás", afirma Fredriksson. "Nós contamos com capacidade para isso."

Tradução: UOL
Texto do International Herald Tribune, publicado no UOL.

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quarta-feira, junho 18, 2008

Meu garoto!...

O meu filho (quem acompanha este blog, sabe que com alguma freqüência estou me referindo a ele) teve um perfil publicado no Portal 3, da Unisinos.
Faz sentido, ele é aluno lá...

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terça-feira, junho 17, 2008

A Primeira Missa no Brasil

Quem ainda não foi, não pode perder a exposição do quadro A Primeira Missa no Brasil, aqui em Porto Alegre no MARGS. A exposição vai até o dia 27 de julho próximo, e a entrada é gratuita.
Qual "A Primeira Missa"? Óbvio. Aquele quadro do pintor Victor Meirelles, pintado no século XIX, e que aparece em qualquer livro didático de História, falando do "descobrimento" do Brasil. É! Aquele mesmo. Se a imagem já é conhecida, posso garantir que o quadro propriamente dito é bem impressionante. Apreciar uma pintura com mais de dois metros de altura e mais de três metros de largura, com uma iluminação que a privilegie, como acontece na exposição do MARGS, é uma experiência diferente de ver a sua reprodução nos livros escolares.
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Reprodução do saite Patrimônio: Lazer e Turismo - Revista Eletrônica.

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segunda-feira, junho 16, 2008

Frio, Muito Frio

Faz muito frio na capital dos gaúchos. Não que no interior a temperatura seja melhor, pelo contrário. Em muitos municípios do interior o frio é mais intenso.
Mas este inverno, que ainda nem se instalou oficialmente está se caracterizando por um tremendo frio, com as massas polares que vêm do sul, se sobrepondo umas sobre as outras. Se em invernos anteriores, tínhamos uma semana ou mais para nos recuperarmos após a passagem de uma frente fria, neste isto não está acontecendo. As frentes frias e massas polares vêm umas após as outras...

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Versinho Punk

Como diriam alguns, sobre a quadrinha do "post" anterior, dizer que acordei e fui ao banheiro ficou meio punk, mas, enfim, foi o que senti...

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Dia dos Namorados 2008

Dia dos Namorados 2008
Hoje quando acordei e fui ao banheiro
Percebi tua presença
Senti o perfume que ali deixaste
e aquilo sobremaneira me alegrou
O perfume que deixaste
Foi como se por ali ainda estivesses...

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Jamelão 1913 - 2008

E uma das notas tristes do final de semana que passou foi a morte do cantor Jamelão.
Jamelão, dono de um vozeirão (rimas com "ão" são sempre pobres, e esta não foi proposital), foi grande intérprete de Lupicínio Rodrigues, e intérprete maior dos sambas de enredo da Estação Primeira de Mangueira. Não que eu seja um aficionado em desfiles de escola de samba, mas desde que me conheço por gente, Jamelão era o intérprete da Estação Primeira. E isto faz sentido. Vi agora pelos seus necrológios que o cantor começou a "puxar" (dizem que ele detestava o designativo "puxador de samba") os sambas enredo na década de 1950. Eu nasci na década seguinte. Então, foi muito estranho ver a Mangueira sem Jamelão nos últimos anos.
Dono de um proverbial mau humor, o sambista há de deixar muitas saudades...

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sexta-feira, junho 13, 2008

Níquel Náusea

De Ponta-Cabeça

De ponta-cabeça

"Por um tempo o mundo foi plano", escreveu o colunista Roger Cohen no "New York Times", em referência à imagem de globalização usada pelo colega Thomas L. Friedman. "Agora ele está de ponta-cabeça."
O texto, escrito no Rio e um dos "mais populares" ontem no site, usa argumentos como o crescimento global de 2007, em que os emergentes já responderam por dois terços. Ele ouve José Sérgio Gabrielli, da Petrobras, e Roger Agnelli, da Vale, e no geral apresenta o Brasil como símbolo do mundo "invertido".
Ontem mesmo a coluna, que sai também no "International Herald Tribune", ecoava no "Los Angeles Times", na coluna de investimentos, perguntando se já seria tarde demais para entrar no mercado brasileiro.

ARMAS AOS EUA
Na coluna do "NYT", das empresas em geral mencionadas no exterior, faltou a Embraer. Mas ela ocupou ontem o site do "Wall Street Journal" e outros com a notícia de "O Estado de S. Paulo", de que está negociando com os EUA a venda de aviões Super Tucano para uso no Iraque. São os mesmos aviões usados pela Colômbia, aliada americana, no combate às Farc, inclusive a ação recente, no Equador.

E MAIS "BOOM"
Lula prosseguia ontem em escalada retórica, em Roma, na defesa do etanol de cana. E dos EUA vinha algum apoio, em longa reportagem do "Miami Herald" desde Orindiúva, perto de São José do Rio Preto, sob o título "No Brasil, o etanol de cana vive "boom'". O jornal fala em "décadas de pesquisa", "desperdício zero", mas também "trabalho de quebrar as costas" e ""problemas na Amazônia".

Trecho da Coluna Toda Mídia, na Folha de São Paulo, de 3 de junho de 2008. Eu só não fico eufórico e tecendo loas ao Governo Lula, porque, afinal, é cedo para saber se é um incêndio, ou um foguinho de palha.



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Chico Bacon, by Caco Galhardo: Abaixo de Zero

Gatinho Dormindo...



Foto de Flávio Florido, para o UOL, testando a câmera de um celular LG Viewty.

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quarta-feira, junho 11, 2008

Quadrinha da Mesquinhez

Diante da grandeza do universo somos mínimos
Vamos viver a nossa pequenez
O cachorro veio de Pequim
Por isso o chamamos pequinês

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terça-feira, junho 10, 2008

Nos despedindo do século XX


Aos poucos vamos nos despedindo das pessoas que nos influenciaram na segunda metade do século XX. No final de maio passado quem se despediu desta vida foi o cineasta Sydney Pollack.

Pollack dirigiu e atuou em vários filmes.

Eu lembraria de Tootsie, e Entre Dois Amores. São dois filmes bastante diferentes entre si. Tootsie é uma comédia em que Dustin Hoffmann vive um ator com dificuldades de encontrar trabalho, e apela para o expediente de se travestir, para tentar uma vaga numa série de televisão. E ele consegue! E isto se torna uma história muito divertida!...

Entre Dois Amores é um filme baseado num livro da escritora dinamarquesa Karen Blixen(se não me engano!), romance com memórias, onde uma mulher sai da Escandinávia para se dedicar a plantar café no Quênia, no início do século XX. Ali vive entre as traições do marido, que inclusive a contamina com sífilis, e a sedução de um aventureiro britânico, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. No filme a mulher dinamarquesa foi vivida pela atriz Meryl Streep, seu marido pelo ator Klaus Maria-Brandauer, e o aventureiro britânico por Robert Redford. A história por si é sedutora, e a fotografia do filme é sublime.

Sydney Pollack: 1934 - 2008.

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quinta-feira, junho 05, 2008

Arenização II: Correção

A exposição citada no "post" abaixo, vai até o dia 27 de junho próximo.

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terça-feira, junho 03, 2008

Arenização

Em comemoração ao "Mês do Meio Ambiente Banrisul", desde o final de maio passado está sendo realizada a exposição "Arenização da Região Sudeste do RS". A exposição se estenderá até o próximo dia 26.
É uma exposição, huummm, ... Didática! Mostra o problema da arenização (que alguns chamam de "desertificação") em parte da Campanha gaúcha. Dá o diagnóstico e aponta possíveis sugestões. É uma promoção conjunta do Reciclar Banrisul, e do Instituto de Geociências da UFRGS.
Como foi dito, a exposição permanecerá em cartaz até o próximo dia 26 no saguão da Agência Central do Banrisul, na Rua Capitão Montanha, 177.
Não perca a oportunidade de saber um pouco mais sobre a sua região, e conferir uma boiada posando para uma fotografia!

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Erro...



Do Laerte, na Folha de São Paulo.

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